28.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Caro Amigo emigrante, Que de nós 'inda recordas, Nessa terra tão distante Onde mais cedo acordas. Quero pedir com afinco, De voltares ao teu lar, Em dois mil e vinte cinco Vem a tempo de louvar. Louvar quem te deu o ser, Quem um dia te chorou, E quem havia de ver A beleza que gerou. És belo de coração, Quando abres tua alma, E quando apertas a mão A quem teu choro acalma. Vem Amigo, vem! À ilha da cortesia, Vem Amigo, vem! À Terceira d'Alegria! Rosa Silva ("Azoriana")
27.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
O amor não se dissolve No rosto da alegria E tantas vezes se resolve Com a graça de um dia. Já tanto Amor cantei Sem abrir a voz ao mundo E dos olhos derramei Tanta palavra sem fundo. Tanta vida por viver Tanto sol de encontro à lua Tanto que eu queria ver Se teu Amor continua Ninguém sabe podem crer Nem precisa de saber Da vida que não é sua. Rosa Silva ("Azoriana")
22.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Em plena Praça Velha Sentada no banco primeiro Nada comigo se assemelha Nem "polícia sinaleiro". Anos da minha afilhada Marca um dia diferente Antes estava desdentada Agora já vejo o dente. Tanto tempo sem os ter Que a gengiva foi penando Agora só de os ver... Até me estou estranhando. Oxalá que eu continue A sorrir como sorria E que a eles me habitue E ter maior alegria. Rosa Silva ("Azoriana")
17.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Muito se come por cá À hora da refeição... Ai o trabalho que dá Os preparos da Função! Se há coisa que se gosta É mexer em carne e pão... E para a família Costa Faz parte da tradição. Neste ano e com afinco Me consolo em ajudar, Maio, dois mil vinte cinco, Faço por bem lhes rimar. A rima é uma semente Que germina desde o peito Não agrada a toda a gente Mas em alguém faz efeito. Que alguém hoje me cante Se eu cantar de alegria E de hoje em diante Dê asas à cantoria. A cantar o que nos vem Com ares de improviso Porque o canto nos faz bem E o serão se faz em riso. Rosa Silva ("Azoriana")
15.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
A Paz é fita em dueto Fita azul e amarela Só assim eu gosto dela Porque o verde é soneto. Pombas há neste quarteto Gritos de criança bela Que não é a Cinderela Só que é livre - amuleto! Quem pudesse ser a boda Das rosas da gente toda Que florescem quase em suma... Quem pudesse moldurar A beleza deste olhar À proa da minha bruma. Rosa Silva ("Azoriana")
15.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Tenho suspensos ideais Prisioneira dos diferentes Para tantos são normais Para mim... bravos e carentes. Tive crises de ciúme Que aprendi a não ter Eram dilema e queixume Que turvam o bom viver. Aprendi que ao luar Se aquece a paciência E na mudança de lar Há nova sobrevivência. É ser ilha altruísta Pousada num oceano Que a verve se conquista Com o timbre açoriano. Ser quadra em ovação Ser verso é tudo ser É perfil da Região Que amei do berço ter. É milagre em floreado, Do retábulo insular, À Mãe do Santo sagrado, Que abençoa cada altar. É ter o céu e a terra, Unidos em tom de anil, É bordar a bruma da serra Na manhã primaveril. É Amor?! É sim senhor! É alma plo corpo fora, É saber que é por Amor, O Amor que louvo agora! Rosa Silva ("Azoriana")
14.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Agradeço, reconhecida, Pela via que é global, Por ter ganho hoje vida E limpeza do quintal. A chuva estava teimosa, Mas teimosa também sou, Ou eu não me chame Rosa, Desde que o nome ficou. Antes foi tal acartar, Para ficar mais a jeito, Depois da Câmara contactar Fizeram final perfeito. Posso agora descansar, Não vem mal algum por isso... Dois homens quero louvar, Por fazerem bom serviço! Rosa Silva ("Azoriana")
Nota: não referi nomes porque não soube, mas eles [dois] sabem quem são, inclusive quem coordena ou rege a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo . Mais uma vez, muito obrigada.
12.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Olá! Vou-te dizer agora Com um verso sorridente Para ti que estás fora Podes vir ter com a gente. Recebemos com carinho, Como se parente fosse: Temos carne, pão e vinho, Temos massa e arroz doce. Temos Coroas no altar, Na casa da mordomia, Podes também colaborar Com trabalho por um dia. E lavar louça e talheres, Copos, jarros e travessas, Não fazes se não quiseres, Mas ajudas as promessas. Quem promete ter o Divino, Com Bandeira, Cetro e Coroa, Dá foguete e ouve o Sino, Serve a Terceira Pessoa! Pai, Filho, Esp'rito Santo, A Santíssima Trindade, Quem reza, reduz o pranto, Por inteiro ou por metade. Rosa Silva ("Azoriana")
11.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
Carla Félix A poetisa do mar Do oceano de linhas A marulhar. Uma donzela no ser Sereia de escrever Ao colo da maresia As vagas da Poesia! Beijinho Rosa Silva ("Azoriana")
11.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")
É assim que eu te vejo Longe e perto tanta vez Coração de maio mês E da cor do meu desejo. Dos Barcos és bom ensejo, Coração que sai e vês, Pela costa do teu freguês, Santo Amaro que eu beijo. Sim! Vives à tona da costa, Para chamar o que gosta, Do calor do teu estaleiro. Porém, gosto mais de ti, Desde o tempo que te vi, Ao luar do Padroeiro! Rosa Silva ("Azoriana")