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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Fernando Pessoa Sua vida - Seus poemas

28.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

O livro tem folha boa
E conteúdo tão belo
É de Fernando Pessoa
Que recomendo e apelo.

 

78 anos perfaz
Do novembro que partiu
Na oferta que me traz
Me lança o desafio.

 

Há sempre amor à vida
Na escrita que se eleva
Mesmo depois da partida
A luz brota do que a leva.

 

Cada vez que algo toca
O coração docemente
É como barco na doca
Balançando na corrente.

 

Rosa Silva ("Azoriana")

Isto está sem «tafulho» (= o mesmo que «sem controle»)

22.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

Isto está sem «tafulho»
Dizemos e com razão
E não há que ter orgulho
Na forma que as coisas estão.

Se há horários iguais
Para público e privado
Os balcões estão a mais
Não vendem nem a fiado.

Para quem vende ao balcão
No comércio tradicional
Vai ver que não tem razão,
Querer horário por igual.

E não me venham com lérias
De que Açores é diferente
Virão muitas mais misérias
Ao bolso de toda a gente.

Este horário semanal
Das 40 para todos
Ao Centro Comercial
Dará alegria a rodos

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Faz-se compras à noitinha
Para ser mais oportuno
Tenho na ideia minha
Que se opta pelo noturno.

Seja do meio-dia à uma
Ou seja mais meia hora
Não se compra coisa alguma
No espaço que resta agora.

Só se houver “desenfiados”
Em horário laboral,
Andando desconfiados
Não vá alguém falar mal.

Mas para quê tanto deslize
Se o Natal é Nascimento?!
Mesmo com toda esta crise
O comércio fica ao vento.

Só não se perca a magia
Da Festa do Deus Menino
Seja feliz por um dia
Todo o que Ama o Divino

Rosa Silva ("Azoriana")

Meu tempo

19.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

 

Meu tempo

 

Hoje não me cantam os versos
Que se abraçam ao coração
Sinto que eles estão submersos
Nas fontes da inspiração.

Hoje há uma luta interior
Que a palavra resguarda
Louvado seja o Senhor
E o meu Anjo da Guarda.

É que para dizer asneiras
Mais vale estar calada
E sair das estribeiras
Adianta pouco ou nada.

Hoje não voam as pequenas
Linhas de um bem escrever
Como lindas açucenas
Que no campo vi crescer.

Hoje sou a flor da saudade
Do meu pai e da minha mãe
Quando a minha mocidade
Era só feita de bem.

Não se deixe o passado
Ausentar-se do presente
P’ra acertar passo errado
No tempo que resta à gente.

Rosa Silva (“Azoriana”)

Gaivota em terra...

18.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")
em Angra do Heroísmo
 
 
Pelos tetos insulares
Navega calma gaivota
Pouco ou nada se nota
Do seu voo hoje nos ares.
 
Se de novo então fixares
O seu ar todo janota
Irás ver que não desbota
Entre os voos similares.
 
Vem do mar até à terra
Essa gaivota gentil
Que pousa mas não emperra.
 
Voa gaivota à vontade
Entre verdes tons e anil
De Angra linda Cidade.
 
Rosa Silva ("Azoriana")

Parabéns a José Ávila

16.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

José Ávila bem merece
A gloriosa homenagem
E o povo lhe reconhece
A missão nesta passagem.

À Tribuna Portuguesa
Dá valor com coração
Seu trabalho uma riqueza
Que preza a divulgação.

As palavras escasseiam
Num momento de alegria
Onde as emoções passeiam.

Contudo é imperioso
Que se eleve a categoria:
José Ávila hoje é ditoso!

Rosa Silva ("Azoriana")

Estamos na época de tira, limpa e repõe com novo ar

15.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

É verdade! É nesta altura do ano que apetece tirar tudo dos armários e gavetas, das paredes e do chão, e fazer uma limpeza bombástica ao que desbotou ou perdeu a validade, limpar as casas das aranhas e as mesmas, dar uma lavagem ou pincelada geral e repor novamente os utensílios de forma a parecer que algo mudou mesmo com contenção de despesas.

Gosto muito de mudar móveis de lugar, sempre que possível e que não tenham que estar sempre no mesmo sítio motivado pelo espaço à medida. Muitas das vezes pasmamos com coisas que nem lembrávamos que existiam, outras vão direto para a reciclagem ou mais longe possível da porta.

É pena não se puder limpar as tragédias como se faz aos móveis de forma a vermos o mundo de outra forma e nos parecer melhor para habitar e conviver. É que ultimamente a catadupa de notícias choque faz o coração ganhar aceleração bastante.

Aproveitemos para povoar as nossas moradias e outros locais por onde passamos horas a fio de um novo ar de lavado e pincelado de novas emoções. Às vezes uma planta, um arranjo floral, um painel, uma estatueta simpática fazem as delícias dos olhares que cruzam a nossa passagem terrena.


Livro em flor


Bem-haja a todos que tem a dinâmica de fazer uma revolução pacífica de decoração e renovação de espaços que há muito se mantinha impávidos e iguais.

E votos de bom fim-de-semana a todos!

