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Lupércio Albergaria
E José Borges Martins
Partiram no mesmo dia *
Mas seus dons não terão fins.
A cultura açoriana
Louva assim dois exemplares
Ambos na mesma semana
Deixam penas populares.
O nascer não é ruim
Sabemos a hora certa;
A morte é mesmo assim
No dia ninguém acerta.
Agora o que é preciso
Povo da nossa Região
É louvar o improviso
E quem lhe fez difusão.
Borges Martins deixa um legado,
Escritos de bom saber,
Que deve ser estimado
E mais urge conhecer.
Que as suas almas estejam
Felizes neste momento,
E estas minhas quadras sejam
Flores do meu sentimento.
Rosa Silva ("Azoriana")
* 25 de agosto de 2014
Lupércio Albergaria
A dor deixa na partida Lupércio Albergaria Elevemos sua alma |
J. H. Borges Martins
Cordial, bom escritor, Tive um dia na presença Foi para Deus, estará bem, À família o sentimento |
Quem me dera puder ter
Tudo aquilo que não tenho;
Em vez disso gosto de ser
O que faço no que desenho.
Porque em tudo que se diz
Falha sempre algo escrito;
Quem defende a raiz
Não se lê no que foi dito.
Nas palavras vejo ondas
Em marés de sentimentos,
No prazer de algumas rondas.
Na escrita vejo as cores
Que alegram tantos momentos
De vivência nos Açores.
Rosa Silva ("Azoriana")
Há o coração da ilha
Porque a ilha é coração
Na beleza que partilha
Pla rádio à população.
Ilha bordada de afeto
Em retalhos d'esperança
Rendilhado predileto
Até onde a vista alcança.
Sobe a serra, acena ao mar
Que agradece a cortesia
Sempre, sempre a balouçar
No cordão da noite e dia.
Ó ilha, tua beleza
É onda que contagia
És pão-alvo sobre a mesa
Meu amor, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
Há muito amor no que faço
Entre palavras amigas:
A Terceira em seu regaço
Tem um mundo de cantigas!
Se as minhas são de escrever
Porque a voz não se levanta
Oxalá possam amanhecer
Na lembrança de quem canta.
Tantos dons na Brava gente,
Tanta cantiga sortida
C'roada de bom juízo.
Minha palma é permanente
À ilha que deu mais vida
Às cantigas de improviso.
Rosa Silva ("Azoriana")
A propósito da transcrição integral do livro de Gervásio Lima - A Turlu na Califórnia, Angra do Heroísmo, 1938.
Artigo anterior relacionado: Cada vez... [mais saudade!], em 2014/06/14
COM TODO O MEU CARINHO
10 de agosto de 2014, 14:55
Escrita solene e doce
Transcrevi com tal cuidado
Cantando como se fosse
Melodioso o teclado.
A tempo e sem mais pressa
Em horas de intervalo
Fui transcrevendo a remessa
E com ela me regalo.
Cantigas açorianas
De cariz tradicional
Em terras americanas
Foram hinos de Portugal.
Que se assente em verdade
Que o tempo não contei;
Turlu a celebridade
Com cantigas que amei.
Que Deus que tudo espreita
Que Deus que tudo acautela,
Eleve a alma sujeita
Às lembranças que há dela.
O amor não tem defeito
Se tido com alegria;
O amor é tão perfeito
A quem ama a cantoria.
Rosa Silva (“Azoriana”)
Olhando p'ra sua imagem
Que mostra nosso jardim
Apetece a homenagem
A quem o partilha assim.
João Frederico dá talentos
Dos talentos jardineiros
Porque são estes momentos
Que divulgam bons canteiros.
A Terceira é uma flor
De verdes engalanados
No retalho do amador
Que os deixa divulgados.
Nossa terra, nosso lar,
Nosso altar de esperança,
Verde-lilás a comandar
Até onde a vista alcança.
Minha terra de cantores,
De arraial e romarias,
De sábios vultos, sabores,
De Pezinho e Cantorias.
Minha terra de lirismo,
Numa dupla trajetória,
De Angra do Heroísmo
E da Praia da Vitória.
Mesmo sem ser a vedeta
Duma cultura imensa
Tenho orgulho na Serreta
Que meu verso não dispensa.
Cada pétala um sorriso,
Cada flor um beijo meu,
Para quem tem o improviso
Em tudo o que tem de seu.
Casa dos Folhadais - S. Carlos - Angra do Heroísmo
Rosa Silva ("Azoriana")
ANGRA, BELA CIDADE!
Por entre as barbas de milho
Vai surgindo uma cidade
Que seguiu sempre o trilho
De genuína leadade.
Plena marina e baía
Onde a areia tem lirismo
E onde lavra em cada dia
Os motes de heroísmo.
Angra plácida e serena
Cantiga de amizade
Onde não será pequena
A limpeza que a invade.
Há flores e tanta arte
Que vejo transparecer
Fazem dela quota parte
P'ra bem dela se querer.
Venham ver nossa cidade
Uma flor açoriana;
E ficarão com mais vontade
De voltar noutra semana.
Voltem e disfrutem dela
Do seu adro por inteiro
Vejam como está bela
Do vale até ao outeiro.
Rosa Silva ("Azoriana")
Os Confrades da Poesia
[Fundado em 01/08/2008]
Um grupo que bem se aninha
No campo da poesia
E que tanto acarinha
O que por amor se cria.
Quando chega o festejo
Do sexto aniversário
Dou com todo o ensejo
Cumprimento extraordinário.
O mote dá inspiração
À palavra que goteja
Com ternura e devoção
Nova quadra se festeja.
Aos Confrades deste espaço
Com grande admiração
Cumprimento com um abraço
E toda a minha paixão.
A paixão de um Confrade
É render-se ao bem que cria
Que para sempre nos há de
Converter à POESIA!
A poesia é a mais bela
Temperança do viver
Quando crescemos com ela
Mais cresce o nosso ser.
Rosa Silva ("Azoriana")