Encontrei o CD de "José da Lata"
Nas voltas que o mundo dá
Há de sempre haver um cravo
Um pastor de gado bravo
Sendo natural de cá.
Cantou por cá e por lá
Sua lata não deu travo.
O seu verbo nem eu lavo
Nem o bom que dele há.
"Zé da Lata", olhar manso,
De gabá-lo não me canso,
Mesmo sem ter conhecido...
Reconheci no "CêDê"
No panfleto que se lê
Meu "Queimado" ♡ preferido.
Rosa Silva ("Azoriana")
Nota: ♡ In "Referências Bibliográficas", cujo fundo é uma foto da Ponta do Queimado, da freguesia da Serreta, da ilha Terceira, Açores. José Martins Pereira ("josé da lata") nasceu a 6/1/1898, na freguesia das Cinco Ribeiras e "deixou silenciosamente este mundo" na madrugada de 10/2/1965, no Hospital de Angra do Heroísmo, com 67 anos de idade. Casou com 26 anos e ficou a residir na freguesia da Terra Chã. Fixa-se numa casa no Caminho de Belém, em frente da Canada dos Folhadais, onde, desde 1987, se encontra um azulejo comemorativo a "José da Lata". É precisamente no topo da Canada onde resido agora, mas na parte que pertence à freguesia de São Pedro. Nem 1 ano eu tinha quando quando ele nasceu e, encontrei o CD aos 57 anos de idade... ele nasceu no mês do meu afilhado e partiu no mês do nascimento da minha avó materna. Não é uma questão de comparação. Simplesmente uma espécie de vínculo de memória. Nem que seja um bom pretexto para Memórias D' Agua da boa amiga Filomena Rocha Mendes, cuja voz de Rádio é ponto de celebridade.
♡♡♡
Há tanta gente açoriana
Com cardápio de valor
Que sua voz não engana
Seja lá aonde for.
A minha pobre não faz
O que minha escrita quer
Só o verso satisfaz
O prazer desta mulher.
Minha vida não reluz
Nem para isso foi feita
Nascer na ilha de Jesus
Já me dou por satisfeita.
Se a cantar eu não afino
Fica para outro alguém
Meus versos são meu destino
Doados por minha mãe.
Eu canto mesmo a escrever
Podem ter essa certeza
Muitos são a enaltecer
Linda terra portuguesa.
Povo nosso emigrante
Que lutas no dia-a-dia
Jamais te sintas distante
Tens a mim por companhia.
Rosa Silva ("Azoriana")