Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
**********
Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

**********

Árvore de vida

06.01.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

arvore.jpg

Era tão frágil e pequenina. Desenvolveu-se bastante ao ponto de já a ter podado algumas vezes. No entanto, permanece com a beleza que lhe é característica. Não sei o nome dela, mas gosto de a admirar nas tardes serenas e apaziguadoras. Esta "árvore" ou planta (?) era da minha falecida sogra, mãe do atual marido. Que descanse em Paz, sob a Luz do Altíssimo!
Rosa Silva ("Azoriana")

Sismo de Oitenta (aos 45 anos)

05.01.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

1
Ponto alto de habitação,
Na Serreta freguesia:
Vi tudo em ondulação...
Gritei tanto... ninguém ouvia.
2
Tanto que me vi à rasa
Com um frio de rachar
Vestida no meio da casa
Com medo e sempre a rezar.
3
Avó, pai, mãe e irmã,
Titios (primos antigos),
Sem luz até de manhã,
Tão à prova dos perigos.
4
As notícias, boca-a-boca,
Chegavam da redondeza;
A lágrima não foi pouca
Pela Zita... em pedras presa.
5
E a mãe de duas filhas,
E a Aida dos Altares...
Foram chegando as partilhas,
De tristezas em tantos lares.
6
Não ia a lado algum,
Tinha a frieza constante,
Até ao WC comum
Levava a acompanhante.
7
Minha madrinha do Crisma,
Era sempre a contemplada...
E eu sempre numa cisma,
Medrosa por tudo e nada.
8
Minha mãe era doente,
E continuou a ser,
Ao hospital foi presente,
No Liceu a foram meter.
9
Óh! Não tardou, fez-se voltar,
Por não ser uma urgência,
Quando o táxi ouvi chegar:
Alegrei-me! Óh Providência.
10
Liceu, semi-hospitalar,
Pra doentes intermédios,
Os urgentes, a bradar,
Internados com remédios.
11
Descansem os falecidos,
No reino da eterna glória,
Mais sorte prós renascidos
Que seguiram na história.
12
E perdoem fugir à norma,
Da escrita em boa prosa,
Mais tarde foi esta a forma:
Rima?! Grande ajuda à Rosa.
13
Pós sismo, foi profissão,
Aos dezoito anos de idade,
No Gab. de Reconstrução,
Que ajudou a Comunidade.
14
Da falecida dos Altares,
Depois casei com o irmão,
Pós alguns anos nesses ares,
Mudei para Angra então.
15
Três filhos, minha alegria,
Meu orgulho e descendência,
Do ex-falecido, um dia,
Restou?! Paz em evidência.
16
Quarenta e cinco passados,
Os anos que contam agora,
Jamais por mim olvidados,
Os terrores da má hora.
17
"Eram vinte para as quatro, nos Açores,
Quando tudo aconteceu,
Era dia de Ano Novo, nos Açores,
Quando a terra estremeceu"...
18
Ouvi canção tanta vez,
Com rubra dor presa ao peito,
E garanto a todos vocês,
Que ela ainda faz efeito.
19
Deus proteja em linha reta,
E a Sua Santa Mãe,
O destino da minha neta,
Mais os que destino têm.
20
Pai, Filho, Espír'to Santo!
Me benzo, neste jardim,
Que do tanto que foi pranto,
Renasceu de Amor sem fim!
21
É um Amor intermitente,
Que nos chaga desde outrora,
Tem morrido tanta gente,
E nascem poucos agora.
22
Faço vénias, em geral,
Aos que tanto trabalharam,
E ao forte pessoal
Que mais lágrimas secaram.

Rosa Silva ("Azoriana")

Epifania

05.01.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Bom dia de Epifania!
Dia de Reis,
Dia de Alegria,
Dia antes de seis.

Dia de visitação,
Dia de Nações,
Dia de boa canção,
Dia de orações.

Dia de aniversário,
Dia do afilhado,
Dia extraordinário,
Dia de sol animado.

Parabéns Saulo Miguel Diniz
Conduzido pla ☆ estrelinha ☆
Hoje e sempre sejas Feliz
Te deseja a madrinha!

Rosa Silva ("Azoriana")

45 anos do sismo d'oitenta

01.01.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Neste dia e momento
Pareço uma sentinela
Ao manter o pensamento
No Sismo e na sequela.

Podem correr muitos anos
Que nada fará esquecer
O maior de tantos danos...
DOR teima em reacender.

A imagem que flutua
Quando fecho os olhos então
É o som que ouvi na rua
E a terra em ondulação.

E a Zita?! Ó que bonita!
A Paz tenha encontrado
Só com fé se acredita
Na Estrela do seu lado.

01/01/2025

Rosa Silva ("Azoriana")

Happy New Year! Feliz Ano Novo!

01.01.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Rosa Silva 31/12/2024
I
Pode haver quem me defenda,
Pode haver outro parecer,
Mas há de haver quem entenda,
Como foi meu renascer.
II
Eis que a felicidade,
Bordada com um sorriso,
Não é laço de vaidade,
É somente um bom juízo.
III
Viver quanto Deus quiser,
Estrada é desconhecida,
E venha o que me vier,
Já fui retalho de vida.
IV
Já não conto outros tantos,
Dos anos que já contei,
Portanto, agora os cantos,
Hão de ser menos... eu sei!
V
O que cantei vida fora,
Mesmo com a voz calada,
Foi por Amor à Senhora,
Que me fez tão inspirada.
VI
Venha A, B, C ou D,
Olhar para mim direito,
Que nem tudo o que se vê
Pode ser de Amor perfeito.
VII
Possa florir de Alegria,
Possa rir só por metade,
Que seja a foto de um dia
Toda a minha claridade.
VIII
E se me leres amiúde
Quando a noite se faz dia,
Que tenhas melhor saúde,
Que a minha em ousadia.
IX
Abro o leque do meu ser,
Abro a voz escancarada,
E fique, quem quiser saber,
Sou mulher enciumada.
X
Ah! O ciúme foi aquele...
Que me virou ao contrário;
Fui mártir por causa dele,
Mas hoje mudo o diário.

Rosa Silva ("Azoriana")