A pura da verdade!
Não sei se já repararam mas este blogue anda meio devagar, devagarinho (mas não parado). À espera de fontes de inspiração ou "vozes de amor eterno" vou remando nestas linhas virtuais ao ponto de tentar que alguém ainda se disponha a "olhar-me" nem que seja de soslaio. O dia hoje está propício a escrever prosaicamente na tentativa de angariar esse tal olhar, nem que seja de saudade. AH! Saudade que me matas e eu aqui sem fazer nada, se tu de mim não escapas, que sejas modificada.
Vou passando dias e dias numa velocidade cruzeiro nem sei ao encontro de quê... ainda bem que não se sabe o que está para além do horizonte humano... e que eu deixe de ser utópica e ingénua (não me venham com a história do "bicho papão" nem do "lobo mau"). Ao longo da vida conheci-os bem... não precisa vê-los mais!
Bem bom que alertaram para o "follow friday", em que todos (os que sim e os "nim") se ajeitam a proceder conforme mandam as instruções, quais rebanhos de amizade bloguística. Eu penso que o grandioso "facebook" anda a "esconder" os blogues da rotina virtual. Enfim, eu não esqueço do meu querido blogue nem de alguns que ainda teimam, tal como eu, a permanecer na escadaria da serenata, como fazem agora os Estudantes Universitários de Coimbra. De repente, bateu-me uma saudade de estar (como há um ano - maio de 2017) pelas ruas de uma Coimbra a rebentar pelas costuras de estudantes que mais pareciam andorinhas voando pelo Mondego. Lembro bem daquele "mastro" do Mondego que, mal o via, sabia estar próxima da "residência provisória" de um maio de Maria, da Mãe, da minha filha Aida Alexandra Silva Borges e do Santo Cristo dos Milagres.
Dai-me Senhor uma serenata
Na rapidez da passagem
Em que a vida se desata
Na cegueira de outra margem.
Dai-me Senhor uma pacata
Timidez nesta viagem
Em que a vida se arremata
Numa pronta vassalagem.
E dai-me Senhor então
Da cantiga o refrão
Como outrora bem me davas.
Sei que se eu o receber
Na certa irei conceber
Muito do que agora travas.
Rosa Silva ("Azoriana")