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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Em agosto, fez 11 meses (junto uma história)

09.09.22 | Rosa Silva ("Azoriana")

Matilde Alexandra

À Senhora do Sim! (e para um dia a minha neta, Matilde Alexandra, ter para ler)

Parece que ouço a minha neta perguntar-me: Avó, vamos porquê? Conta à Matilde...
Atalho logo. Digo-lhe: Matilde, vamos porque Ela nos chama e temos o dever e a humildade de Lhe responder que Sim!
Porque houve tanta gente antecedente que nos transmitiu hábitos, costumes, tradições... e a melhor de todas: a Fé.
- Avó o que é a Fé?
- A Fé é como o Pão da Alma. Se não tiveres pão para mastigar ficas com fome, choras e queres a mãe por perto. Se não tiveres o Pão de Jesus (de Deus), através do pedido da Sua Mãe, Maria Imaculada e Adorada, ficas com um vazio interior, difícil de acalmar.
- Mas eu não vejo esse Pão, avó?
- Vês o vento? Vês a brisa? Sentes, não é? Então, o Pão da Alma é feito de farinha do sentimento, e de Amor a Quem zela por nós.
- Avó, o que é zelar?
- Zelar é cuidar, é fazer que sigas o Caminho, a Verdade e a Vida.
- A avó ensinou os meninos e meninas da minha idade?
- Não, minha querida, a avó ouviu e ouviu, ouviu e, ainda, ouviu...
- E ouvias bem?
- Matilde, que conversa é essa? Eu ouço é com o coração, porque os ouvidos que temos (as orelhinhas e seus orifícios) ouvem tudo e devem fazer a triagem do que é melhor para a vivência humana...
- Avó, já sei! Queres que vá contigo para a Serreta, não é?
- Estás a ver? Ouviste a voz do teu coraçãozinho de ouro, porque ainda não está trancado a sete chaves...
- O coração é de trancar com chaves?
- Não são essas chaves que tens na mão... São as chaves da ignorância, soberba, traição, mentira, desamor, pecado, materialismo...
- Avó, eu vou... Se Ela disse Sim ao Pai do Céu, quem sou eu para dizer que não... Posso levar o que eu quiser?
- O que tu queres levar?
- Uma folha do meu quintal...
- Uma folha?! Porquê uma folha?
- Porque não tenho flores... a avó está sempre a dizer: leva uma flor a Nossa Senhora...
- Matilde, deixa lá a folha ficar onde está! Tu és a FLOR da SENHORA.

Flor da Senhora

Onze meses que tu cantas,
No jardim da natureza,
Sonho de vasta beleza,
Que o nosso olhar levantas.

Onze meses que encantas,
E podes ter a certeza,
Que não há maior riqueza,
Do que ser o que nos plantas.

Matilde, nome de Mãe,
Que te cabe muito bem,
Até ao nascer da Aurora.

És o rosto de uma flor,
Que diz alto, com fervor:
Sou linda Flor da Senhora!

Rosa Silva ("Azoriana")