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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Partilha com no

Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico da Listagem,
de 1.023 sonetilhos/sonetos filhos

A Maria Clara Costa desejo Boa Sorte!

10.09.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Maria Clara Costa

GRANDE CANTORIA NO RAMINHO

FESTAS DE S. FRANCISCO XAVIER
01/09/2015

Cantadores: Maria Clara e José Eliseu
Edição e imagem: Hildeberto Franco, do “Kanal das Doze”
Local: Sociedade Recreativa do Raminho
Duração: 46:50
Quadras: 40; Sextilhas: 18; e uma oitava final partilhada.

Quadras:

Maria Clara

Por entre os pastos verdejantes
Saúdo o povo do meu dia-a-dia,
Que hoje recebem os visitantes
A esta nossa freguesia.

José Eliseu

Na costa setentrional
Da linda ilha lilás
Desejo a este pessoal
Saúde, amor e paz.

Maria Clara

Há muita freguesia com sorte
Por ter dimensões especiais
Mas a princesa do Norte
É o Raminho dos Folhadais.

José Eliseu

As quadrículas das pastagens,
Pode haver quem o esconda,
É das mais bonitas paisagens
Da nossa ilha redonda.

Maria Clara

É uma paisagem divina
Para bom observador
Duma freguesia pequenina
Mas que pra mim tem valor.

José Eliseu

Já se foram os Folhadais
Plantados em todos os trilhos
Mas restaram os casais
Que sabem educar os filhos.

Maria Clara

Uma freguesia rural,
Com graça e até bonita,
Que se torna sempre especial
Pr’aquele que a visita.

José Eliseu

Freguesia soalheira
Quando o Verão lhe dá calores;
Berço da única cantadeira
Em exercício nos Açores.

Maria Clara

Um berço ao qual tenho amor,
Um berço que tem bons senhores,
E que recebe o melhor cantador
Em exercício nos Açores. (aplausos)

José Eliseu

Porque ter Maria Clara Costa
Nestas nossas cantorias
É ter uma mesa posta
Com as melhores iguarias.

Maria Clara

Porque ter Eliseu Mendes Costa
É sempre motivo pra honrar,
Que todo um povo gosta
De ouvir em qualquer lugar.

José Eliseu

Quero que os raminhenses sigam
De cabeça erguida pra aí,
Porque mesmo que não o digam
Eles se orgulham de ti.

Maria Clara

Ainda não dou muito tafulho
Nesta história de cantoria,
Mas tenho sempre muito orgulho
De ser desta freguesia.

José Eliseu

Quando de S. Bartolomeu sigo
Para o Raminho, no Verão,
Se me põem a cantar contigo
É um presente que me dão.

Maria Clara

Por tu a mim cantares castigo
E por ajudares toda a gente;
Quando me põem a cantar contigo
Pra mim é melhor do que um presente.

José Eliseu

Quando chegamos a qualquer Festa
E encontro esta donzela
Dou-lhe sempre um beijo na testa
Dizendo que estou com ela.

Maria Clara

O beijo ele hoje me deu,
Esse beijo, em mim, sempre sobressai;
O beijo na testa do Eliseu
É como pedir a bênção ao pai. (aplausos)

José Eliseu

Estás na idade dos desejos,
Como já a teve este Eliseu;
Estás na fase dos beijos
Mas na testa é só eu. (aplausos e risos)

Maria Clara

Um beijo na testa tem valor,
Há muito que sempre o tens feito;
Sinal de apreço e de amor
E um grande sinal de respeito. (aplausos)

José Eliseu

É bom sempre me respeitares
E aceitares beijos pacatos,
Se os quiseres em outros lugares
Arranja outros candidatos. (risos)

Maria Clara

Outros beijos trarão temor,
Outros beijos em outra Festa,
Nunca terão o valor
Daqueles que me dás na testa. (aplausos)

José Eliseu

Sou uma pessoa acarinhada,
Eu beijo idosas e miúdas
E podes ficar descansada
Que não é o beijo de Judas.

Maria Clara

Beijas sempre o arraial inteiro
E eu já ouvi alguns rumores,
Seres o cantador mais beijoqueiro
Das nove ilhas dos Açores. (aplausos)

José Eliseu

Tomo a iniciativa
De beijar, à minha vontade,
Porque na minha saliva
Não há vestígios de maldade.

Maria Clara

Uma senhora já me dizia,
Pus à escuta o ouvido meu,
Que ela só vinha à cantoria
Pra ter um beijo do Eliseu. (aplausos)

José Eliseu

Há dias uma veio pra mim
Antes de uma cantoria
Beijei-a, ela disse assim:
Eu já ganhei o meu dia!

