O Bravo
Veste a capa da bravura
Pra fintar nobre moldura
Que se faz de garra tanta.
Altiva a sua figura
No mato que o segura
Com o verde como manta.
O Bravo é terceirense,
Toda a ilha lhe pertence
No Verão que o encanta;
Na moldura da hortense
É na beleza que vence
A tapada que o espanta.
Ó meu Bravo, sempre bravo,
Tens no mato o pousio,
Teu ferro é um desafio
Que figura como um cravo.
Rosa Silva ("Azoriana")