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Precisamente no dia que meu falecido pai, Carlos Cândido, completa 15 anos da sua partida, chegou ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, da Serreta, a Virgem Peregrina de Fátima, com uma beleza santa a que ninguém consegue ficar alheio. Grande emoção foi participar da peregrinação, que teve início desde a Igreja de S. Jorge, das Doze Ribeiras, a partir das 19:00, sensivelmente, num cordão humano longo e devoto.
A chegada da Senhora de Fátima à Serreta foi emocionante também: a Filarmónica Recreio Serretense saudou a Senhora com o Hino e, logo de seguida, voltou a brindar com o "Salvé Nobre Padroeira", Rainha de Portugal.
Com muitas velas, reza do Terço meditado, e, finalmente, com fogo-de-artifício; crianças, jovens e adultos aglomeraram-se no percurso e encheram completamente o exterior e interior do Santuário, cujo brilho resplandeceu com a alvura da Imagem Peregrina iluminada e resguardada, à vista de todos. Eram duas (de Fátima e dos Milagres) e uma só Mãe em adoração.
Feliz de quem participou neste acontecimento que até a mim fez tremer na captação de imagens que não tem a melhor resolução mas tem o fervor do meu coração.
E o coração tremia também pelo choque que uma notícia (muito triste) que soube ainda nas Doze Ribeiras, sobre a partida repentina do cantador de improviso e poeta que eu admirava muito, o nosso Carlos Andrade, mais conhecido por "Santa Maria". (Repete-se o nome - Carlos).
Ainda não consegui desligar a alegria da tristeza. Ainda não consegui deitar para fora o que me faz o rosto dolente. Ainda não chorei porque o choro converteu-se em dor calada. Só eu sei (e todos os que o estimavam e que com ele partilharam palcos e terreiros da ilha e fora dela) a falta que me (nos) fará a sua poesia brilhando em quadras e sextilhas, em Pezinhos, Cantorias, Desgarradas e as "Velhas" que se ouviam com o olhar fixo e o coração em chama.
Fica-me uma pena de não ter realizado um sonho: cantar com ele... Felizmente tive a felicidade de o ver presente no lançamento do meu primeiro livro - Serreta na intimidade, que agora ficará na prateleira da saudade, saudade dele, o "Santa Maria"... precisamente no dia que partiu o meu pai há quinze anos, que chega a Virgem Santa Maria à Serreta, e parte o nosso "Santa Maria" improvisador... São emoções fortes e muito marcantes...
*****
Homenagem póstuma a
Carlos Andrade "Santa Maria"
Foste como rima em flor
Que dos lábios te pendia
Foste um bom cantador
De improviso e poesia.
Da sextilha um primor
Da linhagem que tecia
E foste seja o que for
Da inspiração magia.
Canta, amigo, lá no céu...
Numa estrela a brilhar
Quero ouvir o teu cantar...
Plantaste rima de ilhéu...
Tinha-te por grande amigo...
Pena... não cantei contigo...
Rosa Silva ("Azoriana")
Os escritos são laços que
nos unem na simplicidade
do sonho... São momentos!
Rosa Silva ("Azoriana")
DATA DE CRIAÇÃO
09/04/2004
A curiosidade aliada à
necessidade criou
o 1º artigo e continuou...
16 ANOS
2020/04/09
Não há rima para o tempo
Mas o tempo é uma rima
Que serve de passatempo
A quem o tempo estima.
Just a piece of me
to the amazing world.
RETALHOS DE MIM
Ser AMIGO afinal
É muito mais que amar
É dizer o que está mal
Sem nunca mal se ficar.
...
Isto não é artimanha
Nem coisa de fazer mossa
Há quem queira e não tenha
Há quem tenha e não possa.
...
Na encruzilhada do ser
Há desejos florescendo
Ansiosos por caber
Na lava que vai nascendo.
...
A poesia é a mais bela
Temperança do viver
Quando crescemos com ela
Mais cresce o nosso ser.
Angra do Heroísmo
ilha Terceira - Açores.
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Naturalidade:
Neste espaço residem pequenos fragmentos da alma serretense.
Um residente classificou-a como sendo fresca no clima e quente na hospitalidade. É, sem dúvida, uma freguesia fresca, pequena mas com uma grande alma.
É um "Cantinho do Céu", como a autora lhe chamou num dos seus artigos publicados.
Sob o pseudónimo de Cidália Miravento e na capa de "Azoriana", Rosa Silva vai reunindo coisas suas e de outros no intuito de divulgar a freguesia que lhe deu berço - SERRETA.