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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

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Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico da Listagem,
de 1.023 sonetilhos/sonetos filhos

Asas de rimar

29.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

No conforto de rimar
Entra o consolo da paz
Sinto que estou a voar
Na ode que sou capaz.

Bendita e louvada seja
A grande inspiração
A alguns ela sobeja
A outros nem faz pensão.

Não se lese nem reprima
Quem faz da ode seu canto
Nem quem eleva a rima
Ao altar que nem é santo.

Pode haver outro caminho
Pode haver outro pensar...
Voar sem sair do ninho,
Só nas asas de rimar.

Rosa Silva ("Azoriana")

A Verdade

21.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Matilde era o alto coro
De chamar por tantas vezes
Lembro mais dos seus revezes
E do riso, seu tesouro.
*
Matilde em tom sonoro
Redobra em novos meses
É dito por portugueses
É um nome que decoro.
*
Matilde digo a verdade,
Preciso pedir perdão,
Por não ter cuidado mais.
*
Matilde é eternidade
É estrela, é meu cordão,
É Luz de versos jograis.
*
Rosa Silva (“Azoriana”)

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Quero que a Matilde seja...

16.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Sempre o Amor da avó,
Rosa... sim, que neta queria,
Em vontade não está só,
E que a vida lhe sorria.

Matilde Alexandra é
O reviver de outra era
Na paz de nova maré
E na flor de primavera.

O meu Amor por ela é tal
Que nem se pode descrever
É como voltar a ter igual
O colo onde vi a mãe crescer.

Aqui reside o que irás ler
Na tela de Amor tecida
Porque assim tenho prazer
De deixar o poema em vida.

Rosa Silva ("Azoriana")

Estamos perto...

16.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

É tão simples e linear
Projeto de pouca monta
Apenas para que o meu lar
Tenha Deus em boa conta.

Que o Natal seja a rodos
Uma linha de esperança
E que traga para todos,
Uma maior confiança.

Sejam felizes a eito
Sem a descriminação
E que produza efeito
A quem governa a Nação.

Para bom contentamento
Saúde e satisfação
Que se dê a todo o momento
Um abraço de irmão.

E abraços mando agora
Para quem me quiser bem
E o dobro sem demora
Para outros que invés tem.

Creio na Virgem Maria,
Em José e Deus Menino,
E creio que chegue o dia
Do Bem ter o são destino.

Rosa Silva ("Azoriana")

Letra sem papel

14.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Cai-me a alma da letra
Tão vazia de papiro
Parei... ó mas que tetra!
Sem papel já me admiro...

Se me faltar douta via
Como esta que aqui vedes
Manca fica ode-mania
De letrar por estas redes.

Quem, sem a letra de brio,
For registo oxigenado,
Nem sabe se conseguiu
Que ele seja folheado.

Porque livro, meus amores,
É a letra coroada,
Com a alma dos Açores,
Ao sabor do cais talhada.

Rosa Silva ("Azoriana")

A corrida sobre o tempo

14.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Se vos digo, nem vos minto,
Que a vida é contratempo;
Hoje, aqui, neste recinto,
Amanhã vamos no tempo.

O tempo?! Só ele fica,
À margem de todos nós,
Porque não se identifica
Se é vida curta ou veloz.

Só os que estão na real
Calculam cada distância;
A idade temporal
Só começa na infância.

Ao tempo se dá afeto
Quer acreditem ou não,
O tempo nasce com o feto
Que surge do embrião.

Rosa Silva ("Azoriana")

Foto: Rosa Silva (nem sei com que idade).

Criada na ilusão (uma obra que podia ser de arte)

13.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Olho os prados circundantes
Na mira de bandos sóis,
Como se fossem viajantes
Os olhos de girassóis.
*
Nascida em berço cru
No alto cimo do mar
Onde o rosto vem a nu
E o corpo a soluçar.
*
Canto de serra entoado
(Só tu me dizias ter)
Valsa de sol temperado
Sem o mundo puder ver.
*
Na tela, sonho de couro,
Ternura de mansidão,
Sou museu, tecido de ouro
Criada fui na ilusão.
*
Rosa Silva ("Azoriana")

Nota: sonho por um desenho de artista, cuja arte seja a vista. A propósito de uns livros de arte, lindos, lindos, de muito valor, que me foram oferecidos.

Os lados da Fé

11.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Pode ser uma imagem de 1 pessoa

Sorridente a Virgem Mãe,
Destra, que é à direita,
Mais triste é o que advém,
Da esquerda, que é feita.

Já vos disse em outra hora
Deste dueto que vejo
A nossa linda Senhora
Renasce com novo ensejo.

Mas o Rosto não se pode
Refazer de outra maneira
Porque nasceu para ode
Dos que chama à sua beira.

Tanto se vai agradecer
Uma graça alcançada;
Mas se triste lhe parecer
Deve a oração dobrada.

Rosa Silva ("Azoriana")

Festiva

10.11.24 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ornamento da mesa do jantar de S. Martinho, no Império do Cantinho, da Vila de São Mateus da Calheta

Minha ilha que te enfeitas
De multi festividade
E que te levantas e deitas
Sem dormir quase metade.

Minha ilha tão divertida
De vozes bem entoadas
Que partilhas destemida
O labor das madrugadas.

Digo minha, mas és nossa,
És mesmo de toda a gente,
E linda para que possa
Ser um lar alegre e quente.

A ilha é e com razão
Valsa de duas cidades
Terceira é um coração
É flor de festividades.

Rosa Silva ("Azoriana")

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