Pensamento
O mal não nos incomode
Porque o bem a todos cabe;
A vida de quem não pode
É dif'rente de quem não sabe.
29/12/2019
Rosa Silva ("Azoriana")
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O mal não nos incomode
Porque o bem a todos cabe;
A vida de quem não pode
É dif'rente de quem não sabe.
29/12/2019
Rosa Silva ("Azoriana")
Dou comigo a matutar
No que vai ser o meu fim
De tanto que fiz rimar
Para os outros e por mim?!
Direitos de autor doar?!
Como beijos de alfenim...
Ou simplesmente pensar
Que nem tudo morre assim.
A viagem é tão veloz
Para cada um de nós
Que nem tempo se resume.
É preciso é ter amor
E alguém nos dar valor
Como o fogo dá ao lume.
Rosa Silva ("Azoriana")
Obrigada à Sociedade
Filarmónica da Serreta
Jantar da Natividade
Celebra a sua faceta.
Obrigada novamente
A toda a organização
Para verem sua gente
Em confraternização.
Músicos e familiares
Grandiosa Direção
Sortiram os paladares
Na saborosa refeição.
Louvo em especial
O convívio de alegria
Feliz foi este Natal
Meu berço e freguesia.
Rosa Silva ("Azoriana")
1° Aniversário da nova morada de CBS Clarisse Barata Sanches (aos 91 anos)
Minh'eterna boa amiga
Que a Jesus foste ver...
Não há hora que não diga:
Que alegria tens de ter!
Cada dia que prossiga
No Céu a resplandecer...
Na Terra não há fadiga
Há saudade podem crer!
Saudade de uma Goiense,
Da Coimbra estudantil,
Que eu vi depois de abril...
Saudade que a nós pertence
Do muito que bem escreveu
Para o Bem de quem a leu.
25/12/2019
Rosa Silva ("Azoriana")
Hoje o dia é uma tela
Que de cinza se vestiu
A nuvem também é bela
Arrefece o que cobriu.
E o sol fica atrás dela
Faz assim o seu desvio
A estrela é a donzela
Que mais brilhante se viu.
Hoje da noite p'ró dia
Vai nascer a madrugada
Entre a mesa recheada.
Ai quantos sem alegria
Sozinhos sem ter ninguém...
São do Menino de Belém!
Rosa Silva ("Azoriana")
Feliz Natal e um 2020 sem outro igual.
Que sejas sempre alegria
Para ti e para nos dar
Tenhas Deus por companhia
Na tua família e lar.
Que sejas o sol do dia
Para a todos animar;
Estrela que também guia
Quem de ti se aproximar.
Que tenhas Feliz Natal
Com a família geral
Que te vou lembrar por aqui.
Põe na árvore da vida
A tua prima querida
Que gosta muito de ti!
Rosa Silva ("Azoriana")
Olá, cara equipa do SAPO Blogs,
Escrevo estas linhas para vos agradecer a amabilidade em enviar-me, via e-mail, as estatísticas relativas à atividade bloguista de 2019, praticamente no fim.
Gostei de saber de tudo, de uma maneira geral e pessoal. Reparei que há poucos posts a usar a palavra "perdoar" (431) e mais com "azar" (636). Há mais a gostar de "chocolate" (1.729) e, ainda se escreve sobre "chefe" (2.404). O aumento vai para a "sorte" (3.848) e quando se trata de "viagem" (5.901). Um bom lugar tem a "família" (12.076) enquanto que o "amor" (15.296) impele a escrever com maior frequência.
Na parte que me diz respeito, deixei 253 dias sem posts (a ver por um ano), porque postei 112 até esta data. Apenas 2 reações se contam e também poucos comentários (10). Fico triste mas percebo que as redes sociais atraiam outro tipo de reação/comentários.
Mais contente estou com as visitas (6.086) e sorri com as visualizações (15.222).
Obrigada às visitas de Lisboa, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada, Porto, Funchal, Braga, Horta, Coimbra, Vila Nova de Gaia, Amadora, Almada, Alverca do Ribatejo, Sintra, Guimarães, Aveiro, Leiria, Montijo, Viana do Castelo e Maia, oriundas de Portugal (3.951), bem como à visitas do Mundo (1.748) Brasil, Estados Unidos, Canadá, South Korea, França, Suíça, Alemanha, Bélgica, Espanha, Moçambique, Luxemburgo, Reino Unido, Holanda, Cabo Verde, Itália, Austrália, China, Macau, México e Paraguai, e às restantes (387).
