Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor" 4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado **********
Um dos três livros pesa oitocentos gramas, Coleção Improvisadores 14, cujo título é “Improvisadores da Ilha Terceira”, num total de 207 cantadores (re)lembrados e atualizados, a partir do original de José Henrique Borges Martins (falecido em 2014) e da autoria de Liduíno Borba, texto introdutório de José Eliseu Mendes Costa (páginas 17 a 54), verificação de texto de Manuel Pires, revisão de texto de Victor Rui Dores, numa edição da Turiscon Editora, com data de março de 2016. Tiragem de 1000 exemplares, depósito legal 404136/16 e ISBN 978-989-8569-18-9. Tudo isto na Ficha Técnica onde também é mencionada a autoria da Capa - José Orlando Bretão (Van der Hagen) e a Capa de Liduíno Borba.
Contando com 75 apoiantes, este livro (digo melhor, esta bíblia de improvisadores) começou em 1989 para em 2016 ver a sua atualização, após cinco anos de pesquisa, não a tempo inteiro. De 95 cantadores biografados por Borges Martins com 112 por Liduíno Borba, passou a 207 no total: 50 não sofreram alteração; 45 foram atualizados; 112 são novas inclusões no livro. O concelho de Angra do Heroísmo tem 142 (68,6%); o concelho da Praia da Vitória tem 65 (31,4%).
Ainda na Nota do Autor saliento a referência a um dos agradecimentos a José Fonseca de Sousa pela pronta colaboração na recolha de cantigas para o livro. Digo eu: Grande trabalho feito por amizade aos nossos cantadores e à cultura açoriana. Também lhe agradeço pela parte que me toca.
Agradeço por me terem incluído e catalogado com o nº 179, nas páginas 551 e 552, precedida por José Ribeiro, natural da Ribeirinha, do concelho de Angra do Heroísmo, seguida por José Fernando, das Fontinhas, concelho da Praia da Vitória. Reconheço que todos cantam mais e melhor que eu. Na escrita canto há cerca de doze anos porque o blogue, alojado no SAPO - Serviço de Apontadores Portugueses, assim me foi libertando o dom que estava adormecido ou nem sabia que o tinha.
Saliento que este livro, como o próprio autor refere, é contributo para esse grande património cultural açoriano que é o Improviso.
Quem me dera que o Improviso açoriano fosse património imaterial da humanidade como outras artes já o foram.
Para mim, e para muitos, o Improviso é do mais original que há, pelo dom da espontaneidade seguindo o raciocínio rápido colado aos acordes da viola, violão e/ou guitarra.
A PROVA DO IMPROVISO
Mesmo que seja a escrever Canta-se na melodia Que é nosso bem-querer Fortaleza da cantoria.
Há tanto que a gente escreve Dando asas à cantiga ‘Inda há quem se atreve A dizer que isso o intriga.
É verdade, sim senhor, O canto faço escrevendo, Mesmo ao computador, Como quem o está dizendo.
O grande improvisador Não tem tempo de medir, Num repente, a rigor, A palavra que vai surgir.
Rosa Silva (“Azoriana”)
Nota: No final da apresentação dos livros, com um mesa recheada de bons elementos, os cantadores presentes cantaram uma quadra e uma sextilha. A ordem não é a que estava em palco, mas descendente:
Roberto Toledo Valentim Aguiar Maria Clara John Branco Marcelo Caneta Francisco Ficher José Fernando Rosa Silva "Azoriana" Hélder Pereira Paulo Jorge Fernando Alvarino António Mota José Amaral Manuel Castelão Manuel Vitória Eduíno Ornelas João Leonel (O Retornado)
Depois para a foto de família também entrou Alcindo Ornelas.