Meu pobre soneto
Teu soneto de simplório não tem nada
Para mim foi uma doce e terna balada
Que chegou de mansinho a maior surpresa
Do Brasil voou e chegou à terra portuguesa.
Desatei ancoras, voei, voei qual fada,
Senti-me feliz pela lua acompanhada
Indicou-me o caminho p'ra tanta beleza
E na volta não vinha só, tenho certeza!
Óh Deus que tudo vês, rogo-te em oração:
Dá-me luz! Manda-me o anjo da inspiração...
(Ando deserta nas palavras - fogem ideias)
Ó quanta vontade de conhecer o teu Brasil
Levar comigo o perfume das flores de Abril;
Meu sorriso corre no palpitar das veias!
Rosa Silva ("Azoriana")
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