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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Terra lilás

29.06.20 | Rosa Silva ("Azoriana")

Terra lilás

 

Terra brava de carinho
Granulada na mistura
Na pacatez do meu ninho
Que limpo de má verdura.

Terra lilás como o vinho
Que se bebe com ternura;
E pra quem nos vê do caminho
Nem percebe da mistura.

Há prazeres coloridos
De laranja e tom lilás
Sempre os mais apetecidos.

Minha terra, terra minha,
Um dia te deixo atrás,
Que não te deixem sozinha.

Rosa Silva ("Azoriana")

Musa flor

26.06.20 | Rosa Silva ("Azoriana")

Musa flor

Musa ampliada engana
Parece maior que eu
É única nesta semana
Linda me surpreendeu.

Quase gritei hossana!
Quando vi que ela se deu
Bem. A musa não é plana
É mais um plantio meu.

Deus ajuda a natureza
Que produz tanta beleza
Pela mão de uma mulher.

Queria ter dom de artista
Ser a capa de revista:
Musa linda, bem-me-quer!

Rosa Silva ("Azoriana")

A magia do castanheiro

25.06.20 | Rosa Silva ("Azoriana")

Castanheiro

Amigo Antonio Oliveira
Que gostas de ver madeira
Aqui pouco a aprecias
Mas se quiseres cantar
Aqui vês que tens lugar
Para as tuas profecias.

Meu canto não é perfeito
Nem é espaço bem feito
Cada qual tem o que tem
Só me resta aguentar
O que tenho para tratar
Mesmo que falte o vintém.

Grande é o castanheiro
Que não está o ano inteiro
Tanto vestido assim
Também mostra os seus braços
Despidos, sem estilhaços,
Nem parece este jardim.

O jardim dos Folhadais -
Há outros tão desiguais -
Que nem vou fazer reparo;
Interessa é ser feliz
Dando conta da raiz
Da lugar do meu amparo.

São Carlos ainda é lugar
Para angrense navegar
Numa terra perfumada;
Incenso é o perfume
Da árvore que me faz lume
De paixão tão delicada.

Minha rima está quebrada
Ao meu quarto confinada
Onde me sinto segura;
Pese embora recolhida
A rima é que me dá vida
E dá vida à Cultura.

25/06/2020

Rosa Silva ("Azoriana")