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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1013)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")

Hoje (com trovoada)

31.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Hoje, até o céu se espanta,
Manda águas mais de mil...
Até ouço a minha santa:
- Salve primeiro de abril!

Feliz de quem, hoje, me canta,
Mesmo com palco vazio,
A saudade se agiganta,
Por ela, eu me arrepio.

A cada um que me envia,
Um comentário de bem,
Sabe que por esta via
Fica tudo sempre além.

Aos meus filhos, filha e neta,
Noras, genro, cunhado, irmã,
Família em qualquer meta,
Grata estou nesta manhã.

Aos amigos e conhecidos,
Que nesta plateia passam,
E até aos menos queridos...
Os meus versos vos abraçam.

Às treze horas, a hora,
Que completa a rotação,
Se até lá não for embora,
Cantarei mais um refrão.

MUITO OBRIGADA A TODOS(AS)!

Rosa Silva ("Azoriana")

Marta Cardoso poetisa da emoção

29.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Criadora intemporal
De emotiva poesia
Sentimento original
Que à gente contagia.

Solta a voz que se expande,
Dá asas ao que bem sente,
Seja breve ou seja grande
O poema é vem em corrente.

Sem efeito de escrever
Os detalhes que lhe ecoam
Só depois é que irá ver
Os efeitos que apregoam.

Ó Marta, que Deus conserve,
Essa veia criativa,
Salutar é a tua verve,
Que até o verso me motiva.

Já te ouvi mais que uma vez,
Em "teatros" diferentes,
E creio que sei... talvez,
Toda a força que tu sentes.

É uma força de dons,
Do coração para a mente,
E fortes são os teus sons
Numa expressão comovente.

Parabéns!

Rosa Silva ("Azoriana")

Por ela, a Estalagem da Serreta da ilha Terceira, Açores

27.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

"Perecerás ó destruída"?
Ficarás, assim, sem vida?
Não mais se verá tua beleza?
Nem serás um espelho da natureza?
Que dor existe em quem te vê,
Dolente de asseio, e sei porquê...
Bastava a união dos teus fregueses
E de outros que lá foram tantas vezes...
Não a deixes morrer à míngua
Ainda podes ser na nossa língua:
O património museológico,
O encanto arqueológico.
E tantos são os amores teus
Numa paisagem que louva-a-Deus.
E toda a imagem do lindo mar,
Do brilho das estrelas ao luar,
E da extensão do teu Queimado,
Da Fajã o terreno sagrado....
E do Farol que te acena,
E da vigia que é mais pequena.
Eu sonho com a reconstrução
Cortar a fita da inauguração
Os anjos e querubins
A embelezar os teus jardins.
O palácio de veraneio
Podia ser o nosso asseio...
A Mata, a tua princesa,
Mais uma arte da natureza.
"Não perecerás ó destruída"
Volta, volta, por favor, ao tom da vida!

Rosa Silva ("Azoriana")

A força da Oração

26.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Nosso Papa em sofrimento
Muitos dias internado
Mas o Povo esteve atento
Bem como o seu bom prelado.

Todos, todos em união
Confiam na Santa Mãe
Pela Voz da Oração
Pediam tudo por Bem!

Eis que Sua Santidade
Surge acenando a Mão
Francisco, Pai de Bondade,
Abençoa a multidão.

É tão linda a sua Graça,
A virtude de voltar,
Com o Seu Dom que esvoaça...
E pousa em quem o Amar!

Rosa Silva ("Azoriana")

Viva o Sr. Gabriel Pavão

21.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Bom dia senhor Pavão
Neste dia e nesta hora
Delícia de refeição
É o que nos cantou agora.

Pelas Festas e nos Bodos
Do nosso Espírito Santo
Faz a delicia de todos
E cada um prova um tanto.

Completa a sopa e cozido,
Numa mesa abençoada,
Quem não come por ter comido
Dela não percebe nada.

Fazê-la à nossa maneira,
De barro o alguidar,
Bela Alcatra da Terceira
Só louva quem a provar.