Maria Clara

Nas plateias muito tenho descobrido,
Que algumas senhoras têm rancores,
Que nunca beijam o marido
Mas beijam os cantadores. (aplausos)

José Eliseu

Minha esposa me pôs à rasa,
Como facto que eu destaco,
Que há dias aparecia em casa
Com batom no meu casaco.

Maria Clara

A tua esposa muito aguenta
Tantas saídas que tens no caminho,
Que se ela fosse ciumenta
Já estavas a morar sozinho. (risos)

José Eliseu

Minha esposa tem ensejos,
Embora não venha à Festa;
Eu também lhe dou muitos beijos
Só que nunca é na testa. (aplausos e risos)

Maria Clara

Acabei de reparar aqui,
Estava olhando aqui sozinha,
Tens um pouco de batom vermelho aí
Juro que não foi culpa minha.

José Eliseu

Tu comigo usas meiguice,
Até mesmo sobre escombros;
Maria eu já te disse
Pra não me beijares os ombros. (risos)

Maria Clara

Minha desculpa se manifesta,
Juro que não foi por ser louca;
Tu esticas-te pra me beijar a testa
Enfias-me o ombro na boca. (risos)

José Eliseu

O assunto está divertido
Porque na diversão tu bem lavras;
Maria um beijo sentido
Vale mais que mil palavras. (eu aplaudo)

Maria Clara

Um beijo eu, bonito olhar,
Como já fiz alguns aqui,
Tem o poder de aproximar
Até quem não gosta de ti.

José Eliseu

Porque o beijo tem ternura,
Grande magia ele tem,
Basta pensarmos na doçura
Do beijo da nossa mãe. (aplausos)

Maria Clara

O beijo da mãe não é em vão
E ao filho nunca causa tédio,
Que nas horas de aflição
Ele é o único remédio. (aplausos)

José Eliseu

Até o pai para beijar
Torna-se mais cuidadoso,
E se for depois de ralhar
O beijo é mais saboroso. (eu aplaudo)

Maria Clara

Beijo de pai traz alegrias,
Beijo da mãe traz-nos prazer,
Deles eu tenho todos os dias
E em breve vou deixar de ter. (aplausos)

José Eliseu

Até por consideração,
Que a juventude me perdoe,
Era bonito beijar a mão
E o “Deus te abençoe”. (aplausos)

Sextilhas:

Maria Clara

Acredito que o beijar a mão
É sempre um ato sentido,
Que faz parte da educação
P’lo menos daquela que eu tenho tido,
É um exemplo de tradição
Que não se havia ter perdido. (muitos aplausos)

José Eliseu

Em tempos que já lá vão,
A minha mãe me dizia
Que na nossa Região
Um velho costume havia,
Até de se beijar a mão
Ao padre da freguesia. (aplausos)

Maria Clara

Aquilo que pensa a Maria,
É que há coisas que não se aguenta,
Beijar ao padre da freguesia
É demais e não se sustenta,
Mas também creio que hoje em dia
Foi de oito para oitenta. (aplausos)

José Eliseu

Meus caros concidadãos,
Ao som de cada lindo arpejo,
Digo que além de beijar as mãos
Em casa ou num festejo,
Há o beijo entre irmãos
Eu nunca provei esse beijo. (aplausos)

Maria Clara

O beijo explico porque o senti,
Irmão tua mãe não quis dar,
Sempre que minhas irmãs vi
É sentimento, sem se explicar,
Há uma que beijo sempre aqui
E outra que não posso beijar. (aplausos)

José Eliseu

A tua mão me seduz,
Apesar de não estar erguida,
Abre a tua mão para a luz
E beija na despedida
Esse que está preso na Cruz
E és feliz pra toda a vida!
(aplausos e Maria beija a Cruz)

Maria Clara

É sempre bom tê-lo na mão,
Nas minhas contas sempre alisto,
Tenho-o junto ao coração,
Mas muitos beijos não registo,
Porque os meus lábios dignos não são
De poder beijar Jesus Cristo. (muitos aplausos)

José Eliseu

Beija sempre Aquele que gostas,
Porque quem beija não erra;
Se no beijo tu apostas
Beija nem que seja a serra,
Como o mar beija as costas
E a chuva beija a terra. (muitos aplausos)

Maria Clara

Quando eu vou cantar num salão,
Ou num arraial que se estendeu,
Pra ter minha inspiração
Muito nunca peço eu:
É o crucifixo na mão
E um beijo na testa do Eliseu. (muitos aplausos)

José Eliseu

O Raminho dá-me a rodos
Amizade e alegria,
Gosto de vir aos seus Bodos
Ou de visitá-lo qualquer dia;
Como não posso beijar todos
Então beijo a Maria.
(muitos aplausos e José Eliseu dá beijo na Maria)

Maria Clara

A freguesia não carece
De boas pessoas, sem fim,
Mas elas entre muito aquece
Quando chegas e sorris assim,
Que o Raminho muito agradece
Tudo o que tens feito por mim. (muitos aplausos)