De facto, Lisboa (899 visitas), Angra do Heroísmo (762), Ponta Delgada (503), Porto (452), Funchal (110); Brasil (965), Estados Unidos (358), Canadá (158) fazem os três dígitos merecerem destaque.
Sem sombra de dúvida que a terceirense das rimas já teve mais companhia diária, semanal, mensal e/ou anual. Este blogue teve início em 09/04/2004 e já transpôs o 09/04/2019 (quinze anos e mais oito meses até ao presente).
A assiduidade é relativa, a escrita surge quando se pode ou existe algo que atraia para a rima. A prosa é sempre um gasto exagerado de palavras. Prefiro a melodia da rima na quadra que a mente estima.
Resta-me desejar melhores estatísticas para todos e para mim. Que o dia do Menino Jesus seja prodigioso em estatísticas de abraços e beijos, visto que a palavra "amor" é das mais usadas. Amar é querer bem. Simples e prática esta palavra que é a rama da vida (se lida ao contrário)
#relatório 2019
Rosa Silva ("Azoriana")
O presépio de casa
Com relíquias "medidas"
Nenhum aqui se atrasa
Em alturas desmedidas.
Todos tem o seu lugar
Seja em baixo ou em cima
Servem para bem regar
Os versos da minha rima.
O Menino está a central
Com o Anjo, Pai e Mãe,
Tem também cada animal
Pra aquecê-lo muito bem.
No alto lá estão os Reis
(Um deles bem atrasado)
De resto são mais que seis
Numa posição do lado.
O coelho é um regalo
Está perto de José
Cá fora está o galo
Com a vaquinha ao pé.
Um padre e uma igreja,
Uma casa e um castelo,
No alto pra que se veja
Há o chafariz tão belo.
A lavadeira é então
Quem lava tudo da gente
E até os Reis lhe dão
Sorrisos como presente.
Um pastor pra descansar
Resolveu saltar a Gruta
Mandou a ovelha berrar
"Glória" (bis) já se escuta.
O Menino é tão pequeno
Que acordou de repente
Ficou logo tão ameno
Quando soube desta gente.
Pobrezinho mal se vê,
Int'ressa é que ali esteja,
Que outra posição se dê
Com a lupa Ele se veja.
Que não haja ventania
Nem visita em turbilhão
Que não passem agonia
Se aquilo cair ao chão.
A ideia até foi grata
Para quem fez a rasoira
O pior é se a gata
Passa por lá e a estoira.
Meus amigos visitantes
Convido para visitar
E também os emigrantes
Queiram também avistar.
Sejam todos mui felizes
No dezembro mês final
Lembrem das suas raízes
E se alegrem no Natal!
Rosa Silva ("Azoriana")
Gosto de recordar os antepassados cuja maioria já não se encontra com vida terrena. Gosto de rever memórias passadas em dias de maior alegria. Gosto de partilhar quem me deu à luz e quem tanto me deu e continua a dar.
Meu avô e avó maternos morreram no mesmo mês, em dias e anos diferentes, bem como os meus avós paternos que partiram ambos no mês de janeiro.
Coroação do Espírito Santo, casamento, visitas familiares, dias lembrados, anjinhos da procissão da Quaresma, fotos de família, são recordações que marcam vidas de alegrias e tristezas que não se veem.
Orgulho-me de ter nascido na freguesia da Serreta, concelho de Angra do Heroísmo, da ilha Terceira - Açores, com antecedentes naturais da freguesia das Doze Ribeiras, do mesmo concelho e ilha, quando a sua natalidade foi antes de janeiro de 1862. Também me orgulha ter a costela da parte paterna da freguesia de Santo Amaro, do concelho de S. Roque, da ilha do Pico.
A árvore genealógica é sempre raiz com ramos multifacetados até à povoação das ilhas açorianas. Tenho muita pena de não conseguir encontrar todos esses ramos. Só para grandes estudiosos e conhecedores desta atividade cultural. Bem-haja a quem a ela se dedica de alma e coração com sabedoria.
