Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Hoje, 13 de dezembro, dou comigo a pensar muito mais do que é habitual. Nem dá tempo de saber o tema principal. Sempre fui assim (talvez igual a tantas pessoas que se cruzam diariamente comigo).
As manhãs são sempre difíceis para mim. Demoro a acordar. Tenho de ter despertador seja ele qual for. Mesmo assim demoro a abrir-me ao mundo que me rodeia. O pensamento não. Esse está sempre ativo quer de noite, quer de dia. Raramente pausa. A noite dá-me sonhos (pesadelos) e as manhãs dão-me vontade de ficar mais um pouco no quentinho do lar.
Hoje, 13 de dezembro, penso em ti e na maneira que me trataste e te foste embora. Percebi o que é a liberdade, o alívio não. Continuas a atormentar-me mesmo ausente. Apetece-me acordar com outros pensamentos que não estes. Que as manhãs sejam boas e melhores. Apetece-me sorrir com o brilho de uma pontinha de sol e com um friozinho leve. Apetece-me louvar o bem que tive (e tenho) e o mal que afastei (ou partiu).
Hoje, 13 de dezembro, é dia de pensamento matinal acelerado pelo desassossego do espírito. Será sempre assim?!
Não fui escolhida Apenas fui colhida Das entranhas da terra Para ser serra de mim No púlpito do juízo Enxovalhado do rigor Um juízo de amor Por ti Palavra que me solta Das amarras da solidão Numa caixa de cartão Verde, muito verde, Porque de verde ninguém perde Nem o campo Nem a cidade Nem a bondade. Vejo-me entre valados de ti Na pálpebra da manhã Onde o orvalho respira Sofregamente Indolente Não fui escolhida na certa Mas a palavra me desperta A tua carícia de versos Entre um sorriso escarlate No mar da pele Na mira do teu olhar Acetinado!!!