José Eliseu

O Raminho tem de te olhar,
Para que eu também possa;
O Raminho tem de te beijar
Porque esta poetisa é nossa;
O Raminho tem de amar
Esta jóia que é vossa. (muitos aplausos)

Maria Clara

Eu vou deixar a freguesia,
Por mais de um ano e de um mês,
Saudar a minha companhia,
Saudar este povo cortês,
Mas não vai passar um só dia
Que eu não pense em vocês. (aplausos)

José Eliseu

E quando as malas fizeres,
Vais ter esta atitude,
Tu irás beijar se puderes
Tua mãe, mulher de virtude,
Para que o beijo que lhe deres
Lhe traga muita saúde. (muitos aplausos sentidos)

Maria Clara

Deixar o meu pai me conduz
A uma tristeza assim,
Mas deixar aquela que me deu à luz
É mais uma dor que não tem fim,
Porque essa enfrenta uma cruz
Que precisa tanto de mim. (muitos aplausos sentidos)

José Eliseu

Que até mesmo os alfarrábios
Tenham livros desta cantadeira,
Já estás no galarim dos sábios,
Por isso vem pra minha beira
Porque vais ter dos meus lábios
Um beijo da ilha Terceira.
(muitos aplausos e José Eliseu dá-lhe um beijo na testa)

Maria Clara

Depois do beijo que ele veio dar
Em nome dos que se manifestam,
Em seguida meus pais vou beijar
E outros amigos que prestam
Porque eu tenho que aproveitar
Os últimos dias que restam. (muitos aplausos)

José Eliseu

Tua dignidade não belisco,
Nem tão pouco o teu encanto;
Nem tão pouco corres o risco
De beijares, no entanto,
A imagem de São Francisco
E a Coroa do Espír’to Santo. (aplausos)

Oitava partilhada:

Maria Clara: E adeus eu digo a sorrir
José Eliseu: Adeus solteiros e casais
Maria Clara: Adeus porque temos que ir
José Eliseu: São as estrofes finais
Maria Clara: E antes de outros aqui ouvir
José Eliseu: Com redondilhas fundamentais
Maria Clara: Juntos nos vamos despedir
José Eliseu/Maria Clara: Do Raminho dos Folhadais.

Aplausos gerais e os cantadores dão o abraço final.

As ribeiras correm para o mar

08.09.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Não é de agora, sempre foi assim. A água desce, não tem travão, acelera até chegar à meta, em descida. Quanto mais baixa for a descida mais a água acelera.

Ainda recordo, como se fosse hoje, as alturas que chovia a cântaros e a rua da Miragaia não suportava o caudal de água, ao ponto de, nos entrar todo o tipo de sujidade por casa dentro. Tínhamos tudo encharcado no “andar de baixo”, como se dizia, e a água trazia o que de pior os nossos olhos queriam ver, pois além do que era nosso, trazia o que era alheio.

Enfim, essa foi uma das tristes lembranças que ficaram quando a água volta a ser tema de susto e debate.

Calçada sem estar bem “colada” em lugares pontuais de escoamento brusco de águas é de acautelar com cimento e pronto.

Portas com entrada rasa com o passeio é de pensar ter uma “aba” implantada para fazer a água mudar o rumo e não infiltrar-se portas adentro.

Tampas de esgoto no interior da residência é um chamariz para a desgraça. Devem ser mudadas para o exterior, em zona que ligue ao esgoto geral, com “fechadura” interna, em caso de chuva forte.

Não sou técnica, nem percebo de obras desse porte, mas imagino que todas as vezes que vier um “dilúvio” vai haver sempre o mesmo espetáculo aflitivo e dantesco.

As forças da natureza são impossíveis de travar de forma “baratinha” ou fácil. Há que investir, primeiro em bons técnicos e depois, em matéria que mude o estado da calamidade.

Já se sabe que construções ao pé de ribeiras e grotas são de risco elevado. Já se sabe que água e fogo são os maiores prejuízos que temos pela frente quando surgem de repente. Perante essa perceção não há santo que nos valha, só mesmo o valimento de quem trabalha com boa orientação técnica.

Rosa Silva ("Azoriana")

Nota: A propósito do artigo do DI - Diário Insular de hoje (8/9/2015)

Pela Serreta, a incumbência... "Vamos trabalhar por Nossa Senhora!"

