"Escritos a lápis" - protótipo de livro dos escritos de Oldemiro Silva, USA
Prezados e amigos leitores
Quem dera a coletânea
Que tem um pé nos Açores
Com criação espontânea.
A lápis os seus escritos
Cada qual por sua vez
Ficam sendo favoritos
Na coleção que se fez.
Não importa a idade
Para ler as criações
Serve para a humanidade
Tirar suas conclusões.
Não é fraco, nem é forte
O que escreve por amor
Até à hora da morte
Deixa escrito e dou louvor.
O carinho e a amizade
Se juntam numa só voz
Fica a Comunidade
Com o seu lápis veloz.
Não se mude qualquer ponto
Deixem o autor feliz
Acrescente-se cada conto
Que foi aquilo que eu fiz.
*****
Salve o autor artista
Que da prosa se abeira
Não é por ser repentista
Mas por ter a lapiseira
Que escreve o que avista
Pela sua alma inteira.
Eis o "prefácio" exposto
Sem sequer ele me pedir
Dê alegria ao seu rosto
Para poder prosseguir
Aquilo que lhe dá gosto
E o mundo possa aplaudir.
Com um abraço feliz
Enviado da Terceira
Ilha que foi a matriz
Desta onda passageira
Fico à espera do que diz
O que provocou esta fileira.
Uma fileira repentista
Que gosta de coisas belas
Não posso ser uma artista
Porque teriam mazelas
Só quero que seja vista
Por ter as duas costelas.
Do Pico eu sou metade
Da Terceira outro tanto
Santo Amaro na verdade
Deu-me todo o seu encanto
E a Serreta a saudade
De que me pôs este canto.
Leiam, leiam, por favor,
Não o deixem naufragado,
Oldemiro tem valor
Pelo que tem escrevinhado
Tanto pode ser autor
Como sonho encantado.
Rosa Silva (“Azoriana”)