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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Último sábado de fevereiro

22.02.14 | Rosa Silva ("Azoriana")

Como é sabido, pela maior parte dos conhecidos, nem sempre fui amante de escritos em prosa e/ou rima. Não escrevia coisa alguma no tempo em que nem tempo havia para pensar nela.

Por outro lado, sempre tive pensamentos continuados e fora de comum, que ninguém sequer sonhava que os tinha. A minha mente, como a de muitos, é um amontoado de ideias, palavras e sonhos, uns realizáveis, outros apenas flutuam calados.

Isto a propósito de dar comigo, nos dias que correm, a escrever escrituras mesmo sem papel nem caneta, sem teclado nem outro qualquer meio tecnológico. Apenas escrevo mentalmente em rascunhos sem passar à efetiva edição.

E quando leio outros escritos em prosa catedrática, como lhes chamaria, ou em rima intuitiva, sinto chegar a galope uma vontade imensa de dar vida a letrinhas coroadas de mil sentimentos ilhéus e, mais concretamente, com a tonalidade dos verdes húmidos e azuis marinhos ou celestes de um palmo serretiano. Amo este termo que encontrei (e não lembro se já o conhecia mas não me é totalmente estranho) numa nota de Fagundes Duarte, neste sábado de invernias.

Como sou feliz, minha gente amiga (ou não), com os escritos de outrem e meus. Como sou feliz quando dou aplausos e os recebo em prol da escrita que acende fogueiras na alma.

Estou completamente apaixonada por tudo o que me faz escrever e ler neste pedaço de escritos amontoados, ora de alegrias, ora ténues badaladas sentimentais.

Escrevo e escreverei até que haja motivo para abraçar o que de melhor tenho: a ilha, de ilhas e de escrituras valentes, coloridas de anil, de pastos, montes e vales... palcos marujos e outeiros de esperança.

Não se deixe empalidecer a ilha que somos.

Sábado, véspera de um aniversário de quem trouxe o mar à minha mãe - terra serretiana, mas que partiu para outro universo há treze anos.

Que este escrito prosaico o eleve como o elevo agora:

- Carlos Cândido, meu pai, mestre, artista de pluri-artes, oxalá estejas bem, na companhia da minha mãe!

Todos amamos os nossos antecedentes de uma forma ou outra, na justa medida. Pena é de quem não pode amar, entenda-se querer-bem seja a terra ou o mar: o que nos constrói em laços de fogo e cultura.

22 de fevereiro de 2014

Rosa Silva ("Azoriana")