Escrevo como quem lê
Escrevo como quem lê
Na pressa de acabar
E hoje, nem sei porquê,
Acabei de começar.
Uma cópia de contista
Que contos soube escrever
A minha pressa conquista
Pra depois quem quiser ler.
Há gente açoriana
Que partiu, sem partir,
Ficou sendo soberana
Na tela de construir.
Livros são como castelos
Encimando uma Bandeira
E quando os textos são belos
Honram a ilha Terceira.
A escrita não é minha
É de quem escrevia bem
E do muito que já tinha
Mais merece o que convém.
Bel' estante ornamentada
Com jeitosas «coleções»
E que seja visitada
P'ra criar grãs emoções.
Rosa Silva ("Azoriana")