Ai que calor... (sem alFenIM) - dedicado a Clarisse Sanches
Ai que calor tenho eu,
Que agonia medonha:
Só se for só com um véu
E espalmada sem fronha.
Ainda ‘tou nas janelas
Nunca mais lhe vejo fim;
Ando cá a limpar nelas
Sonhando com alfenim.
Dele não posso abusar,
É gulosa doçaria,
Que me pode alargar.
Em Góis já terá provado,
Alguma peça algum dia?
É valor dulcificado.
Rosa Silva (“Azoriana”)