Último sábado de maio
Não sei o que dizer
Que não tenha dito
Basta aparecer
Um verso bonito.
Um verso enfeitado
De muita alegria
Pra ser declamado
No mês de Maria.
Está quase no fim
O mês que casei
Um lustro é assim
O quanto somei.
Foi a vinte e sete
Que unimos a mão
Agora compete
Manter a união.
A quem me ouvir
Lá longe, distante,
Faça por sorrir
Sorriso emigrante.
Porque um sorriso
Com sinceridade
É o mais preciso
À dor da saudade.
Saudade, ai saudade
Que o tempo não mata
Nem traz na verdade
Nada que a empata.
Por agora saio
Desta cortesia
Sábado de maio
Vos traga alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
Gravado para Rádio Portugal USA.