Actualidade insegura
Há males que vêm por bem
Mas coitado do tal vintém
Que anda tão procurado;
É ver as Seguradoras
Que dele são detentoras
E, no fim, não dão fiado.
A tragédia da Madeira
Que ouço à minha beira
É disso o testemunho:
Não cobrem a maioria
Dos desastres dum só dia
Nem abrem todo o seu punho.
Tantos meses a descontar
Para se amealhar
Um futuro prometido,
Mas, na hora da aflição,
Quebram as linhas, então,
Do "tesouro" adormecido.
São as linhas miudinhas
Do contrato, andorinhas,
Que só de lupa se lêem;
Depois é o que se vê,
É um tal "não sei o quê"
E desânimos a crescerem.
Rosa Silva ("Azoriana")
A propósito de:
http://economico.sapo.pt/noticias/seguradoras-nao-vao-cobrir-maioria-dos-prejuizos-na-madeira_82515.html