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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Ando cá com uma pachorra...

25.02.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Bom dia

Hoje estou com aquele sintoma que me apetece rir por tudo e por nada. Gaitadaria mesmo!

Apetece-me rir mas não pode ser de boca escancarada porque as crateras ficam à exposição pública. Basta um riso sonoro :)

Estou pasma com os tempos que correm cheios de novidades tristes e macabras. Uns porque sim, querem viver mas vivem psicologicamente anafados. Outros porque não, e zás pegam de si e vão embora de forma propriamente normal ou feita por suas próprias mãos.

Só questiono o porquê desta situação que nos rodeia a cada passo? Se é consequência da crise económica? Se é consequência de outras crises piores ainda? Pois, não sei que responda a tanta barafunda de mentes que, no fundo, precisam é de um grito maior que atordoe o ser e faça ver que afinal tudo isto que se vai passando na vida terrena é suportável para uns e o contrário para outros, que se fizeram mais frágeis perante as intempéries do dia-a-dia.

Basta de tanto adormecer a dor. Durma-se e pronto. Se uma noite não chega, peça-se para dormir quatro ou cinco até que se acorde com a cabeça limpa de mofo. Por experiência própria, nada melhor do que umas noites bem dormidas nem que seja a toque daquelas pastilhas que fazem a vida parecer bela porque mascaram a realidade.

Mas quando dormir não é o remédio para tapar as bocas famintas, há que ultrapassar o queixume e pôr mãos à obra diária e fazer das tripas coração, ao ponto de se esconder o mal que nos atormenta (se for passageiro ou melancólico apenas).

Em tempos idos, uns caldinhos de farinha e outros caldos curavam as mazelas de primeira instância ou sazonais. Hoje já nem se sabe fazer tais caldinhos. Recorre-se ao químico mais adequado e zás que se cure depressa seja o que for porque há que ter a janta a jeito de entornar no bucho.

Acham que estou deprimida?! Qual quê! Se fosse no tempo da outra senhora, ela me diria: Vá lá, precisas é de esfregar mais chão com escova e sabão azul e branco que isso passa-te! É verdade! Gastar as forças físicas (e psicológicas) é a melhor solução para quem entroniza uma depressão.

Lavar roupa à mão, varrer com vassoura, cavar com a enxada a terra para a sementeira, ajudar o próximo, etc, são atividades que curam qualquer mal-estar, salvo se existe doença física mesmo.

Quem está doente com temperaturas altas e sintomas reais e palpáveis deve ir ao médico… Ultimamente os serviços de saúde estão a abarrotar de gente com tais males que nem tem meios suficientes para escoar corredores e salas de espera. Enfim, acho que anda um mal geral a querer contradizer tudo o que escrevi acima.

Que venha umas bolas do rei Baco para a mesa e uns caldinhos para adormecer a dor seja ela qual for. (Por mim estou com dores de garganta q.b.)

Angra do Heroísmo, 25 de fevereiro de 2015.

Rosa Silva (“Azoriana”)