12.01.22 | Rosa Silva ("Azoriana")
Foste para aqui chamado Fontanário de gosto Lembra a Ponta do Queimado Que no mar está deposto. Tua forma original Que dizem do Posto Santo Torna a Mata um local Que me atrai com espanto. És leme da natureza Da água um paraíso Património de beleza Que respira o improviso. És do olhar pedestal, És do sonho pedra-arte, És da Mata o postal Que tanta gente reparte. Rosa Silva ("Azoriana")
Nota: inspirada numa foto da autoria de Eduardo Costa Costinha
12.01.22 | Rosa Silva ("Azoriana")
Dou por mim a divagar Pelas ruas e p'las colinas Com minha mente a pensar Em fortalezas e Quinas. Mas a porta que mais penso É aquela mais antiga Onde o sentir é mais denso Onde apetece a cantiga. E dei-lhe nome singelo, [Porque singela sou eu] - Sentir ilhéu - é tão belo, Onde cabe o que é meu. O "Costinha" do Raminho, Eduardo de sua graça, Fez-se, longe, ao caminho, À porta que me abraça. É um abraço terreno, De uma porta esquecida, Meu sentir não é pequeno É de toda uma vida. Fica esta assim talhada Com o verde de outras eras Que minha mãe adorada Coloria as primaveras. Rosa Silva ("Azoriana")
Nota: Obrigada Eduardo Costa Costinha pela foto original a que acionei o título.