Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Olá filho! Tudo bem contigo? Acho que sim. Tu gozas de um humor nato que te faz dizer coisas que fazem os outros rir até quase às lágrimas felizes. Que o diga a tua irmã, após a saída da escola do Alto das Covas. Lembras? Hoje é o dia de 37 + 1. Isto porquê? Porque "ressuscitaste" de um susto grande. Como diz a tua sobrinha, minha neta, "Já passou!". Agora relembro pequenos "grandes" episódios como se fosse em revista. Brincadeiras do "faz-de-conta", festas além das horas, momentos em família festivaleira, carnavais, "acampamentos" sem licenciamento, infância na companhia de animais de estimação de outrem (familiares) e a "continência" sem autoridade, com alguma curvatura de rosto 🙂 Que tudo isto somado te deixe muito feliz hoje e para todo o sempre. É isso que sempre desejei quando quis ser tua mãe. Oxalá tenhas gostado (e gostes) da mãe que tiveste com preocupação desmedida para que tudo fosse certinho e direitinho. Não sei da avaliação global, mas fiz o que podia e sabia. Mais do que isso, foi o amor pelos meus descendentes naturais e legítimos. Beijinhos aos molhos de Rosa Maria C. Silva
Cheguei. Entrei. Sentei. Espero o 7.2 que vivi intensamente, até hoje. Não é fácil esquecer escombros, feridos e mortos. Não é fácil perder o frio gélido no corpo e alma. Onde estarão as almas dos corpos caídos entre pedras, ombreiras, pilares de pedra talhada à mão? Tudo ruía sem dó nem piedade. E o relógio maior fechou-se em si, às 20 para as quatro de uma tarde amena, sem chuva. Depois restaram apenas casacos (o grande e amarelo da minha mãe), mantas, cobertores e roupas tristes. O que será que vou ver hoje, pelas 21 horas de uma terça-feira, do mês de setembro/2024, passados 44 anos da catástrofe... tinha os meus 15 (em abril fazia os 16) anos e hoje 60.
[Pausa]
Dez para as 23 horas. Regresso ao lar. Dei os parabéns. Batemos palmas. Excelência de obra. Jorge Silveira Monjardino merece os maiores louvores e agradecimentos. Todos os intervenientes foram maravilhosos.
Uma tragédia que arrepia e, no entanto, fez-me viver tudo de novo, como se fosse o primeiro de janeiro de 1980, 15:40.
♡Mote♡ O tempero adequado Para o verso sair bem Não pode passar ao lado Da inspiração que vem. ♡Glosa♡ Não há que pôr nem tirar Do verso que é doado Sempre nele há de estar O tempero adequado. ♡ Venha o verso com prazer, À mente é que ele vem, Pouco mais há que fazer Para o verso sair bem. ♡ O verso de qualidade Não é tido nem achado Porém se diga a verdade Não pode passar ao lado. ♡ Quem ao verso se ajeita, E dele não faz desdém, Segue a conduta perfeita Da inspiração que vem. ♡ Rosa Silva ("Azoriana")
O oposto do passado Que vigora no presente Quem está ao nosso lado É que partilha o que sente Quanto mais está isolado Que nem mostra o dente.
Uma mudança atroz Que impera atualmente É ninguém ligar a nós Nem sequer mostrar o dente Talvez por ser tão veloz O dia e noite igualmente.
Se perguntarem por mim (¿) Se acaso estou doente (?) Podem responder assim: Não está, e felizmente! Agora vai ser ruim O que virá daqui p'ra frente.
A doença que eu tenho Alastra no mundo inteiro É fazer com mais empenho O trabalho em primeiro... Se falho neste desenho?! Não se cave o cativeiro.
Minha gente, se amiga, Na verdadeira acepção, Por muito que hoje diga, Não serve de mutação, O mundo vai na intriga Menos vai na salvação.
E quem seguir ignorante Dos males que a terra têm Vive talvez radiante Sem perder muito vintém E se do mal distante Muito melhor vida advém.
Abraço aquele e aquela Que de mim é favorito Não importa qual sequela No que foi hoje escrito; Viva (ou não) em "vida bela" Não diga é dito por não dito.
Há muita aranha na teia Que não se vê à primeira; Há muito grão de areia Que não passa na joeira, Mas há a falha que ateia Muito "fogo" na Terceira.