Duas notícias de maio....
Depois de um dia (1 de maio de 2016), cheio de andanças pelo mais conhecido lado da ilha Terceira, até à Serreta, apresentei-me, pelas 21 horas, ao lançamento do livro da autoria de Liduíno Borba e José Fonseca de Sousa (a ordem na capa do livro) - José Domingos - O TOCADOR, coleção Improvisadores 17, no salão da Sociedade de S. Bartolomeu de Regatos.
Quando tomou a palavra o Diretor Regional da Cultura e referiu a partida do Dr. Marcolino Candeias fiquei perplexa. Veio-me à mente o seu rosto e a lembrança de algumas vezes que troquei umas palavras com ele sobre temas açorianos.
E agora?! É sempre assim… Quando há uma partida inesperada de alguém conhecido faz-nos ficar, durante uns tempos, a pensar sem dar pelas horas correrem. É sempre assim… Levamos dias seguidos com um nome a povoar a mente enquanto não houver outro choque que amorne este. A notícia fez-me um rescaldo. Todos temos na linha da frente para o fim, mas saber que parte alguém que tinha tantas capacidades e utilidade pública para os açorianos (e não só) custa muito, muito mesmo.
Lembro da reciprocidade amorosa de um casal (Dr. Marcolino Candeias e Drª Valdeci Purim) e pressinto a ferida que se abriu no coração da esposa… e restante família, amigos, companheiros literários, vizinhos, conhecidos e funcionários da Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo…
Apenas soube num milésimo de segundo e ocupou-me os tempos seguintes. Fez-me lembrar outros tantos que partiram (de surpresa) e que me preencheram o pensamento, sem limite. Decididamente, nunca gostei de despedidas nem de partidas (últimas).
Que descanse em paz o Dr. Marcolino Candeias que partiu com a mesma idade da minha mãe (63 anos) e precisamente no dia da Mãe, primeiro de maio de 2016. Nascido em agosto de 1952, viveu deixando bons frutos, e poemas de maravilhar.
Até um dia… Sim, porque todos temos esse dia… pesarosamente…
2/5/2016
Rosa Silva (“Azoriana”)
Esta foto tirei-a a pedido da amiga Kathie Baker, em 2008