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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

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Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico da Listagem,
de 1.023 sonetilhos/sonetos filhos

Vem Amigo! (Para Euclides Álvares & seguidores)

28.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Caro Amigo emigrante,
Que de nós 'inda recordas,
Nessa terra tão distante
Onde mais cedo acordas.

Quero pedir com afinco,
De voltares ao teu lar,
Em dois mil e vinte cinco
Vem a tempo de louvar.

Louvar quem te deu o ser,
Quem um dia te chorou,
E quem havia de ver
A beleza que gerou.

És belo de coração,
Quando abres tua alma,
E quando apertas a mão
A quem teu choro acalma.

Vem Amigo, vem!
À ilha da cortesia,
Vem Amigo, vem!
À Terceira d'Alegria!

Rosa Silva ("Azoriana")

E agora? Talvez um fado? O Amor

27.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

O amor não se dissolve
No rosto da alegria
E tantas vezes se resolve
Com a graça de um dia.

Já tanto Amor cantei
Sem abrir a voz ao mundo
E dos olhos derramei
Tanta palavra sem fundo.

Tanta vida por viver
Tanto sol de encontro à lua
Tanto que eu queria ver
Se teu Amor continua
Ninguém sabe podem crer
Nem precisa de saber
Da vida que não é sua.

Rosa Silva ("Azoriana")

Uma questão de sorriso (ou ainda não)

22.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Em plena Praça Velha
Sentada no banco primeiro
Nada comigo se assemelha
Nem "polícia sinaleiro".

Anos da minha afilhada
Marca um dia diferente
Antes estava desdentada
Agora já vejo o dente.

Tanto tempo sem os ter
Que a gengiva foi penando
Agora só de os ver...
Até me estou estranhando.

Oxalá que eu continue
A sorrir como sorria
E que a eles me habitue
E ter maior alegria.

Rosa Silva ("Azoriana")

Os preparos da Função

17.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Muito se come por cá
À hora da refeição...
Ai o trabalho que dá
Os preparos da Função!

Se há coisa que se gosta
É mexer em carne e pão...
E para a família Costa
Faz parte da tradição.

Neste ano e com afinco
Me consolo em ajudar,
Maio, dois mil vinte cinco,
Faço por bem lhes rimar.

A rima é uma semente
Que germina desde o peito
Não agrada a toda a gente
Mas em alguém faz efeito.

Que alguém hoje me cante
Se eu cantar de alegria
E de hoje em diante
Dê asas à cantoria.

A cantar o que nos vem
Com ares de improviso
Porque o canto nos faz bem
E o serão se faz em riso.

Rosa Silva ("Azoriana")

Jardim do Duque e de Garrett

15.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

A Paz é fita em dueto
Fita azul e amarela
Só assim eu gosto dela
Porque o verde é soneto.

Pombas há neste quarteto
Gritos de criança bela
Que não é a Cinderela
Só que é livre - amuleto!

Quem pudesse ser a boda
Das rosas da gente toda
Que florescem quase em suma...

Quem pudesse moldurar
A beleza deste olhar
À proa da minha bruma.

Rosa Silva ("Azoriana")

No amor

15.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Tenho suspensos ideais
Prisioneira dos diferentes
Para tantos são normais
Para mim... bravos e carentes.

Tive crises de ciúme
Que aprendi a não ter
Eram dilema e queixume
Que turvam o bom viver.

Aprendi que ao luar
Se aquece a paciência
E na mudança de lar
Há nova sobrevivência.

É ser ilha altruísta
Pousada num oceano
Que a verve se conquista
Com o timbre açoriano.

Ser quadra em ovação
Ser verso é tudo ser
É perfil da Região
Que amei do berço ter.

É milagre em floreado,
Do retábulo insular,
À Mãe do Santo sagrado,
Que abençoa cada altar.

É ter o céu e a terra,
Unidos em tom de anil,
É bordar a bruma da serra
Na manhã primaveril.

É Amor?! É sim senhor!
É alma plo corpo fora,
É saber que é por Amor,
O Amor que louvo agora!

Rosa Silva ("Azoriana")

Dia de chuva, mas com luva...

14.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Agradeço, reconhecida,
Pela via que é global,
Por ter ganho hoje vida
E limpeza do quintal.

A chuva estava teimosa,
Mas teimosa também sou,
Ou eu não me chame Rosa,
Desde que o nome ficou.

Antes foi tal acartar,
Para ficar mais a jeito,
Depois da Câmara contactar
Fizeram final perfeito.

Posso agora descansar,
Não vem mal algum por isso...
Dois homens quero louvar,
Por fazerem bom serviço!

Rosa Silva ("Azoriana")

Nota: não referi nomes porque não soube, mas eles [dois] sabem quem são, inclusive quem coordena ou rege a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo . Mais uma vez, muito obrigada.

Ao Carlos Leal Kalkitos

12.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Olá! Vou-te dizer agora
Com um verso sorridente
Para ti que estás fora
Podes vir ter com a gente.

Recebemos com carinho,
Como se parente fosse:
Temos carne, pão e vinho,
Temos massa e arroz doce.

Temos Coroas no altar,
Na casa da mordomia,
Podes também colaborar
Com trabalho por um dia.

E lavar louça e talheres,
Copos, jarros e travessas,
Não fazes se não quiseres,
Mas ajudas as promessas.

Quem promete ter o Divino,
Com Bandeira, Cetro e Coroa,
Dá foguete e ouve o Sino,
Serve a Terceira Pessoa!

Pai, Filho, Esp'rito Santo,
A Santíssima Trindade,
Quem reza, reduz o pranto,
Por inteiro ou por metade.

Rosa Silva ("Azoriana")

Carla Félix

11.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

Carla Félix

A poetisa do mar
Do oceano de linhas
A marulhar.

Uma donzela no ser
Sereia de escrever
Ao colo da maresia
As vagas da Poesia!

Beijinho

Rosa Silva ("Azoriana")

Coração dos Barcos (ao luar do Padroeiro)

11.05.25 | Rosa Silva ("Azoriana")

É assim que eu te vejo
Longe e perto tanta vez
Coração de maio mês
E da cor do meu desejo.

Dos Barcos és bom ensejo,
Coração que sai e vês,
Pela costa do teu freguês,
Santo Amaro que eu beijo.

Sim! Vives à tona da costa,
Para chamar o que gosta,
Do calor do teu estaleiro.

Porém, gosto mais de ti,
Desde o tempo que te vi,
Ao luar do Padroeiro!

Rosa Silva ("Azoriana")

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