Sobre a "taurinidade" (em discussão)
Bom dia ó nobre Povo
Da ilha Terceira Açores
Se não há nada de novo
Que não hajam quaisquer dores.
O sol voltou a brilhar
Como brilham nossos olhos
Quando atiçam o olhar
Para a alegria aos molhos.
Esta dica já é velha
E de velha já não passa
E aquele que aconselha
Cai sempre na melhor graça.
O conselho que vos dou
Não é nada de outro mundo
Quem no dia acordou
Dê mais graças ao segundo.
A vida não está para graças
Nem tão pouco brincadeira
Andam por aí ameaças
Que fazem mal à Terceira.
A Terceira é de Jesus
Dizem aqueles que vivem
Mas pode virar a cruz
Para os que sobrevivem.
Não sei se será verdade
Ou se vem a finca-pé
Que a nossa "taurinidade"
Tende a não ser como é.
Por mim pode ir o quinto
Que não me fará a falta
Do resto aquilo que sinto
- Vai dar investida à malta.
Fiquem bem, sejam prudentes,
Não façam coisa ruim
Preservem o gosto das gentes
Que vivem neste jardim.
Um jardim no mar plantado
Com suas flores humanas
Merece ser estimado
E as pétalas açorianas.
2023/10/17
Rosa Silva ("Azoriana")