Crepúsculo (artigo 501)
Gravo no verso certo apartamento
Em dor e pranto, tal fonte lacrimosa...
A mentira foi tua arte famosa;
Enjaulaste e apagaste o sentimento.
Do alto já não suportei nenhum vento,
No jardim nenhuma planta formosa.
Tão longe, deixei de ser extremosa,
Na terra brava plantei o esquecimento.
Do sonho já não espreito lembrança
Pena ter seguido por tal caminho.
- Liberdade?! Quero ter esperança.
Contigo a vida não dá, nem importa.
Quanta mágoa neste pergaminho?!
Fugi-me da treva... Deixei-te a porta!
(2002-2-10)
Rosa Silva ("Azoriana")
Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=5133
Índice temático: Desenho sonetos