Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
**********
Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

**********

Doem-me as palavras...

31.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

... As faladas e as escritas
E tantas que nem são ditas
Numa era de vendavais
Chuvas, sóis e pouco mais.

Doem-me as palavras [mudas]
Entre vírgulas sisudas
Com o vento das escolhas
Esvoaçam tantas folhas.

Tenho o cérebro contrito
Feito medo, sem o grito,
No balaio eu me ponho
A pensar no que eu sonho.

Nos outros eu também penso
Se voltarem a ter senso
Que não voltem ao rochedo
Da saudade... Que tenho medo.

Rosa Silva ("Azoriana")

Último sábado de maio

28.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

Não sei o que dizer
Que não tenha dito
Basta aparecer
Um verso bonito.

Um verso enfeitado
De muita alegria
Pra ser declamado
No mês de Maria.

Está quase no fim
O mês que casei
Um lustro é assim
O quanto somei.

Foi a vinte e sete
Que unimos a mão
Agora compete
Manter a união.

A quem me ouvir
Lá longe, distante,
Faça por sorrir
Sorriso emigrante.

Porque um sorriso
Com sinceridade
É o mais preciso
À dor da saudade.

Saudade, ai saudade
Que o tempo não mata
Nem traz na verdade
Nada que a empata.

Por agora saio
Desta cortesia
Sábado de maio
Vos traga alegria.

Rosa Silva ("Azoriana")

Gravado para Rádio Portugal USA.

Céu cinzento

20.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

Abro o céu da minha mão
À vista de novo dia
Quando o sol se escondia
No ventre da inspiração.

Entre gente, a solidão,
Do canto que a ave cria,
Na bruma que se estendia
Na ilha do meu refrão.

Eis que um golpe de sol
Faz nascer a obra-prima
Da canção de rouxinol.

Sentada de olhar atento,
Solfejando o sol na rima
Abro mão de um céu cinzento.

2016/05/20
Rosa Silva (“Azoriana”)

Paraíso alado

19.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

As aves cantam ao dia
E eu as ouço cantar
Absorvo sã melodia
E me deixo embalar.

Se soubesse eu queria
Suas cantigas pautar:
Belos hinos de alegria
Que gosto de escutar.

As aves da Região
A Autónoma dos Açores
Nunca mudam o refrão.

Dignificam nossos ares,
Com mestria de autores,
De hinos tão insulares.

Rosa Silva ("Azoriana")

Coroação de Luís Nunes - Porto Judeu de Cima

15.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

Meu "irmão", blogger amigo
O Divino está contigo
E com a família tua.
Hoje foi tão especial
Depois da chuva em caudal
O cortejo saiu à rua.

Tanta gente a ajudar
Com a Coroa a abençoar
De viva omnipotência;
Tudo estava perfeito
O que vi e por vós feito
Teve arte, fé e ciência.

Os filhos ao vosso lado
Aprendem que o Sagrado
É fruto da devoção.
Palavra, Fé e Partilha
Que se vê em toda a ilha
São a roda de união.

Lembro bem da tua mãe
Que contigo está também
Neste dia mais feliz;
Pentecostes te abençoa
Com a Divina Coroa...
Obrigada "irmão" Luís!

2016/05/15
Rosa Silva ("Azoriana")

99 anos hoje

13.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")


Fonte da Imagem: Aparições de Fátima (Wikipédia)

"A treze de maio na Cova da Iria
Apareceu brilhando a Virgem Maria
"

Num domingo de dezassete
Há noventa e nove anos
Aparição quem promete
Marcar tantos seres humanos.

Porque hoje é sexta-feira
Tida por ser de azar
Nevoenta na Terceira
Com alvura sobre o mar.

Podem haver muitas formas
Da Senhora nos falar
Por Ela há puras normas
Só pede para a gente orar.

Minha oração ora se faz
Na rima do meu prazer
Pedindo que haja Paz
E que n'Ela possam crer.

Há quem ainda duvida
Das Aparições milagrosas
Nesse tempo não tinha vida
Depois lágrimas bondosas.

Li o que os Pastorinhos
Passaram naquela altura
Por eles tive carinhos
Por eles tive ternura.

De Fátima, a Mãe da Luz
De Portugal Padroeira
A Virgem Mãe de Jesus
E da humanidade inteira.

Sejamos unidos pela fé
Pela sua santidade
E quem vai por Ela a pé
Tenha solidariedade.


"A treze de maio na Cova da Iria
Apareceu brilhando a Virgem Maria.
"

Rosa Silva ("Azoriana")

Ilhas açorianas

13.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

S. Miguel vasta paisagem,
Santa Maria a Virgem Mãe,
Terceira a camaradagem
Pelas festas que ela tem,
Graciosa na miragem
S. Jorge e Pico também
Faial a boa viagem
Com veleiros fica bem
Flores e Corvo a passagem
Pró mimo de mais além.

Cada ilha açoriana
Nossa insularidade
Cada qual canta hosana
Cada qual tem santidade
Uma e outra flor humana
Com pétalas de amizade.


S. Miguel a verde ilha,
Santa Maria em dourado,
Terceira a maravilha
De lilases por todo o lado.
Graciosa alva partilha
S. Jorge e Pico em bordado
Faial de mar em quilha
Tanto desenho deixado
Flores e Corvo em sextilha
Podem tecer rico fado.

Cada canto tem valores
Que outros valores chama
Cada terra tem sabores
Que o nosso povo aclama
Cada ilha leque de cores
Conforme o que ela ama.


Rosa Silva ("Azoriana")

Gravado para Rádio Portugal USA.

Vinte e cinco, em maio

12.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

Foi num dia de alegria
O Papa por cá se via
Só não estive à sua beira
Aquando na ilha Terceira.

Grávida e quase no dia
Que a minha filha nascia
Estava eu numa cadeira
A ver a ilha romeira.

Veio à luz a doze de maio
E nascia como um raio
Na pressa do nascimento.

Este ano faz vinte e cinco
Em maio com muito afinco
Querida filha, meu rebento.

Rosa Silva ("Azoriana")

Santo Amaro do Pico

09.05.16 | Rosa Silva ("Azoriana")

Quero rever Santo Amaro
Enquanto o sono se atrasa
Freguesia que eu reparo
Foi metade da minha casa.

Por lá fui eu muita vez
De barco entre alegrias
Tantas saudades me fez
De revê-lo nestes dias.

Dias do Espírito Santo,
Do Terra Alta e Santo Amaro,
Dias que agora são tanto
Do tempo que eu me reparo.

Ó Pico da minha alma
Paraíso de encantar
Terra negra que me acalma
Onda branda a balouçar.

Santo Amaro a conchinha
Do amor que me desperta
Tanta gente que lá tinha
Sempre com a porta aberta.

Já não tenho os meus avós
Nem o tio, nem as tias,
Só primos de viva voz
Que não vejo há tantos dias.

Dos barcos a capital
Do murmúrio das marés
Das ondas um festival
Da proa até ao convés.

Santo Amaro eu te adoro
Por tudo o que me ensinaste
Meu santo eu te imploro
Que de ti nunca me afaste.

2016/05/09
Rosa Silva ("Azoriana")

Pág. 1/2