À ilha Terceira dos Açores
És bonita quando cantas
Tua quadra literária
E quando na alma plantas
Toda a verve necessária.
És da graça popular
No terreiro da alegria
És o brilho do altar
Grata por um novo dia.
E és tudo para mim
Como é meu coração
Tudo em ti é um jardim
Com a lilás c'roação.
Por vezes também floresces
Com a cantiga de verão
E ao fundo também desces
Espevitando o vulcão.
És o cume do folguedo
És retalho de folia
Da brisa do arvoredo
Sai mote p'ra melodia.
De tanto que já escrevi
Neste papiro ardente
Só quero ser para ti
O que és p'ra nossa gente!
- TERRA AMADA -
Rosa Silva ("Azoriana")