07.09.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Nasceu a 14 de março de 1940, na freguesia da Serreta. Foi mãe de duas filhas. Partiu a 28 de outubro de 2003 com causa de morte: esclerose múltipla (doença sem cura e de longa duração). Realizou-se a Coroação do Divino Espírito Santo em 30 de maio de 2004, levada a efeito pela sua filha mais nova e respetiva família, com a reza do terço durante um ano, junto ao altar do “meio da casa”. A filha mais velha começou a escrever em abril de 2004 sobre a Serreta e tudo o que se relacionava com a “alma terceirense”, mais propriamente a serretense, da sua naturalidade, com a incumbência de seguir os apelos que sentia. A falecida mãe era devota de Nossa Senhora dos Milagres ao ponto de, em vida, mesmo doente e em cadeira de rodas, querer estar presente na missa do 2º domingo de setembro, da festividade solene da Padroeira, e de ficar de frente à porta principal por onde saía o andor da Virgem Mãe da Romaria e dos Peregrinos, mesmo sendo praticamente cega e só reconhecer as pessoas pela voz e os sons melodiosos da "sua querida" Filarmónica Recreio Serretense. Atualmente tem familiares músicos (netos e primos) e o maestro, também primo.

O porquê desta introdução?

Todos, ou praticamente quase todos que me leem e conhecem os meus escritos, sobretudo rimados, sabem da forte influência que a minha falecida mãe tem sobre mim. É um elo cujo título continua a ser “Vamos trabalhar por Nossa Senhora!

Nossa Senhora dos Milagres da Serreta

E insiste: “Vamos trabalhar por Nossa Senhora!

Por isso e muito mais… Pela vida, pela esperança, pela fé, pela minha mãe, pela nossa Mãe, Virgem Maria, Senhora dos Milagres, continuo a balbuciar o teu credo – Vamos trabalhar por Nossa Senhora!

Avé Mãe!

Avé Mãe do meu Amor,

Vestida de amor somente;
Cristalina! Mar de gente
Enfrenta caminho e dor.

Avé Mãe do Seu Senhor,
Virtude do povo crente;
Te adoramos simplesmente
Ó Virgem do Redentor!

És alma da Romaria,
Estrela alva do dia
Candelabro em silhueta.

És alma da Sociedade
E de toda a Humanidade:
Santuário da Serreta!

Rosa Silva ("Azoriana")

em nome de Matilde Rosa Cota Correia

 

Tantos que trabalham por Nossa Senhora… E o primeiro apelo vem de longe…

Atualidade

Festa de Nossa Senhora dos Milagres decorre entre 12 e 19 de setembro
Set 5, 2015

Serreta recebe peregrinos de todos os cantos da ilha

Milhares de peregrinos de toda a ilha Terceira, nos Açores, rumam, na próxima semana, ao Santuário da Serreta, onde decorrem, entre os dias 12 e 19 deste mês, as festas de Nossa Senhora dos Milagres.

O novenário de preparação para a festa que já começou, com pregações de diferentes sacerdotes, animado por grupos e movimentos eclesiais distintos, está centrado já no Ano Santo da Misericórdia “procurando que Aquela que é invocada diariamente como Mãe de Misericórdia nos inspire e ensine a sermos misericordiosos”, refere o Reitor do Santuário e pároco da Serreta, Pe Manuel Carlos, em entrevista ao Sítio Igreja Açores.

“Desde 2005 que o Conselho Pastoral Paroquial optou por direcionar o novenário de preparação como momento propício de evangelização que visa alguns segmentos populacionais como a família, idosos, doentes, juventude, catequistas”, entre outros, adianta o sacerdote.

O ponto alto da festa é, contudo, o fim-de-semana de 12 e 13 de setembro, altura em que cresce o número de visitas ao Santuário. No dia 13 haverá missa solene, pelas 16H00, seguida de procissão, ambas presididas pelo Vigário Geral da Diocese de Angra, Cónego Hélder Fonseca Mendes. Na segunda-feira, dia 14, terá lugar o Bodo de Leite (com o tradicional pic nic das famílias e tourada à corda) e no dia seguinte realiza-se a procissão em honra de Santo António, que encerrará as festas deste ano.

Na sexta-feira que antecede o fim-de-semana da Serreta o número de peregrinos aumenta exponencialmente. Saem dos quatro cantos da ilha e fazem o percurso a pé, uns por fé outros por tradição. Durante o percurso são auxiliados pela Cruz Vermelha Portuguesa, que há quase 30 anos presta este apoio aos peregrinos.

Estas festas são as mais importantes da ouvidoria da ilha Terceira e remontam ao século XVII.

O historiador terceirense Ferreira Drumond, baseado numa tradição oral, refere que a ida da imagem de Nossa Senhora dos Milagres para a Serreta se deve a um sacerdote de nome Isidro Machado que se refugiou neste extremo ocidental da ilha e construiu uma pequena ermida colocando lá a imagem de Nossa Senhora com o Menino ao colo. Por morte do padre, a imagem foi recolhida na igreja paroquial de então, a Igreja das Doze Ribeiras.