Rosa Silva ("Azoriana")

Dia da Poesia!

21.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

A semana em derradeiro
Dia que bonito seja:
O Sol deu-se por inteiro
No dia que bem festeja.

O poema é a fortuna
Das letras adocicadas
É semente oportuna
Das palavras inspiradas.

A letra faz a palavra
E a palavra a melodia;
No poema é que se lavra
A grandeza do seu dia.

Meu Amor por ti é tanto,
Que de tanto se escasseia
E do tanto que eu canto
Sou da rede mais que teia.

Demos asas à criação,
A vinte e um, primaveril,
Na graça da inspiração
Coroemos o perfil.

Parabéns aos inspirados
Recebam o bom alento!...
Doravante sóis bordados
Pelo dom a cem por cento.

Rosa Silva ("Azoriana")

Dizem que Camões...

19.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
... vem aí! Talvez sim, talvez não?!
Será que vem em andores?
Será que une sol e cores?
Ou apenas uma ilusão?!
 
Eu que o li, por sessão,
Na árvore, sem suas flores,
Na lilás "Ilha dos Amores",
Ouvindo, em rádio, canção...
 
Que lindo seria o Canto,
Entre a minha oca leitura,
De Luís Vaz, sã Cultura...
 
Só em junho, versa um tanto,
Da "ninfa", em caravela,
Por São João... sentinela.
 
Rosa Silva ("Azoriana")

O que vos deixo

16.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ai, que pena que eu tenho

Duma grande falha minha:

A memória... sem engenho...

Gastei toda a que eu tinha.


Desde nova a decorar

Todo o livro ou papel

Mesmo sem sequer pensar

Se ao saber era fiel.


Lia o texto por inteiro,

Para no teste passar...

[Lembro o tempo do tinteiro...

Tinha a tinta pra se usar].


Agora por mais que queira

As letras bem engolir...

Fico numa pasmaceira...

Vem o "bis" de repetir.


Isto assim é um atraso,

Uma falha intragável,

'Inda vai chegar o caso,

Do inverso de saudável.


Depender de tudo ou todos,

E de não lembrar quem sou(?)

De perder festas e bodos,

De estar onde não estou(?)


Ah, como quero ser vida!

Ah, como quero ser EU!

Ah, como quero ser qu'rida!

Mas... o que tenho de MEU?!


Tenho aquilo que vos deixo,

No sangue da descendência,

E a Rima que foi o eixo

Da Musa da ascendência.


25/03/16. Domingo pensativo.

*

Rosa Silva ("Azoriana")

Rosa de pedra

15.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

No jardim que, ainda, existe,

Fui e sou Rosa de pedra,

Numa cor que já não medra,

No entanto, não desiste.

 



É um jardim de fervor,

Na Terra que tanto treme,

Com a Mão de Mãe ao leme

Jamais treme o seu valor.

 



Ó Maria concebida,

Sem pecado original,

Mãe de Filho sem igual...

 



Peço-te, ó Mãe da Vida,

Transforma as pedras em Flores

Pró Altar das Lindas Cores.

 



Rosa Silva ("Azoriana")

 

Mães, filhos e netos

14.03.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Agora sei o delírio

Que em tempos ela sentia

A saudade é um martírio

Como outrora já se via.

 



Coitado de quem não vê

Não ouve ou se enfada

Que sente nem sabe o quê

E nem pode fazer nada.

 



A saudade é uma chama

Ardente no coração

Porque arde a quem mais ama

Faz brasa na solidão.

 



Quando faltam os afetos

E o perfume da saúde

É uma dor quando os netos

Não se vêem amiúde.

 



Tanta mãe que desespera

Pelos filhos "isolados"

E tanta avó que espera

Rir com netos abraçados?!

 



Ao pensamento me rendo,

Para egoísta não ser...

Agora até compreendo...

Mas é uma dor a ferver.

 



Rosa Silva ("Azoriana")

 

Nota: Dia de aniversário da musa inspiradora. Se viva faria 85 anos.

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