Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Hoje acordei pensando nesta amiga Rosa Silva, mulher das cantorias ao desafio, da poesia escrita e também da prosa, sempre com muita qualidade e profundo sentimento! Mulher de grande inteligência para quem a conhece de perto e a segue no Facebook ou no seu Blog! Grande devota da Senhora dos Milagres, Padroeira da Freguesia da Serreta, lugar onde nasceu e continua revivendo com uma intensidade incomparável, quer da sua infância, quer dos seus pais, dos quais não se cansa de recordar quase sempre que escreve! Foi esta mulher, que se apresenta de uma forma simples e desinteressada do sucesso... Que numa noite, da qual bem me lembro... Disse-me assim: Tens jeito para rimar, vamos lá que eu te ajudo!... E foi a partir daí, que comecei escrevendo quase diariamente, ao ponto de como todos sabem, acabar realizando o sonho de publicar um livro! Livro esse, que me levou a escrever no volume que lhe dei: Toma amiga, porque metade dele é meu e a outra metade é teu!... E digo isso, porque foi ela que durante vários serões, se sentou ao computador organizando todos os meus poemas, a fim de serem publicados! Quase sempre são os mais velhos, chamados de veteranos... a incentivarem os novos a seguirem um determinado rumo! Neste caso, foi precisamente o contrário! Fui, digamos que "levado ao colo" por uma mulher com idade de ser minha filha!... :) Pensei em escrever este desabafo em poesia, mas entendi que tudo o que sinto por esta amiga não caberia num soneto ou nas estrofes de um poema!... Que tenhas saúde e continues sendo sempre como és!... Rosa Silva "Azoriana" Mulher das rimas e da escrita que encanta os leitores destas Ilhas e além mar! Um bem haja sempre Amigo do peito. Fernando Mendonça
17/01/2018. Quarta-feira. Reflexão: Como se consegue obter comentários ao ponto de um artigo ter uma leitura alargada?! Não sei nem é coisa para me preocupar em demasia. Basta-me existir e deixarem-me sobreviver sem me tirarem o resto que tenho de cerebelo. Aqui, neste painel de enquadramento de escritos, sou eu e mais nada. Sinto-me como "peixe em água doce", sem mar cavado a grosso, nem ventos tempestuosos, nem coisas que me tiram do sério (por enquanto!!!).
Hoje resolvi verificar a estatística dos meus blogs - Açoriana / Azoriana e Serreta - e gostei do que vi. Nada melhor que a imagem de comprovativo. Ei-la:
Fora os artigos que, eventualmente, eu tenha apagado, existem, nesta data, 5.136, sendo 4.936 deste blogue e os restantes do blogue sobre a freguesia natal - Serreta.
Agradeço a todos/as os/as que tiram um pouco do seu tempo para me visitarem e deixarem um recadinho que adoro ler.
Sinto que a alegria que se extravasa é rica em ingredientes para melhorar o nosso dia-a-dia, se bem que preenchido com alguns tormentos próprios (ou não) de um estado intrínseco que já não tem salvamento.
Ser alegre é contagioso e pode animar a vivência do nosso convivente. Abramos os braços aos afetos com a maturidade necessária. De nada serve abrirmos mão do que tanta falta nos faz: a amizade!
Há sempre um efeito secundário dos grandes afetos: a desilusão. Há que tomar as devidas precauções para tornear esse “veneno” esporádico. Cada vez mais o mundo anda em atrito de desilusão e num sobressalto espantado e espantoso.
Ó Serreta da minh'alma Que estás no meu coração És a força que me acalma És meu berço e torrão. Quando um dia te deixei Fiquei sendo emigrante Mas em ti sempre pensei Foste meu lar triunfante. Nasci no alto da serra Avistando o lindo mar Hoje adoro a minha terra E penso em lá voltar. Tem a Virgem milagrosa No seu altar tão serena Com a sua mão bondosa Que à gente sempre acena.
Vou voltar, ai vou voltar, À querida freguesia Vou rezar, ai vou rezar À linda Virgem Maria.
Abraçar os meus parentes Que de mim têm saudades E ver nossas boas gentes Nas suas atividades. Visitar o batistério Onde conheci Jesus E também o cemitério Que é reino de outra luz. Ver o sol no horizonte Dourando a sua cama O brilho da água na fonte Que até no chão derrama. Ver o branco casario E o gado a pastar Ver tudo o que já me viu Ver a aurora e o luar.
Vou voltar, ai vou voltar, À brava ilha Terceira, Vou brindar, ai vou brindar Minha Santa padroeira!
Obrigada à amiga Kathie Baker pelo excelente calendário (último) de uma geração atraente. Desde 2003 a recordar lugares, momentos, visitas, amizades e encantos, abordando sempre uma temática mensal e um título adequado para a capa.
Neste calendário (2018), a contra-capa assinala a efeméride tipicamente anual e deixa-nos os meses, do ano seguinte, à disposição para que fiquemos mais um ano na sua companhia. Kathie Baker é uma amiga residente nos USA mas com costelas açorianas e que ama visitar as ilhas e trazer-lhes do seu bom conhecimento. Já traduziu alguns dos meus artigos e muito bem.
Gentil agradecimento extensivo a John Baker que captou a nossa imagem num ameno convivío à roda de uma mesa de bar.
Nunca sei a verdade absoluta, nem saberei nunca. Nunca é tempo eterno, demasiado longo. Dizem que nunca não existe e que não se diga nunca… Portanto, será a minha escrita abundante ou será uma abundância de escrita?! Como a nossa língua portuguesa é abundante de trocadilhos cujo significado pode disparar uma série de interpretações.
Tenho escritos aos milhares plantados nas vias tecnológicas. Apenas um conjunto teve o condão de ser replantado em papel que se leia. Os outros conjuntos foram sendo replantados por uma pessoa boa e generosa: José Fonseca de Sousa, um amigo dos Açores e dos amigos que tem espalhados pelos ilhéus da saudade.
Graças ao improviso e à cultura açoriana vi-me na alegria do seu rosto e da sua esposa, D. Guiomar Sousa. Um casal que, em conjunto, visita as ilhas que lhes acenam com cordialidade e simpatia.
Para ele a minha abundância de escrita é agradável. Dá-me valor e valores também por escrito.
Eu digo que a minha escrita é abundante porque ultrapassa a palavra “nunca”. É que desde nove de abril do ano de dois mil e quatro o pensamento é luz, ora viva, ora atenuada, que me impele a cumprir com os desígnios de um blogue que se quer assíduo e com palavreado abundante (ou não). Por vezes, basta uma linha, um trecho, uma estrofe, um parágrafo, um artigo, para que se diga que a escrita abunda.
É preciso é que haja talento e talentos, porque o resto virá por acréscimo.
Bom dia de uma quarta-feira com boa manhã, o mesmo que dizer com ares de bom tempo que, conforme os antigos diziam, corresponderia ao clima do mês p.f. de outubro. Oxalá que assim seja… pois os tempos mudaram e nunca mais serão os mesmos e nós também não!