A devoção popular pela Nossa Senhora dos Milagres está ligada “a fases cruciais da nossa história” refere o Pe Manuel Carlos lembrando por exemplo o século XVIII, quando Portugal se viu envolvido na guerra entre a França e a Espanha contra Inglaterra.

Encontrando-se a ilha Terceira “desprovida de fortificações e pouco defensável”, as autoridades militares e civis ao depararem com a imagem de Nossa Senhora dos Milagres, na Igreja das Doze Ribeiras, formularam um voto de se “tornarem seus escravos e promoverem-lhe festa anual se a ilha não sofresse qualquer investida inimiga. E porque assim sucedeu se firmou o voto, subscrito pelos principais cavalheiros militares e eclesiásticos, autoridades e algumas damas de fé”.

A primeira festa foi celebrada a 11 de setembro de 1764, altura da fundação da Irmandade dos Escravos de Nossa Senhora, mas a sua realização não foi contínua. Só a partir de 1842, altura em que foi construída a igreja paroquial da Serreta e elevada a paróquia 20 anos depois, a Festa foi ganhando novos contornos atraindo muitos angrenses. Desde então a festa realiza-se todos os anos.

“Qualquer pessoa em algum momento da sua vida precisa de um milagre, porque assumiu que as suas próprias forças são escassas para vencer os desafios que se lhe deparam”, sublinha o Reitor do Santuário, um dos dois Santuários diocesanos da ilha, ambos marianos.

“No começo da devoção procurou-se proteção divina contra a guerra; hoje razões de saúde, crises familiares, desemprego, etc, são motivos que fazem com que milhares de terceirenses venham a pé ao Santuário da Serreta pedir e agradecer o auxílio da Mãe de Deus e nossa Mãe”, acrescenta.

“Há que reconhecer também que estamos perante um processo de socialização muito bem sucedido: desde pequenas que as crianças são expostas a esta devoção e ao crescerem, dão-lhe continuidade. E isso faz muita diferença”, conclui o sacerdote.

Em apenas três dias chegam ao santuário cerca de oito mil peregrinos, fora os que anualmente visitam este templo, elevado há nove anos, ao estatuto de Santuário Diocesano, por D. António de Sousa Braga.

“O nosso primeiro desafio é acolher e escutar os peregrinos; depois evangelizar e disponibilizar os sacramentos confiados por Cristo à Igreja aos que os procuram” refere ainda o Pe Manuel Carlos, que diz “trabalhar por uma igreja peregrinam, contemplativa do homem concreto, que procure encarnar e levar o Evangelho de Jesus à humanidade deste tempo”.

“Necessitamos de assumir que não basta à Igreja apontar metas; o fundamental é saber e ensinar a lá chegar”, conclui o sacerdote, destacando o papel deste Santuário no contexto diocesano.

Esta festa está também associada a outra de cariz mais popular conhecida como a Segunda Feira da Serreta, que atrai centenas de famílias para um pic nic.

À semelhança de outros anos, o Governo Regional dos Açores concede tolerância de ponto aos funcionários da Administração Pública Regional, cujos serviços estão sediados na Terceira, por ocasião da tradicional festa da Segunda-feira da Serreta.

O despacho assinado por Vasco Cordeiro salienta “a importância de que o evento se reveste para a população da ilha Terceira e que se traduz numa grande adesão e participação nas manifestações que se realizam naquela data”.


Fonte: Igreja Açores, 2015.

 

Outras pesquisas

“No segundo fim-de-semana de setembro a paragem é na Terceira, para a Festa da Serreta que impõe uma romagem até ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, a 20 km de Angra do Heroísmo, no cabo extremo ocidental da ilha, numa zona sobranceira ao mar. A romaria, a pé, é uma das mais concorridas da ilha. A tradicional tourada da praça do Pico da Serreta continua a realizar-se na segunda-feira seguinte às celebrações lembrando a antiga tradição da tourada à corda tão característica desta ilha. É também nesse dia que os locais estendem o seu picnic familiar, prolongando conversas, a olhar o mar.”

Fonte: Semanário Ecclesia, nº 127, de 30 de julho de 2015, página 14 e 15.

 

Peregrinos rumam à Serreta
Set 12, 2014

Festas em honra de Nossa Senhora dos Milagres “estão na alma” do povo terceirense

A semana que antecede o segundo domingo de setembro é marcada na ilha Terceira, pelas numerosas romarias, organizadas em grupo ou individualmente, até ao santuário de Nossa Senhora dos Milagres, na Serreta.

Este ano o mau tempo “pode condicionar” as peregrinações- “nunca vi a Serreta tão molhada”-, mas “o movimento começa a fazer-se sentir” disse esta quarta-feira ao Portal da Diocese o reitor do Santuário, Pe Manuel Carlos que, desde sexta-feira, dia 6 de setembro, está a orientar o novenário preparatório das grandes solenidades que acontecem no domingo, dia 14, com a celebração da missa, seguida da procissão com a imagem de Nossa Senhora dos Milagres, que este ano serão presididas pelo Reitor do Seminário Episcopal de Angra, Pe Hélder Miranda Alexandre.

