Para o dia 31 de Agosto
A minha homenagem vai além fronteiras. Destina-se aos emigrantes que tiveram o seu berço na freguesia que foi delineada a partir de 1862 e que, por circunstâncias várias, tiveram de escolher outro local para viver. Também me ausentei da Serreta mas continuei na mesma ilha e volta e meia apareço naquele cantinho que, tendo pouca área geográfica, tem muita área sentimental.
Tenho cá para mim que, nesta altura, praticamente todos os emigrantes que ali nasceram vão lembrar-se que faltam nove dias para o início da novena de Nossa Senhora dos Milagres, que este ano coincide com o dia do 1º Centenário da Paróquia.
Alguns desses emigrantes sei que me visitam porque o contador de visitas apresenta-me resultados oriundos, sobretudo, dos Estados Unidos da América, do Canadá e do Brasil. Já recebi algum correio electrónico de alguns mais saudosos.
Ser emigrante é, por vezes, uma necessidade, por outras, uma aventura ou uma escolha subjectiva.
Ser emigrante é levar no coração a ilha e deixar a lembrança enquanto houver alguém com laços de família e/ou amizade.
Ser emigrante é aprender o que é a saudade.
Ser emigrante é um misto de sentimentos que se revelam na hora de regressar ao torrão natal, principalmente, na hora dos preparativos para a festa maior e que apela ao coração.
Duvido que fiquem indiferentes ao chamamento de Maria. O que pode acontecer é ser impossível a presença física mas de certeza que estão sempre com o coração na freguesia que os viu nascer e partir.
Um abraço para os meus familiares e às pessoas que colocam "Um olhar" à página serretense.
Ofereço-lhes o resumo histórico recentemente actualizado com recurso a algumas fontes de informação.