Alegra-me o Anjo!
Um Anjo incumbiu, sim, a Dona Clarisse
O voo dos versos que me trazem paz.
E na minha mente que de erros se faz,
Eu vejo-lhe a graça da sua meiguice.
E nesta visão de gentil meninice
Eu choro de pena que isso me traz;
Agora já sinto que não sou capaz
De ser o que esse Anjo decerto lhe disse.
Eu queria só não ter tanto receio
De não saber hora que na vez primeira,
Já traz bem marcada nossa vida inteira.
E nesta tristeza de não ser quem era
De ver sair de mim tanta primavera,
Alegra-me o Anjo nos versos que leio!
Rosa Silva ("Azoriana")
Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=12198
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Nota: Dedicatória à Dona Clarisse. Agradeço-lhe a revisão que ela fez a algumas estrofes.