“Quisemos recordar o pedido que o Bispo de Angra fez aquando da elevação desta igreja a Santuário, justamente no dia da oração pelas vocações, dia da mãe, em 2006. É uma forma de, também, darmos graças pelas vocações e lembrar que é preciso estimulá-las sempre através das nossas orações”, sublinhou o sacerdote que há dez anos lidera esta comunidade paroquial.

Aliás, foi dois anos depois da sua chegada à Serreta que a Diocese criou o Santuário.

“Quando aqui cheguei ouvi dizer que o Senhor Bispo tinha afirmado que só sabendo ao certo a dimensão desta festa é que se poderia equacionar a possibilidade da criação de um santuário. No ano seguinte pedi a colaboração dos escuteiros e procedemos à contagem dos peregrinos entre sexta-feira e domingo de madrugada. Eram perto de seis mil, 4 mil deles tinham chegado aqui a pé. No ano seguinte a igreja foi elevada a Santuário, julgo que de uma forma justa”, remata o sacerdote lembrando que esta festa “traduz a alma terceirense”.

A história do culto remonta às guerras napoleónicas, altura em que autoridades militares e civis pediram a interseção da Senhora dos Milagres para que poupasse a Terceira à guerra, prometendo honrar este voto todos os anos, no segundo domingo do mês de setembro, tempo de colheitas e de vinho novo.

O cumprimento do voto ficou a cargo da Irmandade de Nossa Senhora da Serreta e todos os anos é honrado com o tradicional bodo de leite, cujo padroeiro é Santo Antão, uma das três imagens que habitualmente sai à rua nestas festas. O outro é Santo António que percorre as principais artérias da Serreta, na terça-feira, a seguir às solenidades de Nossa Senhora dos Milagres.

Além da festa religiosa criou-se também a segunda- feira da Serreta, o dia de convívio em que as famílias de Angra rumavam a estas paragens para honrar o voto da irmandade.

“É uma festa muito alargada quer do ponto de vista geracional quer social onde todos convivem e celebram com base numa fé comum”, destaca o reitor do Santuário da Serreta que nesta altura monta um “posto” de acolhimento aos peregrinos que durante toda a semana da festa acorrem ao Santuário, numa viagem de ida e volta.

Grande parte dos que vêm a pé, de diferentes lugares da ilha, chegam com “muitos problemas”. A caminhada pode durar até seis ou sete horas “conforme o ritmo”, sendo que na maioria dos casos já há uma enorme mobilização de movimentos.

Por exemplo, peregrinos dos Cursilhos de Cristandade vão partir de São Carlos e da Agualva na próxima sexta-feira e animarão uma celebração eucarística, presidida pelo assistente espiritual, Pe José Júlio Rocha, na madrugada de sábado. Também as Equipas de Nossa Senhora de toda a ilha e os membros da Ordem Terceira já participaram nestas animações litúrgicas.

“A afluência é grande tal como a devoção”, lembra o Reitor sublinhando que “quando há uma situação difícil na encruzilhada da vida é a Nossa Senhora dos Milagres que os terceirenses recorrem”.

Os que aqui vivem e os que já partiram para outras paragens levando consigo o culto, mas “regressam sempre ao seu Santuário”, diz o Pe Manuel Carlos.

Durante todo o ano, o Santuário acolhe peregrinos. Funciona a partir das oito da manhã até à hora da missa vespertina, o que acontece por volta das seis horas da tarde. Durante o verão o horário estende-se até às oito da noite.


Fonte: Igreja Açores, 2014

Mau tempo na Terceira

05.09.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

As ribeiras adoçam o mar
Em melodia sem par
Quando a pauta é temporal
Deste canto eu me lembro
Mas o quatro de setembro
Foi de trompa sem igual.

Meus amigos não admira
Sempre houve e nos delira
O mau tempo nos Açores.
Linda Angra do Heroísmo
Outrora sofreu com o sismo
Agora a água fez horrores.

Misericórdia Senhor
Alívia o nosso horror
Junto com Virgem Senhora
Arregaçamos as mangas
Com proteção de gangas
Pra limpar chegou a hora.

Faz falta a oração
Em qualquer ocasião
Seja boa ou seja má.
Haja força na limpeza
Porque as forças da natureza
Ninguém as empata cá.

4 e 5/9/2015
Rosa Silva ("Azoriana")

O Diário Insular escreve sobre as Festas de Nossa Senhora dos Milagres 2015

05.09.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Transcrição do artigo no Diário Insular de sexta-feira, 4 de setembro de 2015 (o dia da grande chuvada que alarmou os angrenses, em particular, e os terceirenses em geral).

