Mesmo tendo safanão...
Eu não sou de futebóis
Nem lagarta de anzóis
Nesta noite de temer
Sou apenas cidadã
Que não foge à sertã
Tudo menos que verter.
Sou a mulher enjeitada
Que não goza quase nada
Quando toca à diversão
Só aprendo de raiz
Que pra gente ser feliz
Há que ter muita atenção.
A prova de que existe
Deus e mãe que subsiste
Para minha guarda e fé
É ver que meu coração
Mesmo tendo safanão
Vai-se mantendo de pé.
A minha glória é rimar
Para sempre animar
Neste resto de vivência
Fica tudo para aí
Mais o que levo de ti
Minha neta de encantar.
Está quase a dobrar o dia
De ter nova alegria
Da nova realidade
Vais fazer os teus dois anos
Num sábado sem enganos
Quinta foi natalidade.
Minha neta, meu amor,
Minha riqueza em flor
Que sejas uma rainha
Sejas a melhor menina
Uma doce e cristalina
Que em festa se aninha.
Rosa Silva ("Azoriana")