A segunda Terça-feira...
Desgarrada das canecas...
Da minha caneca à tua
Vai um gole de distância
Espera aí um bocadinho
Pois quem espera sempre alcança!
Estou muito bem disposta
Aqui no meu cantinho
Estou a ver se alguém gosta
Da desgarrada sem vinho.
Gosto da tua caneca
Que é diferente da minha
A tua tem olhos e boca
A minha têm uma saiinha!
São as modas de agora
Estas que de agora são
Não me vou daqui embora
Sem te levar um garrafão.
Gosto da tua caneca
E dela poder beber...
Um café ou um chazinho
E depois adormecer!
Eu não vou dormir ainda
Estou a ver televisão
O discurso que não finda
Sem haver brava confusão.
Na tua caneca quero
Beber um café bem quente
Mexer com um pau de canela
Regado com aguardente!
Eu gosto de aguardente
Mas já não a posso beber;
Deixa-nos a alma quente
Mas ficamos a padecer.
Na tua caneca podes
Preparar um Capuchinho...
Para eu beber depois
De já ter perdido o tino!
O tino não vais perder
Que até está bem afinado
Eu gosto é de beber
Vez por outra descafeinado.
Na tua caneca também
Prepara-me um leitinho
Para quando for para a cama
Bebe-lo muito quentinho!
A minha caneca sorriso
Anda muito atarefada
Por agora só preciso
Dormir muito descansada.
Caneca, canequinha...
Caneca, canecão...
Dá-me do teu chazinho,
Aquece o meu Coração!
Caneca, canequinha...
Caneca, canecão...
Cantemos à desgarrada
Esta nossa canção.
Duas canecas amigas
Cantando à desgarrada
Cantaram estas cantigas
Ontem, nascidas do nada!
Ontem, hoje e amanhã
Canecas não vão faltar
Destas eu já sou fã
Elas nos fazem desanuviar.
Ora zumba na caneca...
Ora na caneca zumba...
Como estas duas canecas
Não deve haver mais nenhuma.
As canecas se despedem
Com um sorriso alegre;
E canecas não se medem
Nem seu sorriso se quebre.
Autoria da desgarrada:
Chica Ilhéu (letra normal) - em 8 de Outubro de 2006
e
Azoriana (letra a negritos) - em 17 de Outubro de 2006 (Terça-feira)
Autoria das imagens: Azoriana