Rosa Silva (“Azoriana”)

A vida é uma viagem

14.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

Quando não há tranca ao amor e a estadia é tão breve que até causa uma dor maior toda a partida é um sofrimento comum a um mar de gente.
Sinto hoje um aperto no coração por ter tomado conhecimento da partida inesperada de uma criança cuja vida florescia e, de repente, tornou-se um anjo ao encontro do Pai.
A chegada de um ser ao mundo é normalmente acompanhada de felicidade, a estadia é um desabrochar de emoções mas quando toca à partida toma "quase" sempre um formato doloroso e a saudade é infinita.
A única esperança da partida é acreditar na Vida para além da vida.
Que haja forças na família que permanece numa estadia sentida e sem medida.

A garagem da Azoriana

13.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

Admiro quem sabe decorar sem muito gastar. Adoro ver os "Queridos" a mudar casas por esse Continente fora (pena que não vem aos Açores) e a dar sorrisos e lágrimas felizes a quem é contemplado com os seus arranjos de curta duração. É deveras impressionante a forma como arrumam o "Antes" num "Depois" maravilhoso. Quem me dera ter aquela mão-de-obra junto com a imaginação dos que estão no comando das operações de mudança para melhor.

Como não tenho a visita dos "Queridos" vou-me contentando com as mudanças feitas por mãos engenhosas de gente que a sua vida é transformar o "Antes" num "Depois" que dá gosto ver pela perfeição e visão finais. É de recomendar mesmo!

Resolvi, porque era urgente ou teria de reconstruir tudo, arranjar a garagem da residência permanente distribuindo uma parte para arrumar a viatura e outra para uma espécie de cozinha "rústica", onde consta um lava-louça e, ainda, uma pia para lavar roupa à mão. Sim, porque gosto muito de lavar uns "paninhos" que não justificam o uso da máquina de lavar.

Enfim, o que quero mesmo chegar a vias de facto é que o “Depois” está lavado e pronto a receber a decoração. Gosto muito de ver o que por esse mundo virtual vai surgindo após pesquisas temáticas e ponho-me a pensar que é muito bom quem sabe a máxima: “Não compres… faz tu mesmo!”. Tem toda a razão, porque a vida não está para muitos gastos desnecessários e há que aproveitar a “prata da casa”. Não tendo muito de um ou outra vou fazer o melhor que sei e posso, se bem que uma ajudinha “in loco” seria como que um bom recurso amistoso. Adiante…

Tenho de dar um ar ao recinto de que, por um lado é garagem e, por outro, é um local acolhedor e útil para cozinhar, lavar e ter uma mesa para refeições em ambiente rústico e diferente do habitual.

Falta apenas colocar as prateleiras, a mesa, algumas cadeiras simples e preencher as paredes com umas molduras e umas antiguidades que marcam um tempo de recordações concentradas.

Hoje, se Deus quiser e nada acontecer pelo contrário, tenho essa tarefa pela frente. Quem sabe, após leitura deste artigo, não me aparece alguém com dotes decorativos para me aconselhar na parte final da obra que só de olhar já se nota uma grande diferença entre o “Antes” (que nem quero lembrar por tão mau que estava) e o “DEPOIS” que tanto pode ser obra familiar como de amizade coletiva, com direito a autógrafo na parede das recordações da Azoriana e família.

Aguardemos...

Angra do Heroísmo, 13 de novembro de 2013.

Rosa Silva (“Azoriana”)

Ecos solitários

12.11.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

Sabes, estou a desaprender tudo o que me ensinaste. As palavras são ecos solitários num ser que viveu demasiado em comparação com outros seres cuja existência durou menos de um meio século. Cada dia que passo descubro novas fontes de linguagem, novas palavras que tendem a fazer com que as que me dizias percam a validade. Ou não será tanto assim? Será que as tuas palavras eram as corretas e agora estou a abraçar novas que não se adequam aos velhos tempos?

Complicamos tudo num amontoar de palavras mortas. Pela primeira vez (ou talvez não) sinto-me amarfanhada entre os escombros da vida. E, no entanto, estou viva mas sem ação.

Após divulgação destas palavras em post diário nas tecnologias da comunicação poucos ou nenhuns entenderão o cerne de um texto contendo ecos solitários. Porque, na verdade, somos uma floresta descarnada, transformados em amontoados de papelão famintos de olhares. Somos peças soltas num conjunto de entabulados deixados na prateleira da solidão. Afinal até somos o número que encima a sepultura mais fria e profunda de um pedaço de terra desenhada à medida e entabulada em divisões paralelas.

Porquê tanta luta na passagem terrena? Porquê tanto e tão pouco se viemos com pouco e vamos com muito menos?

Enquanto seres vivos do planeta habitável temos de seguir a regra e a circunstância, a decisão e a razão, a escada e o escadote, o púlpito e a cadeira, o verde, o vermelho e o azul entre tantos outros coloridos vitais.

Só não podemos ir contra seja o que for onde houver uma opinião formada.

12 de novembro de 2013

Rosa Silva (“Azoriana”)



Nota: Quem não entender o desenrolar dos parágrafos anteriores… Tenho pena, muita pena mesmo, mas mais não quero desdobrar, porque a prosa não será o meu forte. A rima é que me traz alegria aos molhos, um sorriso nos lábios que atinge os olhos.

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