27.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
É o lema de uma causa; Os artistas não dão pausa E juntos em unidade Ajudam a Comunidade. É perante uma tragédia Une-se a multimédia E vão aumentar a dose De ajuda em apoteose. Artistas de vários ramos Cantam o que tanto amamos Para dar-se e para darem E para os outros levarem. Há pessoas em sofrimento, Tanta dor, tanto lamento, Ao bater um coração Bate o de uma multidão. Vai subindo grande quantia Com a oferta de um dia Que vai direta pró Povo Que precisa tudo novo. Ouço e vejo ao pormenor Cada artista em seu melhor Unidos patrocinando Não importa quanto e quando. Este é meu contributo O verso que é meu fruto Para a causa divulgar Sem nada para julgar. Contribui como puderes E do modo que o fizeres Faz o bem que tens a rodos Mas fá-lo: JUNTOS POR TODOS! Rosa Silva ("Azoriana")
27.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
Xaile negro despontado Candelária em escuridão Perdida sem voz de fado Com gente e em solidão... Dor em ferida exposta Coração quase parado Da vida que tanto gosta Num regaço esbugalhado. Triste sem sequer querer No pico frente ao vale De uma vida a correr Na corrida que faz mal. Te peço ó Mãe querida Corre para mim agora Abraça-me muito sentida Abraça Nossa Senhora. Ai tanto do meu caminho Desfeito em rugas, mágoas, Postado em pergaminho Deslizante pelas águas. Não devo estar assim Sem trevo de quatro folhas Por Deus escolhe por mim A melhor d'outras escolhas. Rosa Silva ("Azoriana")
27.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
Alegre no seu beiral Canta cedo a ave nossa, Tão cedo para que possa Amanhecer cordial. Imitai nosso pardal Na alegria que esboça Pode parecer uma troça Ter o canto sempre igual. Aves de contentamento, Nos cantares de Verão, Faz bem que se esteja atento... Mais o sol que dança e brilha Na alegria da estação Que aquece a Brava ilha! Rosa Silva ("Azoriana")
26.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
Terceira canta rimando Sua rima de matriz E as cordas vão vibrando A melodia da raiz. Terceira é linda e bela Como bela é a natureza E para se gostar dela Há que gostar da beleza. Terceira que és da cultura Um enorme estandarte Maior serás na bravura Que se vê em qualquer parte. Terceira que és flor de rimas No jardim da Cantoria, Do Pezinho que sublimas No canteiro da alegria. Canto e cantas a Terceira Ilha franca e cortês Que ergue sua Bandeira Muito mais que uma vez E por si já foi primeira No seu trono português. Canta bem a nossa gente A cantiga regional Na garganta doce e quente Pelo dom original E ao cantar quer somente Ser ilhéu de Portugal. Rosa Silva ("Azoriana")
23.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
Angra é d’oiro, Angra é joia, Angra é feliz de contente Que abraça um mar de gente Numa vasta claraboia. Azul com branco a constrói-a, Lembrando de antigamente, Nas fitas que levemente Alegram a bela joia. Ó linda e doce menina Que abraças S. João, Dando vivas de balão. Flores, centro e a Marina, Sempre leal e constante Nobre, bela, radiante! Rosa Silva ("Azoriana")
22.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
Angra cidade triunfal De mérito e sempre leal Que cabe no coração. Vem aí moldura e festa E toda a gente se apresta Para honrar a S. João. Vem com toda a alegria Faz da noite o teu dia É mimosa a receber. Angra séquito real Bel'ilha de Portugal Que ama te conhecer. Ó deslumbrante cidade Tão florida de amizade De fitas de quatro cores. Vermelho, verde, azul, Branco alindam o sul Da Terceira, dos Açores. Basalto de heroicidade, Vitrina de igualdade Património animador; Porto de abrigo sagrado Na marina ancorado O veleiro navegador. Quem cá vem gosta de vir E saudade vai sentir No "adeus" sem a deixar; Angra parte corações Com coloridos balões Para o Povo festejar. Quando a vires passar A Marcha onde o teu par Canta Angra com ternura; Leva tua mão ao peito Junta-te ao amor-perfeito Com sorrisos de doçura. Rosa Silva ("Azoriana")
17.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
Altas torres dão sinal Que é nobre a Catedral Que nós chamamos de Sé; O relógio só parou Quando a terra abalou Para ouvir brados de Fé. Torres de verde e de branco Ondulado solavanco Que prima por suas cores Dão ao mundo inspiração E os sinos em oração Zelam por nossos Açores. S. Salvador patrocina A virtude da doutrina Que todo o cristão proclama. Quem os seus degraus pisar Tem tempo de improvisar A oração que Deus ama. Pai-Nosso que estás no Céu Abençoa o nosso ilhéu Que estes meus versos lê; Dá-lhe o pão de cada dia Saúde, paz e alegria E mais força no que crê. Rosa Silva ("Azoriana")
16.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
Angra de peito aberto Na paisagem que reluz... É assim que se faz jus Ao dia que vem desperto. O bom dia é mais que certo Nesta margem de Jesus, Onde o meu olhar conduz Novo passo-a-passo certo. Pico d'Urze fica bem Em frente do Brasil Monte Que nos atrai logo em frente. Dois picos despes além... E que entre o vale se conte Uma Festa, um mar de gente. 2017/06/16 Rosa Silva ("Azoriana")
14.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
A tua voz ressoa nos bons sentidos, Prende-se, augusta, aos meus ouvidos, Como a lapa ao bom rochedo E o pássaro livre ao arvoredo. A tua voz cintila ocos gemidos, Apodera-se, serena, dos versos lidos, Como a aurora no céu de ouro E a verdura no ancoradouro. Ai, essa voz que não tem bruma, Ressoa branda em mar de espuma E cai, devota, em verde oração. Abraça o verso por um postigo: És "Poemário", em voz de amigo, Que se dá em palma à população. Rosa Silva ("Azoriana") Nota: Dedicatória ao poeta de "Poemário" .
12.06.17 | Rosa Silva ("Azoriana")
Eu se fosse uma rainha Na certa coroa tinha Nestes mares de anil; Sou da ilha de nascença Na saúde e na doença Da cabeça ao quadril. Sou apenas o que sou O que herdei de meu avô De meus pais a seguidora. Também sou fragilidade Cruzes tenho à-vontade E a veia inspiradora. Peço a quem ora me lê E que na rima até crê Como boa terapia: Receba de coração Os reflexos da inspiração Mesmo com "dor" neste dia. O sol que brilha lá fora Se esconde em mim agora No campo da solitude. Sou uma pedra d'asfalto Que não se atira do alto Mas nele pensa amiúde. A tristeza não se alegra Neste vale desintegra Em linhas escurecidas. No meu canto a pensar O quanto vou aguentar Entre as vindas e mais idas. Eu vou ao céu, volto à terra, Eu vou ao mar, volto à serra, Vaivém de tantos sarilhos... Quem pudesse comandar E grande abraço mandar A quem renova meus trilhos. Rosa Silva ("Azoriana")