Eis a notícia:

Festas de Nossa Senhora dos Milagres decorrem entre 12 e 19 deste mês

Serreta recebe peregrinos de todos os cantos da ilha

Milhares de peregrinos de toda a ilha rumam, na próxima semana, à Serreta, onde decorrem, entre os dias 12 e 19 deste mês, as festas de Nossa Senhora dos Milagres.

Uns deslocam-se a pé até ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres movidos pela fé, enquanto outros, especialmente os mais jovens, o fazem pela festa e pela tradição.

Este ano, jornalistas e colaboradores do Diário Insular voltam a fazer uma caminhada até à freguesia da Serreta.

As festas de Nossa Senhora dos Milagres têm início pelas 19h00 do dia 12, sábado, com o desfile da Filarmónica Recreio Serretense, seguindo-se novena (20h00), um concerto pela filarmónica local (22h00), o tradicional fogo preso (23h30) e missa (00h00).

No dia 13, domingo, são celebradas missas às 06h00 e 10h00. Pelas 16h00 tem lugar missa solene em louvor de Nossa Senhora dos Milagres. À noite atua, a partir das 21h30, o grupo Bel Cantus.

A 14 de setembro, Segunda-feira da Serreta, há missa, pelas 11h00, e a tradicional tourada na praça do Pico da Serreta, às 17h00. À noite, para além de insufláveis, pinturas e balões para os mais novos, a partir das 21h00, tem lugar a atuação do grupo WhatUp, pelas 21h30.

No dia 15, terça-feira, pelas 12h00, decorre o bodo de leite. Às 18h00 há missa, seguida de procissão em louvor de Santo António. À noite está prevista cantoria, a partir das 21h30, com os cantadores Bruno Oliveira, Carlos Andrade, José Eliseu, Marcelo Caneta, Fábio Ourique e Tiago Clara.

Para o dia 16, quarta-feira, está agendada uma excursão ao tentadeiro da ganadaria de Francisco Sousa, pelas 11h00, e uma tourada à corda, a partir das 17h30.

O programa do dia 17, quinta-feira, integra a tradicional vacada na praça do Pico da Serreta, às 16h00, e um concerto de pasodobles pela Filarmónica Recreio Serretense, pelas 21h30.

No dia 18, sexta-feira, tem lugar a atuação do grupo Só Forró, às 21h30, terminando as festas de Nossa Senhora dos Milagres a 19 de setembro, sábado, com uma tourada à corda, pelas 17h30.

TOLERÂNCIA DE PONTO

Entretanto, o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, concedeu tolerância de ponto no dia 14 de setembro aos trabalhadores da Administração Pública Regional cujos serviços estão sediados na Terceira, por ocasião da tradicional festa da Segunda-feira da Serreta.

O despacho assinado por Vasco Cordeiro salienta "a importância de que o evento se reveste para a população da ilha Terceira e que se traduz numa grande adesão e participação nas manifestações que se realizam naquela data".

Fonte: Diário Insular

“´Tá tudo teso mas com mania de gente rica”

03.09.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

[Inspiração aqui.]

A expressão não é totalmente minha nem fui eu que a inventei, mas que é uma grandíssima verdade podem crer que é.

Se não vejamos: entra o “dinheirinho” na data certa, para quem tem o trabalho mais ou menos em dia com a entidade patronal; começa-se a distribuir os “quinhõezinhos” para isto e para aquilo, e a desventura de alguma surpresa de última hora; começa-se a ver os números dos “caixas” da mercearia a correr em catadupa; vai-se ao saldo do “bancos da parede”, o mesmo que dizer, caixas multibanco, e como já se calcula mesmo sem máquina de calcular, surgem os números quase a bater no fundo. Suspira-se! Mais uma vez um suspiro sem que ninguém ouça e rasga-se o “donativo” papelito que nem ousamos deixar preso na terceira ranhura da operação mecânica (A primeira é enfiar o cartão pessoal e intransmissível, o segundo é recolher a “esmola” sempre em papel colorido conforme a “petição” que é feita através de teclas numéricas e levanta-se e anda-se…). O mal pior é a dor no peito que tende a começar ainda nem se deu a volta ao mês presente.

E são as festas de Verão, e são os peditórios para o DES (Divino Espírito Santo), e são os foguetes, e são as alcatras, e são as sopas do dia da Festa, e a massa sovada, e o "quinto toiro" (o melhor é levarem um farnel de casa numa saca de retalhos), e são os “frasquinhos” para quem bebe as “loirinhas” por conteúdo, e sei lá mais o quê, que se avizinha das datas apropriadas a “laços a dinheiro”, como muito bem dizia o sogro de uma pessoa que também gosta de escritos ao sabor da imaginação.

