Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
(...) O historiador terceirense Ferreira Drumond, baseado numa tradição oral, refere que a ida da imagem de Nossa Senhora dos Milagres para a Serreta se deve a um sacerdote de nome Isidro Machado que se refugiou neste extremo ocidental da ilha e construiu uma pequena ermida colocando lá a imagem de Nossa Senhora com o Menino ao colo. Por morte do padre, a imagem foi recolhida na igreja paroquial de então, a Igreja das Doze Ribeiras. A devoção popular pela Nossa Senhora dos Milagres está ligada a fases cruciais da história terceirense. Por exemplo o século XVIII, quando Portugal se viu envolvido na guerra entre a França e a Espanha contra Inglaterra. Encontrando-se a ilha Terceira “desprovida de fortificações e pouco defensável”, as autoridades militares e civis ao depararem com a imagem de Nossa Senhora dos Milagres, na Igreja das Doze Ribeiras, formularam um voto de se “tornarem seus escravos e promoverem-lhe festa anual se a ilha não sofresse qualquer investida inimiga. E porque assim sucedeu se firmou o voto, subscrito pelos principais cavalheiros militares e eclesiásticos, autoridades e algumas damas de fé”.
A primeira festa foi celebrada a 11 de setembro de 1764, altura da fundação da Irmandade dos Escravos de Nossa Senhora, mas a sua realização não foi continua. Só a partir de 1842, altura em que foi construída a igreja paroquial da Serreta e elevada a paróquia 20 anos depois (1/1/1862), a Festa foi ganhando novos contornos atraindo muitos angrenses. Desde então a festa realiza-se todos os anos.
Em apenas três dias chegam ao santuário cerca de oito mil peregrinos, fora os que anualmente visitam este templo, elevado há 10 anos anos, (7/5/2006) ao estatuto de Santuário Diocesano, por D. António de Sousa Braga.
O primeiro desafio é acolher e escutar os peregrinos; depois evangelizar e disponibilizar os sacramentos confiados por Cristo à Igreja aos que os procuram.
Esta festa está também associada a outra de cariz mais popular conhecida como a Segunda Feira da Serreta (10/9/1849), que atrai centenas de famílias para um pic nic. À semelhança de outros anos, o Governo Regional dos Açores concede tolerância de ponto aos funcionários da Administração Pública Regional, cujos serviços estão sediados na Terceira, por ocasião da tradicional festa da Segunda-feira da Serreta.
O despacho assinado por Vasco Cordeiro salienta “a importância de que o evento se reveste para a população da ilha Terceira e que se traduz numa grande adesão e participação nas manifestações que se realizam naquela data”.
"Crença absoluta na existência de certo facto; convicção íntima; fidelidade à palavra dada; lealdade; primeira das virtudes teologais, graça à qual acreditamos nas verdades reveladas por Deus; crédito; confiança; prova; religião; adesão aos dogmas de uma doutrina religiosa considerada revelada". A definição é retirada do dicionário e retrata, fielmente, a amplitude de significados que o substantivo feminino fé representa. A palavra, de duas letras e uma só sílaba, é tudo o que vem no dicionário e todo o mais que não se pode reproduzir em...palavras.
A fé não se lê. Vive-se. Como é que se prova isso em palavras? Não se prova.
Escrever sobre fé é entrar num labirinto de emoções que jamais encontrariam eco nas páginas de um jornal.
Mas este labirinto não acarreta nada de negativo consigo. O labirinto, aliás, está cheio de trilhos de fé. Pode-se ir pela direita, esquerda, centro ou fazer inversão de marcha que a bússola da fé acabará sempre por nos dar os pontos cardeais de que necessitamos. Os suportes da crença ou os justificativos para apelar à fé devem ficar, sempre, no reduto exclusivo da nossa intimidade. Não há fés mais fracas ou fortes - há a fé.
As manifestações da fé tanto podem ser pessoais ou coletivas.
Se não fosse a fé, como viveríamos? É melhor nem fazer o exercício especulativo. É a fé que nos transmite as forças suficientes para movermos as montanhas que dão guarida aos vales que servem de âncora à paz almejada por todos.
A fé faz-se em silêncio, caminhando, orando e, acima de tudo, vivendo.
Não se explica, porque nem deve ser questionável.