Registo de casamento nº 4 de 1881, de Manuel Cota Machado e Rosa de Jesus
Aos vinte dois dias do mês de junho do ano de mil oitocentos oitenta e um, nesta igreja paroquial de Nossa Senhora dos Milagres, Concelho e Diocese d’Angra do Heroísmo, na minha presença compareceram os nubentes Manuel Cota Machado e Rosa de Jesus, os quais sei serem os próprios, com todos os papéis do ato corrente, e sem impedimento algum canónico ou civil para o casamento, ele d’idade de vinte e seis anos, trabalhador, filho legítimo de Manuel Cota Machado e de Josefa Rosa, e ela d’idade de vinte e quatro anos, empregada no serviço de casa, filha legítima de Francisco Ferreira Alves e de Maria Joaquina, ambos os nubentes solteiros, naturais da freguesia de São Jorge, das Doze Ribeiras, Concelho e Diocese dita, moradores nesta dita freguesia de Nossa Senhora dos Milagres, os quais nubentes se receberam por marido e mulher, e os uni em matrimónio, procedendo em todo este ato conforme o voto da Santa Madre Igreja Católica, Apostólica Romana. Foram testemunhas presentes que sei serem os próprios e Reverendo José Mendes Alves, Vigário da Igreja Paroquial de São Jorge das Doze Ribeiras, Concelho e Diocese dita, e nesta mesma freguesia morador, e José Coelho Cota, casado, lavrador, morador nesta dita freguesia de Nossa Senhora dos Milagres. E para constar lavrei em duplicado este assento, que depois de ser lido e conferido perante os cônjuges e testemunhas, comigo o assinaram o cônjuge e a primeira testemunha, e não assinaram a cônjuge e a segunda testemunha por não saberem escrever. (…).
Registo de batismo nº 6 de 1901, de Alexandrina de Jesus Cota
Aos dez dias do mês de fevereiro do ano de mil novecentos e um, nesta igreja paroquial de Nossa Senhora dos Milagres, concelho e diocese d’Angra do Heroísmo, batizei solenemente um indivíduo do sexo feminino, a quem dei o nome de Alexandrina, e que nasceu nesta freguesia às três horas da tarde do dia quatro do mês de fevereiro do ano de mil novecentos e um, filha legítima de Manuel Cota Machado, pedreiro, e de Rosa de Jesus, d’ocupação doméstica, naturais da freguesia de São Jorge das Doze Ribeiras deste concelho, recebidos nesta, d’onde são paroquianos e moradores na Canada das Vassouras; neta paterna de Manuel Cota Machado, e de Josefa Rosa, e materna de Francisco Ferreira Alves e de Maria Joaquina. Foi padrinho Manuel Gonçalves Ferreira, casado, lavrador, e madrinha Balbina Rosa, casada, d’ocupação doméstica, os quais todos sei serem os próprios. E para constar lavrei em duplicado este assento, que depois de ser lido e conferido perante os padrinhos, comigo o não assinaram por não saberem escrever. Leva um selo cem reis colado e devidamente inutilizado. (…).
O Vigário Francisco Lourenço do Rego.
Registo de batismo nº 23 de 1899, de Manuel Gonçalves Correia
Aos quatro dias do mês de setembro do ano de mil oitocentos noventa e nove, nesta igreja paroquial de Nossa Senhora dos Milagres, concelho e diocese d’Angra do Heroísmo, batizei solenemente um indivíduo do sexo masculino, a quem dei o nome de Manuel, e que nasceu nesta freguesia às sete horas da manhã do dia vinte oito do mês de agosto do ano corrente, filho legítimo de Manuel Gonçalves Correia, trabalhador, e de Maria Delfina, d’ocupação doméstica, naturais desta freguesia, onde foram recebidos, d’onde são paroquianos e moradores na Canada do Sono; neto paterno de Manuel Gonçalves Correia, e de Gertrudes Magna, e materno de Manuel Gonçalves Martins e de Rosa Delfina. Foi padrinho António Pamplona Corte Real, casado, capitão do exército, e madrinha Emília Magalhães Pamplona, casada, d’ocupação doméstica, os quais todos sei serem os próprios. E para constar lavrei em duplicado este assento, que depois de ser lido e conferido perante o padrinho e a madrinha, comigo o assinaram. (…).
O vigário Francisco Lourenço do Rego.
Nota: Não leva selo por ser pobre.
P.S. Podem existir algumas incorreções na transcrição dos manuscritos antigos por terem letra, por vezes, impercetível.
Rosa Silva ("Azoriana")
Sou como peça partida,
Uma ave tão ferida,
Uma estrada sem ocaso…
Uma triste ilusão
Com o coração na mão
E uma flor sem ter vaso.
Sou como borboleta morta,
Uma serra que não corta,
Um pé sem ter sapato…
Sou vidro todo riscado
Com tormentos do passado
Verdadeiro desacato.
Há cristais pelos meus olhos
Escorrendo tanto e aos molhos
Numa tristeza imparável.
Nestas hora de agonia
Solta-se a rima… Alegria!
Para me ser confortável.
Saudade… que também mata
E que tanto mal nos trata
Como se fosse um vulcão…
O coração incendeia
O fogo também esperneia
Num ventre de algodão.
5/12/2019
Rosa Silva (“Azoriana”)