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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Dia de S. Valentim

14.02.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

Teu olhar em mim semeia
O amor que incendeia
Uma rima para te dar
Como a terra dá ao mar.

Ó meu bem que me recheia
O sorriso volta e meia
És o ser do meu cantar
A beleza do meu lar.

É dia dos namorados
Mesmo que sendo casados
Nada muda a ligação.

Por ti sempre apaixonada
Porque amar é a entrada
Na porta do coração.

Rosa Silva ("Azoriana")

Rosa alva e lírio branco

14.02.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

Minha terra é uma rosa
Porque Rosa também sou
Só que ela é mais ditosa
Sua água me batizou.

Deu-me mais rima que prosa
Deu-me a Mãe que tanto amou
Por isso é flor formosa
No largo onde também ficou.

Rosa alva e lírio branco
Merecem um verso franco
Com a musa inspiradora.

Há beleza na plaqueta
Santuário da Serreta
Da Mãe auxiliadora.

Rosa Silva ("Azoriana")

A debulhadora

14.02.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

Lembro bem desses fogueiros
No carro puxado a bois
E a seguir aos primeiros
Vinham sempre mais depois.

O trigo vinha emparelhado
Em molhos que eu bem via
Depois era enfiado
Pla "boca" da maquinaria.

Era a debulhadora
Que vinha para um cerrado
Máquina trabalhadora
Com um barulho afinado.

O molho entrava inteiro
O trigo a saca enchia
A palha em lugar certeiro
Um fardo então produzia.

Eu novinha admirava
Todo aquele trabalho
Mas dali me ausentava
"Cada macaco no seu galho".

Salvo seja a comparação
Que agora me saiu
Mulher naquela função
Acho que não se permitiu.

Só ia mesmo pra ver
O que por lá se passava
E também pra conhecer
O trabalho que o trigo dava.

Esta história é verdadeira
Andava eu na escola
Muito aprendi na Terceira
E ver isto até consola.

Pena que tudo acabou
Deu lugar ao modernismo
Mas para muitos ficou
Lembrança de heroísmo.

Para que se faça o pão
Pro manjar do dia-a-dia
Já não se vê tanta ação
Como noutro tempo havia.

Vem o trigo do exterior
Faz farinha num instante
Quem fazia tal labor
Agora já está distante.

Bravo povo da minha terra
Mereces o meu louvor
A debulhadora encerra
Mas teu fardo tinha valor.

Dava alimento aos animais
Para com força o transportar
Hoje nem sequer os pardais
Podem o trigo debicar.

Fica aqui este registo
Para quem o quiser guardar
Que a ilha de Jesus Cristo
Muito trigo soube debulhar.

Rosa Silva ("Azoriana")