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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1013)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")

Se me perguntam: - De onde és?

17.09.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

A tendência natural

Que talha o ser humano

É o sítio original

Onde se fez o seu plano.

 

O nosso berço por norma

Prima naturalidade

Mesmo mudando de forma

É nossa identidade.

 

À pergunta: - De onde és?

Balança meu pensamento

Porque da cabeça aos pés

Serretense me acalento.

 

Até Julho de oitenta e cinco,

Tive lá meus horizontes

E relembro, com afinco,

Volta e meia os seus montes.

 

A farinha do moinho;

Pico Maria da Costa;

Silvados e o passarinho

Do chilreio que se gosta.

 

Das silvas vinham amoras

Negras e tão luzidias

Que me alegravam as horas

Da frieza de alguns dias.

 

Os valados da ternura;

Os cerrados produtivos;

A lembrança da fartura

Enquanto os pais foram vivos.

 

Dos Altares pra Santa Luzia,

São Pedro e Corpo Santo,

Pra todo o lugar que ia

Serreta era o meu Canto.

 

Novembro, dois mil e oito,

Em São Pedro novamente,

Num lugar que é mais afoito

À rima que me vem rente.

 

Folhadais é a Canada,

De São Carlos o Lugar,

Que julgo não tarda nada

Ao Divino vai orar.

 

Deseja ser freguesia,

A vigésima da Terceira,

E alegre se fazia

Tecer a nova Bandeira.

 

Para dizer com franqueza

E convicta do que digo:

O berço, por natureza,

É o cheirinho amigo.

 

E feliz fui no meu canto,

Mesmo com algum desnorte,

Também fui no Corpo Santo

E talvez na minha morte

Se da Serreta um tanto

Do fim seja a minha sorte.

 

Se não for essa a sina

Nem o bem que eu desejo

Acato o que Deus destina

Com um abraço e um beijo...

Serreta sempre menina

De caracóis eu a vejo.

 

Rosa Silva ("Azoriana")