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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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35 anos depois...

01.01.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Janeiro, 01. 2015 (1980). Quem não se recordará do mesmo dia daquele ano serão apenas os que nasceram depois. Os que viviam nas ilhas Terceira, Graciosa e S. Jorge e que sentiram o enorme tremor debaixo dos pés é que podem dar testemunho duma realidade tirana que hoje conta trinta e cinco anos. Tenho cinquenta agora, quinze na altura. Ainda sinto o efeito das marcas que jamais esquecerei. Destruição, dor, lágrimas, fragilidade perante a movediça natureza. Lembro que o pico da Serreta, na minha frente, parecia papel a ondular; a sineira do atual Santuário de Nossa Senhora dos Milagres parecia vergar para que eu visse como nunca antes o vira tão inclinado para o mar... depois fui sabendo de perdas de vidas humanas de gente que conhecia e tinha grande estima. A Zita Meneses foi a que me chocou imenso, uma amiga querida que perdeu a vida. Não quero fechar os olhos agora porque mesmo abertos conseguem trazer-me aqueles momentos de um frio intenso sem hipótese de aquecimento... ainda o sinto como que a cortar-me a alma. Que nunca voltes a sentir o efeito da perda total de bens, todos.

Primeiro de 2015

01.01.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Boa noite Ano Novo!
Feliz seja o aconchego:
Dia de Paz, diz o povo,
Primeira folga no emprego.

Minha ilha, meu tesouro,
Meu presépio de rimar,
Neste dia vales ouro
Em cada casa e seu lar.

És o meu berço querido
Vale da pequena serra
Coro que fica no ouvido
Dos cantos da minha terra.

Ó ilha de versos tantos
Com brio por natureza
Dos profanos e dos santos
Amantes da boa mesa.

Rosa Silva ("Azoriana")