Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Olho para estas paredes Que coloco nestas redes E vejo-te ó mãe querida Por tanto que já passei Foi de ti que hoje lembrei Dezassete anos de partida.
Foi em outubro é certo Que em mim ficaste perto E de lembranças tamanhas Fiz tanta quadra a rimar Para unir a Terra ao Mar Bem como outras façanhas.
Desde então eu colori Os meus versos que vivi Com maior intensidade Corri mundo no pensamento E debrucei-me no evento Serreta na intimidade.
Adeus mãe até um dia Que se encontre a alegria De juntas irmos cantar Perto do céu e das estrelas Que, sem ti, não quero tê-las No meu peito a iluminar.
Eras Matilde Correia Que reúne a plateia Para agora me escutar Nem que seja um só ouvinte Será sempre um requinte Nesta arte de pautar.
Minha alcunha ("Azoriana") Insular e açoriana Regional e terceirense; Da bravura é uma chama Da cultura se inflama O valor a Deus pertence.
Hoje foi um daqueles sábados mais horizontais que verticais. Pausei afazeres e rendi-me aos "pesadelos" de sonhos fora de horas próprias para o sono purificador. Sobressaltei-me. Muda a hora para termos as "noites imensas": escurece cedo. Rendo-me à "caseirice" da atualidade que tende a prolongar-se... Entretanto, descubro, por estas redes, que há partidas de "mortes anunciadas". Fico a pensar que um qualquer dia/noite será a minha/nossa vez. Que seja natural e sem ruído. Detesto que se fale muito no ato de velar. Hoje não deixam ajuntarem-se em grande número. A partida é como a chegada: só com os mais chegados... Eu só queria saber, antecipadamente, (coisa minha) se deixava saudades a alguém?! Em vida é que devia saber, não após.
Dia 26/10/2020 faz quatro anos que partiu a minha sogra. Dia 28/10/2020 faz 17 anos que partiu a minha mãe. Outubro será sempre um mês de folhas caídas e lembranças sentidas.