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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem

Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:

Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.

Rosa Silva ("Azoriana")

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Com os melhores agradecimentos pelas:

1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"



2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"



3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"


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Dia da Freguesia da Serreta 2024 - Mata da Serreta

28.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Onde o verde é legião
Onde a água é natural
A Mata na estação
Do encontro cordial.

Hoje o Dia se apresta
À ventura de gozar
O seu retalho de festa
Num convívio salutar.

Rosa Silva ("Azoriana")

Os filhos da Serreta estão reunidos na mansa Mata da Serreta da ilha Terceira, Açores honrando o Dia da Freguesia.
Podem até ser menos os residentes, mas a alma serretense espalha-se pelo mundo.

Begónia 2024

23.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

begonia23072024.jpg

Com poder da criação
E o jeito que lhe dou
Com água de infusão
Vi que na terra viçou.

O que, por sorte, mais queria
Era tê-la em minha mira
E de a ver chegar ao dia
Que, de olhar, a gente admira.

Não há pressa p'ra crescer
Nem tão pouco florescer
O que se tem nesta vida.

Só há pressa p'ra saber
Se mantenho o seu viver
Ou se parte bem servida?!

Rosa Silva ("Azoriana")

São Carlos, Angra do Heroísmo, 23/07/2024. Se a quiseres, vem buscar...

A vida como ela é

21.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Mote:

Ao trabalho me entreguei
P'ra viver à força toda
Do muito que já sonhei
Nem por isso fiz a boda.


Glosa:

Foi por forma de contrato
Seguindo a força da lei
Sempre cuidando do trato
Ao trabalho me entreguei.

Ia e vinha como tantos,
Até areia vira ioda,
Me escondia entre prantos,
P'ra viver à força toda.

Muito aprendi então,
Nada no mundo inventei,
Só fiz bem à Região
Do muito que já sonhei.

Se o mal pode advir,
De nos pôr cabeça loda,
Afugentei, deixei ir,
Nem por isso fiz a boda.

Rosa Silva ("Azoriana")

O brinde

21.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Amigos de cá ou lá
Eu sei que podia ter
Na América, Canadá,
Bem mais que pudesse ser.

Visitar também queria,
Levar o dom que Deus deu,
Celebrar a Cantoria,
Ao peito do verso meu.

Mas tenho a dor maior,
De não ser aventureira,
De me render ao pior,
Que é "atar-me" à cadeira.

Uma cadeira de ilusões,
De amores e de penares,
De medos e frustações,
De risos e menos esgares.

Sobretudo a inveja,
Quero de mim afastar,
E não haja quem se veja,
Na pele do meu lugar.

E viva mais quem por bem,
Se abeire por ser querido,
O dobro tenha também
Do que tenha em sentido.

Um beijo e um abraço,
A quem me queira salvar,
De ver flores no regaço,
Pelo que possa doar.

A ti, que ora me lês,
Com gosto ou nem por isso,
Não contes mais do que vês,
Só conta o bem por serviço.

Rosa Silva ("Azoriana")

Festa, férias e dias santos... (para Carla Félix)

21.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Em maio foi Espírito Santo,
Em junho Sanjoaninas,
Em julho de calor tanto
Há festas pelas "vitrinas".

Vitrinas da nossa ilha
Que logo se envaidece
De tanto que se partilha
De tanto que não se esquece.

São foguetes a estalar,
São brindes de "fogo preso",
São palmas que vão p'ró ar
E ninguém se sente leso.

Rios de gente no mar,
Sorrindo, também gritando,
Uns porque sabem nadar,
E outros talvez pensando.

E as estrelas ao luar,
Convidam a ir à rua,
Em cada festa e lugar
A vontade se acentua.

Os toiros de ganaderos,
De novos e mais antigos,
Se marram serão severos
Mas jamais terão castigos.

O povo vai porque quer,
Enfrenta tal toiro bravo,
Até se vê que a mulher
Toureia, prova o que gravo.

Só é pena que os carros,
Inundem nossos folguedos,
Valiam os autocarros,
Outrora lindos enredos.

Importa que haja festa
A Santos e Padroeiros,
Quem muito se manifesta
São risos pelos terreiros.

Os motes p'rá Cantoria,
Encantam os Cantadores,
Em quadras que são magia
Nas ilhas destes Açores.

E agora p'ra não maçar,
Um discurso sem final,
Só sei que quero Amar
Para sempre o Carnaval.

A alma do terceirense,
Se expande em qualquer lado,
A quem a voz também vence,
Terá palco estrelado.

Rosa Silva ("Azoriana")

Sorriso de loiça

20.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Anda o povo tão encantado
No bom festejo em cada canto
E nesta ilha que gosto tanto
Anda o verso engalanado.

Trilha a vida o novo fado
[Um não sei quê de um não sei quanto]
Faz brilho à valsa em corpo santo
Que nos batiza bem ao seu lado.

Somos de mar que dá a lição
A pauta viva da Região
No tom que'inda cá nos balouça.

Um mar de risos, acrobacia,
Pasma o povo de alegria...
À proa vai, que Deus o ouça!

Rosa Silva ("Azoriana")

Ainda há tempo

18.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

De ver a luz
De ver o belo
De Te ver sempre com alguém de mãos-postas como a chaminé em desvantagem
E o cântaro mantém a veste barrenta
O Livro da Palavra augusta mantém a fita do dia a marcar o hiato da voz
Eu... ó, eu?! Espero, espero até que outras vontades cheguem... desespero.

Rosa Silva ("Azoriana")

Na busca do silêncio

18.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Fugi do murmúrio das águas
Saí da algazarra juventina
Deixei a conversa seca de virtudes
Rumei a outro lado invertido de sul
Busquei o silêncio em vão
Achei o "acroarte" do ofício de renovação
A terra quedou-se silenciosa, o instrumento de trabalho não
Revi o passeio de menina, saudei o tapete rubro
Mas onde está o silêncio?
Apenas no meu ouvido direito se mantém surdamente só
Quero silêncio, mas ele teima em se ausentar
Que mais posso fazer para voltar aos braços da paz, quietude e presença de bem-querer?!

Onde estão teus beijos de mar?!

Onde estão teus carinhos de eucalipto?!

Onde estão teus lírios felizes?!

Talvez um dia vos encontre na arena dos sorrisos... aqueles sorrisos que acumulam os risos que já perderam a alvura...

O sino toca às horas... mais um que não foge ao silêncio das toadas do chá... das cinco.

Rosa Silva ("Azoriana")

Por um dia (18/07/2024)

18.07.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Em 46 fitas existem Ervas Finas que dão para 12 pratos de papel. A mesa está mentalmente posta. Agora fico à espera de ser realidade.

Por um dia (18/07/2024)

Não gosto de agonias
Nem de comida fazer
Mais vale as sopas frias
Do que caldo a ferver.

Não gosto de correrias
A pressa faz esquecer
Nem me deem melancias
Que na certa vou desfazer.

Passa o tempo que passar
Interessa é aguentar
A vida com seu destino.

Tenha ou não alguma sorte
Quem aguenta já é forte
Com conduta do Divino.

Rosa Silva ("Azoriana")

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