Contudo isto, vamos fazendo de conta que o mal é mais ao lado, que a gente é rica de bondade, festividade e afins, que a gente é altamente hospitaleira, que somos bons vizinhos, que temos boa boca, que até vai bem uma tijela de leite e pão duro amolecido naquele saboroso líquido (que também já dizem que não é aconselhável abusar dele), enfim, haja água limpinha para beber e o resto seja o que Deus quiser à boa mente.

Não sei é até quando nos vamos dar ao luxo de viver como se nada se passasse. Eu sinto que o mundo está cada vez mais podre, mais ruim e mais insensível. Basta assentar a vista em qualquer noticiário apregoador de males e infortúnios.

Até a chuva que antigamente caía e fazia estragos, hoje parece que estraga mais ainda, porque num segundo fica meio mundo a saber que houve uma avalanche, uma enchente, uma inundação, etc, etc, e rios de opiniões alastram mais que os próprios pingos grossos da chuva abundante.

Seja tudo para desconto dos maus dias e letras fastidiosas como estas de hoje.

Ámen!

Rosa Silva (“Azoriana”)

A força dos Jovens Arcanjos Lajenses

03.09.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Arcanjos da Fé
Percorrem a pé
Caminhos de Luz
A Virgem Maria
De novo é A guia
E os jovens conduz.

A nova Oração
Seja o bordão
Para a caminhada
Suor e tormento
Com Ela é alento
Sorriso à chegada.

Todos os Arcanjos
Das Lajes arranjos
Da fé que dá vida
Seja promissor
O voto de Amor
À Virgem querida.

Lajenses amigos
Fujam dos perigos
Abracem o canto
Façam do refrão
A Santa Oração
Que Ela gosta tanto.

Ó Mãe dos Milagres
A vós nos consagres
De noite ou de dia
Avé Mãe querida
Avé Mãe da vida
Nossa companhia!

Senhora nossa, Senhora minha
Sóis da Serreta Mãe e rainha
Senhora nossa, Senhora minha
Sóis da Igreja Credo e Ladainha!
Avé, Avé Maria, Avé, Avé Maria!

Rosa Silva ("Azoriana")

Nota: Alterei o primeiro verso para não se confundir com a designação de outro grupo de jovens.

"Aurora e Sol Nascente" - a propósito da cantoria de 1972 nas Quatro Ribeiras

01.09.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

"Aurora e Sol Nascente"

"Aurora e Sol Nascente"
São uma e outra pessoa
Que se uniram num repente
Com Cantoria da boa.
No céu estão certamente
A cantar o que bem ressoa.

Eu adoro este casal
Mesmo sem ter conhecido
Dou todo o meu aval
Ao par reconhecido
Que jamais fizeram mal
Ao seu povo tão querido.

Deixaram o seu legado
De cantigas importantes
Por ninguém foi copiado
Só por louvor em instantes
E estará sempre guardado
Ao alcance dos amantes.

Amantes da poesia
Duma forma espontânea
Amantes da cortesia
Numa tela conterrânea
E amor à Cantoria
Duma forma consentânea.

Eu jamais vou esquecer
Que por monde deste par
Seu livro gostei de ler
Continua no meu lar
Mário Costa a escrever
Fez seu canto despertar.

Mário Pereira da Costa

Antes, cantigas eu não seguia,
Não tinha chegado a hora
Nem tão pouco eu percebia
A chama que sinto agora
Graças a Charrua e Maria
E ao livro que se adora.

Que estas minhas sextilhas
Feitas numa correria
Sejam as minhas partilhas
Doação à Cantoria
Que povoa as nossas ilhas
Tronos de cada freguesia.

Deixai-me cantar assim
Como se a última vez
Sei que não querem a mim
Há quem cante e já o fez
Seja bom ou seja ruim
Ninguém canta como vocês.

Vocês, Reis do Improviso:
Um Rei e uma Rainha;
Estão juntos no Paraíso
Tenho cá na ideia minha
Seja feito o que é preciso
P'lo dom que cada continha.

Uma campa se inaugurou
Com beleza e o poema
Que a boa Turlu deixou
Em vida com o seu lema
E agora em pedra ficou
Como a dor que tem o tema.

Campa de José de Sousa Brasil Charrua

Pena tenho da Turlu
Que não esteja com o seu
Poema que não é cru
Foi Charrua que escreveu
Em vida e a olho nu
Com o dom que Deus lhe deu.

Rosa Silva ("Azoriana")
2015/09/01

Nota: Ouça a cantoria de Turlu e Charrua 1972, nas Quatro Ribeiras, concelho da Praia da Vitória, ilha Terceira - Açores, posta à disposição por Francisco Dinis - canal FAMDVideo em 10/04/2011.

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