Adeus maresia (não escrevo mais?!)
Não escrevo mais... ó pena minha,
Sem sorte penam outras penas;
Novecentas e mais terrenas,
Ficam aqui, somente, em linha.
Não escrevo mais... adivinha?!
Se adivinhar é açucena,
Bela flor, rosa pequena,
Se nem maior em mim tinha.
Gostar de mim, ó desventura...
Sem o regaço de ternura
Sem abraçar um livro novo...
Fica serena, ó flor d'anil,
Sejam as flores do teu abril
A celebrar a voz do Povo.
Rosa Silva ("Azoriana")
SONETILHO 940
(Há quem nasceu neste ano)
O soneto é um esboço
Que se abre em melodia
Na folhagem de um dia
Por nascer sem lápis grosso.
Não irá cair num poço
Sai da verve de quem cria
Na raiz da sinfonia
De um plano ainda moço.
Quem escreve é uma Rosa
Que da Silva é tão saudosa
E crente de tal maneira...
Que antes de versejar
Já só se via a chorar
E ao choro... fez fronteira!
Rosa Silva ("Azoriana")
Antes que me mandem parar, eu paro. Antes que me digam, já basta... eu paro. Antes que me doam os dedos, numa corrida frenética por cima de teclas de um teclado "qwert"... eu paro. Antes que chegue o dia de petas... eu paro. Parar é somente dar paz e uma memória futura que contém massame de escritos. Haja tempo e vontade de ler ou reler. Escrevê-los foi um PRAZER ENORME, e uma TERAPIA que contabilizará, no próximo 9 de abril de 2023, os seus dezanove (19) anos de existência cibernética e blogosférica.
Confesso que gostava de voltar a reunir os bloggers num ambiente e convívio salutares. Quem sabe?! Fica a dica.
Sinta-se à vontade e sente-se para deixar o(s) comentário(s) que bem entender como que dando um carinho à terceirense das rimas.
Até que me apeteça regressar com outra forma de estar na vida, enquanto há vida!
29 de março de 2023. 19:01