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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Recordando os primórdios da festa serretense

05.09.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

(...) O historiador terceirense Ferreira Drumond, baseado numa tradição oral, refere que a ida da imagem de Nossa Senhora dos Milagres para a Serreta se deve a um sacerdote de nome Isidro Machado que se refugiou neste extremo ocidental da ilha e construiu uma pequena ermida colocando lá a imagem de Nossa Senhora com o Menino ao colo. Por morte do padre, a imagem foi recolhida na igreja paroquial de então, a Igreja das Doze Ribeiras. A devoção popular pela Nossa Senhora dos Milagres está ligada a fases cruciais da história terceirense. Por exemplo o século XVIII, quando Portugal se viu envolvido na guerra entre a França e a Espanha contra Inglaterra. Encontrando-se a ilha Terceira “desprovida de fortificações e pouco defensável”, as autoridades militares e civis ao depararem com a imagem de Nossa Senhora dos Milagres, na Igreja das Doze Ribeiras, formularam um voto de se “tornarem seus escravos e promoverem-lhe festa anual se a ilha não sofresse qualquer investida inimiga. E porque assim sucedeu se firmou o voto, subscrito pelos principais cavalheiros militares e eclesiásticos, autoridades e algumas damas de fé”.

A primeira festa foi celebrada a 11 de setembro de 1764, altura da fundação da Irmandade dos Escravos de Nossa Senhora, mas a sua realização não foi continua. Só a partir de 1842, altura em que foi construída a igreja paroquial da Serreta e elevada a paróquia 20 anos depois
(1/1/1862), a Festa foi ganhando novos contornos atraindo muitos angrenses. Desde então a festa realiza-se todos os anos.

Em apenas três dias chegam ao santuário cerca de oito mil peregrinos, fora os que anualmente visitam este templo, elevado há 10 anos anos,
(7/5/2006) ao estatuto de Santuário Diocesano, por D. António de Sousa Braga.

O primeiro desafio é acolher e escutar os peregrinos; depois evangelizar e disponibilizar os sacramentos confiados por Cristo à Igreja aos que os procuram.

Esta festa está também associada a outra de cariz mais popular conhecida como a Segunda Feira da Serreta
(10/9/1849), que atrai centenas de famílias para um pic nic. À semelhança de outros anos, o Governo Regional dos Açores concede tolerância de ponto aos funcionários da Administração Pública Regional, cujos serviços estão sediados na Terceira, por ocasião da tradicional festa da Segunda-feira da Serreta.

O despacho assinado por Vasco Cordeiro salienta “a importância de que o evento se reveste para a população da ilha Terceira e que se traduz numa grande adesão e participação nas manifestações que se realizam naquela data”.


Fonte: AzoresToday.

Um artigo digno de se ler e assimilar - João Rocha escreve...

05.09.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

Transcrevo na íntegra o conteúdo do artigo de João Rocha, in Diário Insular de 5/9/2017:

DIVAGAR DEVAGAR

João Rocha

Pelos trilhos da fé

"Crença absoluta na existência de certo facto; convicção íntima; fidelidade à palavra dada; lealdade; primeira das virtudes teologais, graça à qual acreditamos nas verdades reveladas por Deus; crédito; confiança; prova; religião; adesão aos dogmas de uma doutrina religiosa considerada revelada". A definição é retirada do dicionário e retrata, fielmente, a amplitude de significados que o substantivo feminino fé representa. A palavra, de duas letras e uma só sílaba, é tudo o que vem no dicionário e todo o mais que não se pode reproduzir em...palavras.

A fé não se lê. Vive-se. Como é que se prova isso em palavras? Não se prova.

Escrever sobre fé é entrar num labirinto de emoções que jamais encontrariam eco nas páginas de um jornal.

Mas este labirinto não acarreta nada de negativo consigo. O labirinto, aliás, está cheio de trilhos de fé. Pode-se ir pela direita, esquerda, centro ou fazer inversão de marcha que a bússola da fé acabará sempre por nos dar os pontos cardeais de que necessitamos. Os suportes da crença ou os justificativos para apelar à fé devem ficar, sempre, no reduto exclusivo da nossa intimidade. Não há fés mais fracas ou fortes - há a fé.

As manifestações da fé tanto podem ser pessoais ou coletivas.

Se não fosse a fé, como viveríamos? É melhor nem fazer o exercício especulativo. É a fé que nos transmite as forças suficientes para movermos as montanhas que dão guarida aos vales que servem de âncora à paz almejada por todos.

A fé faz-se em silêncio, caminhando, orando e, acima de tudo, vivendo.

Não se explica, porque nem deve ser questionável.

A Nossa Senhora dos Milagres representa a maior peregrinação terceirense - a segunda mais importante diz respeito a Santo Amaro, que se celebra a 15 de Janeiro.

Os devotos são oriundos de todos os pontos da ilha, caminhando rumo à Serreta isoladamente ou em grupo a qualquer hora do dia ou da noite.

Como habitualmente, irei na próxima 6ª feira como peregrino à Serreta. Os motivos ficam entre mim e a Nossa Senhora dos Milagres. Uma questão de fé. Graças a Deus!

Caminhando

05.09.17 | Rosa Silva ("Azoriana")

A princípio custa, custa muito. À medida que o corpo se habitua, e ao percebermos os primeiros resultados satisfatórios, torna-se habitual e compensatório todo o "esforço" dispendido a pé. Até a natureza reconhece o tom dos nossos passos apressados (ou não) e nós sentimos o perfume da beleza natural, que de outra forma nos passa despercebido, muitas das vezes.

Aprender a comer, mudar os hábitos alimentares e andar, andar por esses caminhos (1 hora de manhã + 1 hora à tarde, por dia, sensivelmente) faz tudo parecer saudável, mesmo que algum transtorno físico possa ocorrer. O sedentarismo é sinónimo de corpo menos sadio. Tomei consciência disso e tornei-me adepta do caminhar. Até quando?! Não sei! Até onde a vida me deixar.

Boa terça-feira para todos!

Rosa Silva ("Azoriana")