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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Família

30.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Família

Três filhos que Deus me deu
São meus tesouros de capa;
E o querido amor meu
Também entra nesta chapa.

Há sorrisos e há cautelas,
Há semblantes parecidos:
Nas pontas lá estão elas,
No centro, todos queridos.

Da Amizade os principais.
Do Amor bem melhor são
Como dedos de uma mão.

São os cinco desiguais,
Mas onde quer que estejam
Merecem o que desejam.

Rosa Silva ("Azoriana")

Sabendo que a vida é dura

30.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Sabendo que a vida é dura
Em novelos de amargura
Vai-se tentando coser:
Cose-se a esperança
De haver uma mudança
No pano de entardecer.

Houve o pano da nascença
Foi traçada a sentença
Numa linha multicor;
Ao pouco vamos bordando
A sorte que vez em quando
Temos se houver amor.

O amor pela escrita
Torna a linha bonita
Encruzilhada do ser:
Há momentos infelizes
Como há linhas matizes
Que alegram o viver.

Quem não sente uma dor,
Um remendo indolor,
Na passagem em corrida;
Somente quem está a zero
E num pano mais severo
Já desbotado de vida.

Rosa Silva ("Azoriana")
 
P.S. Inspirada no escrito de Liska Azevedo e comentário de Fernando Mendonça in Facebook

Brava Terceira

29.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Guarda-sol decerto trava
A bravura ao animal
Bravo é o seu natural
Tanto como a Festa Brava.

O capinha por si grava
A cultura original
Da bravura capital
Que atiça e não encrava.

Na ilha é mesmo assim
Uma cena sem ter fim
Cada vez que vem Verão.

Terceira na ode minha
Dá louvores ao capinha
E aos de corda na mão.

 Rosa Silva ("Azoriana")

Mata da Serreta - Pulmão de afetos

28.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Mata da Serreta

Pulmão fresco e verdejante
Altamente cativante
Na Mata em realeza.
É assim que quero ver-te
E ao mundo estender-te
Com o verso de firmeza.

Neste último de julho
Num domingo com orgulho
Festejamos a freguesia;
Vemos chegar residentes
E também outros ausentes
Que à festa dão alegria.

Na Serreta, sua Mata,
Que se faz de ouro e prata,
E de verdes salutares:
Há festejo em abundância,
Recordações da infância
E de sonhos invulgares.

Viva, viva a melodia
No concerto de magia,
Viva a Banda e João Costa:
É maestro predileto
E segue heroico afeto
À terra que também gosta.

Marco Alves e sua gente,
Que da Junta é presidente,
Dão vida à ocorrência;
Faz tudo pelo que é seu,
Pelo berço onde nasceu
Com a régua da prudência.

No verso não me baralho
E louvo todo o trabalho
Que se faz de engenho e arte;
Também não posso esquecer
Os que já não podem ver
Mas dele fizeram parte.

30/07/2017

Rosa Silva (“Azoriana”)

Azul d'ilha

27.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Bela imensidão azul
Onde navega o olhar
Nesta cidade a sul
Com vista de céu e mar.

Que beleza estonteante
Na aurora que me cerca
Sou apenas caminhante
E o azul não me dá perca.

Oito horas toca o sino,
Em S. Pedro, o chaveiro,
Sinto a paz daquele hino,
Do Papa que foi primeiro.

Quinze minutos decorrem,
Até passar junto à Sé,
Penso que os minutos correm
Ou sou eu que alongo o pé?!

Absorvo toda a beleza
No sadio caminhar;
Como é linda a natureza
E alegria de ver mar.

O cheiro, sempre o cheiro,
Da minha querida ilha,
Corre o ar de marinheiro
E dele me sinto filha.

Rosa Silva ("Azoriana")

Ao passar na Silveira...

25.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Silveira de Angra

Ao passar na Silveira
É tão bom ver o mar!
Ao passar na Silveira
Apetece ficar...


O coração não sangra
De modo habitual
Na Silveira de Angra
Ele não bate igual.

Ele bate salgado
Pelo cheiro a maresia
E o mar lado a lado
Inspira simpatia.

Angra do Heroísmo
Tem Prainha e Silveira
Tem o mar de lirismo
Que abraça a Terceira.

Terceira venturosa
Ilha do Salvador
Do mar é flor mimosa
Nas asas do Açor.

Rosa Silva ("Azoriana")

Rima d'ilha...

23.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ilha Terceira querida
Que me embalas a rima
Dela farei minha vida
Com o verso da estima.

Ilha Terceira florida
Centro, em baixo e acima,
De versos seria lida
Nas paredes obra-prima

Meus versos de estimação
Sentidos e com razão
Enfeitam o meu mural.

Se dos meus versos gostares
E também deles falares
Gostas da Terceira igual.

Rosa Silva ("Azoriana")

Escreve...

23.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Escreve... Fala-me do Pico!
Que contente fico
Dele mais saber...
Tenho uma saudade
Tão grande que invade
Todo o meu ser.

Escreve... O teu verso rico
Que identifico
Com facilidade...
Traz-me o cheiro do mar
Pra nele mergulhar
Eterna saudade...

Escreve...

Do "meu" Pico!

Rosa Silva ("Azoriana")

Julho em Angra do Heroísmo

19.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Angra florida

Por uma boa causa
Tirei as férias cedo…
Não pode haver mais pausa
O que me mete medo.

Pelo tempo a passar,
Na certa que fico agora,
Com a mente a pensar
Andando por rua fora.

Vou-me deliciando
Vendo Angra florida,
Não sei bem até quando
Vou manter esta vida.

O céu abre de azul
Com sol madrugador;
Silveira dá ao sul
Cenário encantador.

Quando regresso a casa,
Na volta habitual,
Vejo à cunha e à rasa
Gente naquele local.

Apetece ir também
O corpo mergulhar
Mas vou ficando aquém
Porque não sei nadar.

Então paro uma pisca
Asfixiando o cheiro,
E vou seguindo “à risca”
O meu passo certeiro.

Mais uma pausa fiz
Ao meio da semana,
P’ra rima que vos diz:
Sou Rosa “Azoriana”!

19/07/2017

Verão calmo

18.07.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Descanso

Fim de tarde em meu sossego
Ouvindo o rumo das aves;
Sinto por isto um apego
Embora com fecho a chaves.

Na minha espreguiçadeira
Rodeada de animais,
À sombra e na brincadeira
No quintal dos Folhadais.

As aves se vão deitar
Cantando seus belos hinos,
É um prazer aqui estar
Em retalhos pequeninos.

Trabalho desde miúda
E o trabalho fortalece...
Pouco ou nada já me muda
Só descanso favorece.

Venha daí quem quiser
À minha porta bater
E venha cá quem vier
Saberei bem receber
Se em casa não estiver
Mais tarde hei de aparecer.

À tarde uma hora fina
Para repousar a mente,
Para quem o nome assina
"Azoriana" em repente;
A rima é que ora destina
Meu abraço a toda a gente.

Rosa Silva ("Azoriana")

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