28.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Digo com sinceridade,
A quem me estiver a ler:
Um Abraço de verdade
É tão lindo de se ver.
Há abraços muito leves,
Que se dão tão pequeninos
Mas há outros que só deves
Perceber que são Divinos.
Hoje o Abraço foi dado,
A selar um compromisso,
Foi deveras apertado
Feliz de quem passa por isso.
Há quem dê um desafio,
Com o selo lá do Céu,
E quem comigo o sentiu,
Comunga o abraço ilhéu.
24.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
A emoção colhe a garganta
Dá um nó intemporal
E a nós também nos planta
A tristeza por igual.
Não é uma despedida
Nem sequer adeus também
Continue o tom da vida
Dê voz ao que nos faz Bem.
20.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Não sei bem qual a saudade maior
Se a do meu pai, se da minha mãe.
Às vezes vejo-me, sentada, ao seu redor,
Outras a tentar ligar-lhe também.
Agora ligo para o universo
Tresmalhada de um vão pensamento...
Será que lêem este parco verso?!
Será que descansam a voz do vento?!
O vento já não brinca com meus cabelos;
Nem a chuva me molha sem que eu queira;
Nem me vejo oca olhando o "meu" mar...
Sei que não temo mais grandes atropelos;
Nem sequer o olhar além da fronteira...
Só temo esquecer do meu doce lar.
20.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Quero voltar aos braços da minha mãe
Quero ficar ao colo de quem me fez
E ser embalada por ela também
Desta ansiedade curar-me de vez.
Está chegando o fim deste mês
E roda a vida em cada estação
Teimo em ficar tão perto de vocês
Porém na tela somente me vês.
E a saudade de ser como eu era,
Sorrir, brincar, correr... Ai, quem me dera!
E tu, só tu, sabes que eu não minto...
Luar de mim é um caso perdido,
E ser assim é como não ter vivido...
Mas Tu, só Tu, sabes bem o que sinto.
18.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
O MEDO que a gente tem
Da velhice que vai sendo
Precoce e que me vem.
Dou por mim apavorada
Rendida à escuridão
De querer e não dar nada
Com MEDO de errar então.
Eu quero tudo e não posso
E cada vez vejo menos
O sorriso ainda esboço
Mas são sorrisos pequenos.
Eu quero ainda dançar
A "dança da juventude"...
Receio é não aguentar
Fingir que tenho saúde.
16.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
*
De repente eu conheci
Um rapaz que ama a rima
E do pouco que eu li
Já merece a minha estima.
**
Continua a ser assim
E a captar boa imagem
Vai construindo um jardim
Logo à tua passagem.
***
Penso que no horizonte,
Tens o brilho do olhar,
Em cada colina e monte,
Há versos para inspirar.
****
Fábio faz o verso a cantar,
Um canto que tu admires,
E logo vais encetar
O maior dos teus sentires.
*****
Abraço
Rosa Silva ("Azoriana")
16.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Uma tarde deliciosa
Na casa dos Folhadais
Entrevistaram a Rosa
Não vou esquecer jamais.
A partir das quinze horas,
Deu-se a cena real:
Falei tanto, sem demoras,
Do meu tempo capital.
Agora vou agradecer
Com a maior gentileza,
Que seja bonito de ver
O que talha a natureza.
Natureza que é gentil
Para quem cruza os sessenta
Nascida no mês de abril
Que muito bem me assenta.
E vai para o rimador,
Que veio ao meu casebre
Que o proteja o Senhor,
E que rime como lebre.
Para a nossa "Celinha",
Como gosto de chamar,
Seja bela andorinha
Pla ilha a bem divulgar.
Beijos e abraços
Rosa Silva ("Azoriana")
13.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Tenho poucas?! Tenho as minhas
Amigas de boa altura
E hoje sonho nas Fontinhas
Com a nossa grã cultura.
Tenho o coração cheio
De reviver tradições
De pão alvo noutro meio
Em boas ocasiões.
A amizade que se faz
Dura uma vida inteira
E de dizer sou capaz
Amizade é na Terceira.
Um beijo e um abraço
A quem vier aqui ler
Se procuras meu espaço
És Amiga podes crer.
11.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Se a Flor pudesse abrir
Uma Palavra querida
O Amor ia resistir
Às ventanias da vida.
Uma Vida longa prova
Tanto ou mais do que passei...
Ai saudade de ser nova
E saber mais do que sei.
Quando faço tudo bem
Há um céu dentro de mim...
Se há prémio, ele vem,
Sem o ver, mesmo no fim.
10.02.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Ai que saudade de bolo,
De chocolate, sorvete,
De pudim, de bom miolo
De amendoim, cacete.
Açúcar?! Não, não e não!
Disseste e eu já sabia.
Quem inventou a refeição,
Do "vice" que o mal cria?!
Mais donetes e malassadas,
Mais coscurões e os suspiros!
Filhós frita e emboladas,
Nesta altura são meus "vírus".
Dizes então: tu só provas...
Nem açúcar, foge ao sal;
Que se inventem coisas novas
Que a ninguém faça mal.
Ovo cozido com mel?
Na "fryer" maçã assada?
Nozes de frango o farnel?
Anéis de massa folhada?
Eu não sei mais que pensar,
E o pensamento insiste...
Que estou quase a babar
Só de ver o "bom" que existe...