«Chuva de rimas» - Azoriana e Cagarra (Parte II)
Cagarra da bela Santa Maria:
81
Quando há resposta dada
Apresso-me em a ler
E fico entusiasmada
Pronta para responder
82
Aumentaram as maravilhas
De tanto cantar inspirado
Com a companhia do "Ilhas"
Isto fica ainda mais animado
83
Mas isto hoje foi uma cruz
Para eu entrar no desafio
Com vários cortes de luz
Complicou-me o envio
84
Bingo! Santa Maria
A ilha dos meus amores
Aquela que foi um dia
A porta aberta dos Açores
85
Em Sta Maria nasci
Em Sta Maria me criei
E a maior dor que senti
Foi no dia que a deixei
86
Não vejo a hora a passar
Com a pressa que eu queria
Para a duas semanas chegar
O dia de voar p'ra Sta Maria
87
Os meus pensamentos se soltam
Neste desejo sem vaidades
Abraçar os que como eu voltam
Uns dias a matar saudades
88
Beijar irmãos, pai e mãe
Porque para mim são aqueles
Que sofreram tanto também
Por estar jovem longe deles
89
Tenho que me conformar
Ao tempo tudo se habitua
Pois se eu quiser trabalhar
Tenho que vir para a rua
90
Depois de tanto estudar
O trabalho hoje é uma aposta
Muito difícil de acertar
A habilitação com o que se gosta
91
O trabalho, a vocação
À Terceira me trouxeram
Não havendo outra colocação
Aproveitei o que me deram
92
É a mais comum história
Duma jovem que quer vida activa
Por enquanto é provisória
Deus queira se torne definitiva
93
Na minha terra por agora
Hipóteses eu não terei
Porque ainda não se labora
A "especialidade" que tirei
94
Ausente e com saudade tamanha
Procura-se às vezes no computador
Qualquer coisa que entretenha
E encontrei suas rimas de valor
95
Assim que marquei presença
No blog com esta escrita
Felizmente não foi por doença
Mas por trabalho e de "visita"
96
Se algum dia puder ficar
Nesta terra (ou outra maior)
Irei sempre lembrar
Esta conversa no computador
97
Também terei sempre presente
Que em cada uma cantiga
Deste meu tempo ausente
Encontrei uma palavra amiga
98
Oxalá possa continuar
Esta conversa consigo
Enquanto a rima faltar
Isto será um porto de abrigo
99
Só conheço de si ainda
Que é Terceirense e que adora
A Serreta, freguesia linda
E Santuário de Nossa Senhora
100
Perguntei aqui a uma pessoa
Quem era a Trulú que estão falando
Disseram-me que foi uma boa
Artista improvisando
101
Como disto eu nada sabia
E é um tema de valor
Quando fôr a Sta Maria
Verei se temos algum Cantador.
5/12/2007
A Cagarra
A resposta imediata:
102
Apresso-me a responder
Às suas quadras tão lindas
O gosto está a crescer
Por lhe dar boas-vindas!
103
Queria tomar um café
Num bar da nossa cidade
Para ver você quem é
E formalizar a amizade
104
Confesso que estou desperta
Para saber a vocação
Encontrou-me na hora certa
P'ra mostrar sua inspiração
105
Vejo que entrou no tom
Desta nossa maravilha
Acredito que é um dom
Que nasce por sermos " ilha".
106
Conheço pessoa amiga
Que vive em Santa Maria
O serviço que a "abriga"
Faz parte do meu dia-a-dia.
107
Peço que não vá embora
Sem comigo vir falar
Arranje-se uma hora
Para vir me visitar.
108
"Alma de Poeta" é da ilha
Onde você foi nascida
Ela connosco partilha
Os poemas de uma vida.
109
Santa Maria me encanta
Pelo que vou espreitando
Por lá também se canta
E muito se vai blogando.
110
Você é jovem activa
Com vontade de trabalhar
Peço a Deus com força viva
Que nada faça falhar.
111
Quando à ilha regressar
"Cagarra" não vou esquecer
Agora vou-me apressar
P'ra de novo me responder.
112
Vamos deixar as cortesias
Pode-me tratar por "tu"
Sinto que por estes dias
Vamos falar da Turlu.
113
Isto que agora fazemos
Um dueto memorável
De certeza não esquecemos
A cantoria agradável.
114
Nestas pétalas deixamos
Transparecer o coração
À Virgem Mãe enviamos
Um pedido em oração:
115
Que depare uma forma
Dos jovens terem trabalho
Que haja alguma norma
Que dê a todos agasalho
116
Que regressem aos Açores
Os que estão p'ro Continente
E no meio destas flores
Viva tudo mais contente.
Abraços amigos
5/12/2007
Azoriana
(Ver Parte I)