A Nossa Senhora dos Milagres representa a maior peregrinação terceirense - a segunda mais importante diz respeito a Santo Amaro, que se celebra a 15 de Janeiro.
Os devotos são oriundos de todos os pontos da ilha, caminhando rumo à Serreta isoladamente ou em grupo a qualquer hora do dia ou da noite.
Como habitualmente, irei na próxima 6ª feira como peregrino à Serreta. Os motivos ficam entre mim e a Nossa Senhora dos Milagres. Uma questão de fé. Graças a Deus!
A princípio custa, custa muito. À medida que o corpo se habitua, e ao percebermos os primeiros resultados satisfatórios, torna-se habitual e compensatório todo o "esforço" dispendido a pé. Até a natureza reconhece o tom dos nossos passos apressados (ou não) e nós sentimos o perfume da beleza natural, que de outra forma nos passa despercebido, muitas das vezes.
Aprender a comer, mudar os hábitos alimentares e andar, andar por esses caminhos (1 hora de manhã + 1 hora à tarde, por dia, sensivelmente) faz tudo parecer saudável, mesmo que algum transtorno físico possa ocorrer. O sedentarismo é sinónimo de corpo menos sadio. Tomei consciência disso e tornei-me adepta do caminhar. Até quando?! Não sei! Até onde a vida me deixar.
II SÉRIE Nº 164 SEXTA-FEIRA, 1 DE SETEMBRO DE 2017
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES GABINETE DE EDIÇÃO DO JORNAL OFICIAL HTTP://JO.AZORES.GOV.PT GEJO@AZORES.GOV.PT
Presidência do Governo
Despacho n.º 1769/2017 de 1 de setembro de 2017
Considerando que, no próximo dia 11 de setembro, tem lugar a tradicional festa da segunda-feira da Serreta, no Concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira;
Considerando a importância de que aquele evento se reveste para a população local, que se traduz numa grande adesão e participação nas manifestações que naquela data se realizam;
Considerando, ainda, que é habitual a concessão de tolerância de ponto no referido dia, para os trabalhadores dos serviços públicos regionais da Ilha Terceira.
Assim, nos termos das alíneas b) e j) do n.º 1 do artigo 90.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, e ao abrigo das competências conferidas pelo n.º 4 do artigo 5.º do Decreto Regulamentar Regional n.º 9/2016/A, de 21 de novembro, determino o seguinte:
1 - É concedida tolerância de ponto, no dia 11 de setembro de 2017, segunda-feira da Serreta, aos trabalhadores da Administração Pública Regional dos Açores cujos serviços estejam sediados na Ilha Terceira.
2 - O presente despacho produz efeitos à data da sua assinatura.
31 de agosto de 2017. - O Presidente do Governo Regional, Vasco Ilídio Alves Cordeiro.
II SÉRIE Nº 164 SEXTA-FEIRA, 1 DE SETEMBRO DE 2017
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES GABINETE DE EDIÇÃO DO JORNAL OFICIAL HTTP://JO.AZORES.GOV.PT GEJO@AZORES.GOV.PT
Presidência do Governo
Despacho n.º 1769/2017 de 1 de setembro de 2017
Considerando que, no próximo dia 11 de setembro, tem lugar a tradicional festa da segunda-feira da Serreta, no Concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira;
Considerando a importância de que aquele evento se reveste para a população local, que se traduz numa grande adesão e participação nas manifestações que naquela data se realizam;
Considerando, ainda, que é habitual a concessão de tolerância de ponto no referido dia, para os trabalhadores dos serviços públicos regionais da Ilha Terceira.
Assim, nos termos das alíneas b) e j) do n.º 1 do artigo 90.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, e ao abrigo das competências conferidas pelo n.º 4 do artigo 5.º do Decreto Regulamentar Regional n.º 9/2016/A, de 21 de novembro, determino o seguinte:
1 - É concedida tolerância de ponto, no dia 11 de setembro de 2017, segunda-feira da Serreta, aos trabalhadores da Administração Pública Regional dos Açores cujos serviços estejam sediados na Ilha Terceira.
2 - O presente despacho produz efeitos à data da sua assinatura.
31 de agosto de 2017. - O Presidente do Governo Regional, Vasco Ilídio Alves Cordeiro.