“Começamos a morrer no dia em que nascemos...”
Nasci e não me criei
Vivi como se não vivesse
Cresci como se não fosse eu
Dei vida à vida de três
Tão diferentes e tão iguais...
No entanto colhi alegrias, choros entre marés partidas…
Deixei-me poetizar em nada
Tingi as letras do meu eu nado
Salpiquei o ser de sonhos
Irreais
Fingi a felicidade que quis
E mesmo assim quis ser feliz
Mesmo que a morte seja sempre a meta…
A escrita é que me salva
É verdade. Colho da escrita a salvação
E quanto mais enriçada, a escrita, melhor até
[Reticências]
2014/10/22
Rosa Silva (“Azoriana”)