Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Como reza a tradição Da bela ilha Terceira Havia uma paixão Numa lenda pioneira.
O Atlântico apaixonado Pela Princesa Baía Acabou “enlutado” De alegria vazia.
Era Príncipe dos mares Como assim o conheciam; Foi deitando seus olhares A quem não correspondiam.
Princesa de belos cabelos, Louros e cadenciados, De amor, sem atropelos, Por outro dos seus amados.
O ciúme incendiou Nosso Príncipe apaixonado; Atlântico então chamou Uma Fada para seu lado.
Violento e desordeiro Pra mudar acontecimentos: A Fada foi quem primeiro Fez magias, feitiços e ventos.
Nada conseguiu então E o Príncipe dos Mares, Furioso, deu expulsão A Fada pra outros lugares.
A Princesa por entre olhares Trocou o primeiro beijo; Acorda Príncipe dos Mares, Com sussurro relampejo.
Fazia da rocha seu leito, Basalto e vulcânica areia, E acordou de um jeito Que a coisa tornou-se feia.
Até a Fada voltou A este reino terceirense Apaixonada já se mostrou Mas o Príncipe não convence.
Queria vingar-se também Do Príncipe, Senhor do Mar; Ele apenas queria bem À Princesa pra seu par.
Vendo-o tão furioso A Fada se ofereceu Para vingar o seu ditoso Que contra a terra se bateu.
Cego de raiva e ciúme Com mais ódio disse à Fada: “Correi e fulminai”, como lume, “Quem roubou a minha amada”.
“Mas…” ainda na voz dele, Afirmou sua intenção: “Lembrai-vos, só a ele, Mal… À minha amada não!”
A Fada aceita o desafio, Até convida o Senhor; Acena a cabeça, que ele viu, E leva p’la mão seu “amor”.
Na praia dois apaixonados: A Princesa, ao sol poente, Com os cabelos dourados, Reclinada ao amor somente.
A Fada soltou sua mão Do Senhor do Mar e foi… Num encanto de magia, então, O Monte ela constrói.
Monte Brasil fica a ser Aquele eterno rochedo, Altivo, sem mais prazer, Coberto pelo arvoredo.
Jamais a Princesa o deixou, Ficou sendo sua Baía Angra que de paixão ficou Reclinada de noite e dia.
Para sempre estão unidos Milénios de romantismo; E agora são conhecidos: Lenda de Angra do Heroísmo.
Embalados pelas marés Está aquele par romântico, Soluçando a seus pés O Senhor do Mar: Atlântico!
Não é triste esta história É uma lenda de valor Que a moral sejam a glória, Fidelidade e amor.
Quem o Mal quer provocar Acaba na ratoeira; Esta lenda é exemplar Porque ergue uma bandeira Ao Bem que, sem lutar, Se deitou à cabeceira, Tanto ao sol como ao luar, Do Monte que na Terceira Tem a Baía pra amar Muito além da vida inteira.
Rosa Silva (“Azoriana”)
Nota: Inspirada na “Lenda de Angra do Heroísmo - Terceira", na página da Casa dos Açores do Ontário, Canadá.
«A Comissão de Festas do Império de São Carlos 2015, apresenta no dia 23 de Agosto, próximo domingo, pelas12h30m, no Largo de São Carlos, o Programa de Festas de São Carlos 2015.
Para o efeito convidamos todos os Irmãos, interessados e muito particularmente os órgãos de comunicação social,canais locais de televisão e rádios locais.
Agradecemos desde já a vossa presença.»
Minha dedicatória
S. Carlos tem o Divino Na sua Festa anual Quer-se um alegre hino De amizade fraternal.
Toda a sua Irmandade Quer honrar o seu Império Com duzentos anos de idade Louva Deus e seu Mistério.
A Santíssima Trindade Dá-lhe gosto, tira o pranto; À divina santidade Pai, Filho e Espírito Santo!
Canta a nossa alma inteira Um hino de caridade Pra S. Carlos da Terceira Que se une à Cidade.